domingo, 21 de junho de 2015

FESTAS JUNINAS (Serie 70, 89°)


Festas juninas, como o próprio nome indica são as festas do mês de junho, marcadas pelos santos: Santo Antônio (13), São João Batista (24) e São Pedro (29). Na verdade, o núcleo original destas festas é a festa do nascimento de São João Batista, filho de pai idoso e de mãe estéril e idosa. Diz o evangelho que no anuncio do seu nascimento fora lhe revelado ao seu pai Zacarias, que seu nascimento seria motivo de “alegria e regozijo, e muitos se alegrariam com seu nascimento” (Lc 1, 14). E mais para frente quando o evangelho fala de seu nascimento confirma-se esta alegria: “os vizinhos alegraram-se com Isabel” (Lc 1, 58). A festa, por isso, quer traduzir até hoje esta alegria pelo nascimento de São João Batista. O estilo de celebração trazido para o Brasil pelos portugueses, variou enormemente ao longo dos séculos e das regiões brasileiras.
No nordeste do estado de São Paulo era e é até hoje uma festa rural tendo como “festeiro” o dono da casa e sua família. Há a recitação do terço e, logo a seguir, são servidos bolos, doces, quentão... Afinal, é tempo de frio e o quentão esquenta. Dentro dessa tradição, as festas juninas têm, como característica, serem gratuitas. A gratuidade está na partilha do que se tem para servir e é um modo de dar graças aos santos. Parentes e vizinhos são convidados, todos os anos para as festas. Aos poucos porém, no ambiente urbano, estas festas perderam sua gratuidade e passaram a ser fonte de renda de paróquias, capelas, escolas e de outras instituições beneméritas.
E assim, não obstante, a ausência dos santos e da prática religiosa (secularização), elas resistem até hoje. As vezes nem mesmo são juninas. São de julho, agosto...


Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (enfermeiro e cuidador do Autor).

Nenhum comentário:

Postar um comentário