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O
texto tem o gênero de memórias. São memórias muito realistas dos sofrimentos
padecidos numa prisão para presos políticos e também para presos comuns. O autor
descreve impressões pessoais do que viu com extremo realismo. Neste sentido,
podem causar no leitor uma certa revolta com o próprio ser humano. Como se pode
ser humano tratando o outro na forma mais vil que nem um animal merece? O
leitor, por isso, fica atônito, preso aos relatos, bem como indignado e
revoltado com o que aconteceu ao autor e seus colegas. Ainda mais quando a
acusação foi falsa, mentirosa, insustentável.
Por
outro lado, o professor Hélio, revelando seu sofrimento, muitas vezes
solitário, não perde a ocasião de reclamar de pessoas que, ao seu ver lhe
deveriam ter dado apoio, ajuda no cárcere.
Pelo
menos por três vezes ele se lamenta de a Arquidiocese de Ribeirão Preto não ter
lhe dado esta atenção.
“...Da
Diocese de Ribeirão Preto não houve nenhum sinal, apesar de minha condenação
ter sido devido em parte, creio, à participação ativa que tive na excomunhão dos
delegados Renato Ribeiro Soares e Miguel Lamano”(p.54).
(...)
Referindo-se
ainda a Ribeirão Preto o autor afirma em 18 de novembro de 1970 que “ainda não recebi
uma visita, uma carta ou a devida assistência jurídica por parte daquela
arquidiocese (Ribeirão Preto)” (idem).
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.