Pe. Francisco de Assis
Correia.
17
de março de 2011.
“No
futebol a cabeça é o terceiro pé” (Sergio Porto – 1923 – 1968).
Após cinqüenta anos, “Sô”
Zequinha foi rever uma fotografia preciosa que ele achava que estivesse num bar
de Pontal – o do “Doca”. Mas descobriu que o mesmo já não existia. Lembrou-se,
então, do Vando, antigo amigo.
Vando, agora, aos 81 anos,
sapateiro caprichoso e ainda no batente (anda por todo lado de bicicleta,
veículo abundante em Pontal, na mão e na contra-mão). Ao vê-lo, logo se lembrou
do Zequinha. Ambos emocionaram-se, relembrando aqueles tempos de jovens e de
muita garra.
“Seu” Vando informou-lhe o bar
em que está a procurada foto: “o bar do Carlim”.
Pressurosos mandaram-se para lá.
Dito e feito! A fotografia
estampava o time que “sempre ganhava dos outros”: o time da Usina Nossa Senhora
Aparecida – Usina Bartolo Carolo.
- De Pé: Edgar,
Eschiaveto, Nenê, Bié, Careca, Barbosa, João Bonard;
- Agachados: Niquinho,
Vander Furlan, Zequinha, Jader, Toninho Carolo.
Ano: 1961.
Encontrar a foto foi como
encontrar um tesouro! O fascínio da foto como que reuniu todos no Bar do
Carlim. Cada um contava um fato: “Cê lembra aquela vez que...!” Seu Vando
afirmou que “o Zequinha tinha um chute forte. Forte mesmo... Não era qualquer
goleiro que segurava não! Naquele jogo, assim, assim, quem marcou o primeiro
gol? Zequinha...”
Quem presenciou a cena, mesmo
que não tendo conhecido os craques, contagiou-se pela emoção do “Sô” Zequinha e
do “Sr.” Vando: O João Luís, filho do “Sô” Zequinha, o próprio Carlim,
proprietário do bar... o que uma foto faz: traz a imagem do passado, evoca
memórias, produz sentimentos e emoções... torna presente um passado, religa
amigos, colegas... todo um time de futebol!
Para completar, o Carlim
ofereceu-lhes cerveja, como brinde e canto de curiós...
Com razão, José Lins do Rego
(1901-1957) afirmou que “o futebol é, como o carnaval, um agente de confraternidade”.
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