Festas juninas, como o
próprio nome indica são as festas do mês de junho, marcadas pelos santos: Santo
Antônio (13), São João Batista (24) e São Pedro (29). Na verdade, o núcleo
original destas festas é a festa do nascimento de São João Batista, filho de
pai idoso e de mãe estéril e idosa. Diz o evangelho que no anuncio do seu
nascimento fora lhe revelado ao seu pai Zacarias, que seu nascimento seria
motivo de “alegria e regozijo, e muitos se alegrariam com seu nascimento” (Lc 1,
14). E mais para frente quando o evangelho fala de seu nascimento confirma-se
esta alegria: “os vizinhos alegraram-se com Isabel” (Lc 1, 58). A festa, por isso,
quer traduzir até hoje esta alegria pelo nascimento de São João Batista. O
estilo de celebração trazido para o Brasil pelos portugueses, variou
enormemente ao longo dos séculos e das regiões brasileiras.
No nordeste do estado de
São Paulo era e é até hoje uma festa rural tendo como “festeiro” o dono da casa
e sua família. Há a recitação do terço e, logo a seguir, são servidos bolos,
doces, quentão... Afinal, é tempo de frio e o quentão esquenta. Dentro dessa
tradição, as festas juninas têm, como característica, serem gratuitas. A
gratuidade está na partilha do que se tem para servir e é um modo de dar graças
aos santos. Parentes e vizinhos são convidados, todos os anos para as festas.
Aos poucos porém, no ambiente urbano, estas festas perderam sua gratuidade e
passaram a ser fonte de renda de paróquias, capelas, escolas e de outras
instituições beneméritas.
E assim, não obstante, a
ausência dos santos e da prática religiosa (secularização), elas resistem até
hoje. As vezes nem mesmo são juninas. São de julho, agosto...
Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (enfermeiro e cuidador do Autor).
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