segunda-feira, 31 de agosto de 2015

07/09/1969 E O PADRE “HELINHO” III (Serie 70, 3°)


http://el.imguol.com/2012/fichas/M
G/FMG130000080457.jpg
         O texto tem o gênero de memórias. São memórias muito realistas dos sofrimentos padecidos numa prisão para presos políticos e também para presos comuns. O autor descreve impressões pessoais do que viu com extremo realismo. Neste sentido, podem causar no leitor uma certa revolta com o próprio ser humano. Como se pode ser humano tratando o outro na forma mais vil que nem um animal merece? O leitor, por isso, fica atônito, preso aos relatos, bem como indignado e revoltado com o que aconteceu ao autor e seus colegas. Ainda mais quando a acusação foi falsa, mentirosa, insustentável.
         Por outro lado, o professor Hélio, revelando seu sofrimento, muitas vezes solitário, não perde a ocasião de reclamar de pessoas que, ao seu ver lhe deveriam ter dado apoio, ajuda no cárcere.
         Pelo menos por três vezes ele se lamenta de a Arquidiocese de Ribeirão Preto não ter lhe dado esta atenção.
         “...Da Diocese de Ribeirão Preto não houve nenhum sinal, apesar de minha condenação ter sido devido em parte, creio, à participação ativa que tive na excomunhão dos delegados Renato Ribeiro Soares e Miguel Lamano”(p.54).
(...)

         Referindo-se ainda a Ribeirão Preto o autor afirma em 18 de novembro de 1970 que “ainda não recebi uma visita, uma carta ou a devida assistência jurídica por parte daquela arquidiocese (Ribeirão Preto)” (idem).

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário