Faleceu em Milão – Itália- o padre Silvano Fausti, aos 75
anos. Formado em filosofia e teologia,
defendeu a tese da fenomenologia da linguagem, mas no que fora mais
conhecido, foi seu trabalho de biblista e de catequese narrativa, com os seus
comentários sobre os evangelhos, que fizeram dele “um dos autores mais lidos e
influentes do pensamento cristão contemporâneo”.
Fora
orientador espiritual e confessor do Cardeal Carlo Maria Martini. Não viveu em
convento ou colégio grandioso, mas sim, nua favela na periferia de Milão.
Foi um
critico mordaz das cidades. Vivendo nas favelas considerava a periferia como
"um lugar privilegiado" para entender a polis: "Vivendo com
pessoas que estão de propósito ou por necessidade às margens, você entende o
que a sociedade descarta ou joga fora. O princípio da economia é produzir cada
vez mais. Mas do que me interessa produzir mais? Interessa-me viver. Hoje, a
cidade é o lugar da perda de humanidade, e os homens acabam na descarga: as
crianças, os velhos, aqueles que estão em necessidade".
Por ocasião
do primeiro aniversario do Papa Francisco, como Bispo de Roma, Fausti publicou
sua auto biografia intitulada: Sogni allergie benedizioni [Sonhos, alergias,
bênçãos]. expressou-se: "Sonho com um papa que convoque um Concílio. Não
um Vaticano III, mas um Jerusalém II. Para 'desreligionizar' a Igreja em
sentido barthiano, ou ao menos desclericalizá-la em sentido cristão, ou ao
menos desocidentalizá-la em sentido católico, ou ao menos desromanizá-la em
sentido evangélico, ou ao menos descurializá-la em sentido apostólico".
No Brasil,
quem mais divulga o pensamento de Fausti, é o bom teólogo Pe. José Antônio de
Almeida, em: O PÃO NOSSO DE CADA DIA.
Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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