quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DEUS: MORTO? VIVO? “NA MODA”? (I)


 DEUS: MORTO? VIVO? “NA MODA”? (I)

                                                                 Pe. Francisco de Assis Correia

      Li, no ultimo dia 12, que Gabriel Vahanian faleceu. Ele era natural de Marselha, na França, onde nasceu, em 1927.
      Ele fora um dos protagonistas da “teologia da morte de Deus”, na década de 1960, “levando à extremas consequências a lição de Friedrich Nietzsche e de Dietrich Bonhoeffer”.
      Entre as obras de Vahanian, estão: “A Morte de Deus: a cultura da nossa era pós-cristã”(1961); “Espera sem Deus” (1964); “Não há outro Deus”(1966); “A Condição de Deus”(1969); “Deus e Utopia”(1977); “O Deus Anônimo ou o Medo das Palavras”(1989)...
      Era eu estudante de Filosofia no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo-SP e tomei conhecimento desta literatura conhecida como “Teologia da Morte de Deus”.
      Nesta linha, vieram os teólogos: Willian Hamilton, Thomas Altizer, Harvey Cox, (que conheci pessoalmente, em 1968, na Universidade Gregoriana de Roma e, na mesma ocasião, Karl Rahner!).
      Foi um dos movimentos teológicos daquela época!
      Li uma entrevista, também recente, na qual, um dos maiores filósofos vivos do mundo (“amigo de Pasolini e de Heidegger”), “uma das dez mais importantes cabeças pensantes do mundo” (segundo TIMES e LE MONDE), Giorgio Agamben, afirmou que “Deus não morreu. Ele tornou-se Dinheiro”!
      Por outro lado, o arcebispo de Burgos, na Espanha, Dom Francisco Gil Hellín, todo otimista, tratou do “retorno a Deus”, sublinhando várias conversões de autores, tais como:
      - Sylvie Germain (nascida em 1954),francesa; dentre suas obras, encontram-se, traduzidas para português: O Livro de Tobias (Dedalos, 2002); A Canção de Amantes Falsos (Dedalos, 2004); Magnus (Dedalos,2008); Vidas Ocultas
(Dedalos,2010)...
      - François Taillandier (nascido em 1955, na França), romancista, jornalista; em português, podem ser encontradas as seguintes obras: Paraíso Opção (A Trama Grande I), Stock, 2005; O Épico de Compostela (L’durável Instantâneas, 2006); Refratária: Bardey d’Aurevilly (Bartillat, 2008); etc...
      - F. Hadjady: escritor e intelectual judeu que se converteu ao catolicismo;
      - Dactec: intelectual excêntrico e controverso;
      - Alessandra Borghese (nascida em Roma, 1963), escritora e jornalista italiana; vários livros seus encontram-se em português;
      - Maria Nájera (nascida em Madri, Espanha), romancista, casada, mãe de três filhos, com obras traduzidas para o português;
      - Akiko Tamura, cirurgiã toráxica da Clínica Universitária da Universidade de Navarra, na Espanha, que entrou para um convento de carmelitas descalças; etc...
      Entretanto, falar que Deus está na moda, parece-me uma expressão banal e incorreta!
      Como sublinhou o 7° Simpósio Nacional do Clero de Portugal, os padres são “convidados a trazer a discussão sobre Deus para a praça pública”.

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