No próximo dia sete de setembro, vamos
celebrar o 21° Grito dos Excluídos.
Neste
ano o tema é “A vida em primeiro lugar”. O lema é “Que país é esse que mata
gente, que a mídia mente e nos consome?”.
Mas
seu objetivo geral é “Valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo
melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar pessoas para atuar
nas lutas populares e denunciar as injustiças e os males causados por esse
modelo econômico neoliberal e excludente, ocupando ruas e praças por liberdade
e direitos” (ADITAL, 03/09/2015)
Como
lembra o texto da CNBB, “as respostas vêm do dia a dia, das periferias, onde
sobrevivem as famílias pobres, das juventudes que sofrem as retaliações e as
exclusões de uma sociedade elitista e seletiva, dos negros e periféricos vítimas
das drogas e do sistema”, pontua o sacerdote padre Gianfranco Graziola”.
Se,
em plano nacional, este é o 21° Grito, na arquidiocese de Ribeirão Preto não
podemos nos esquecer de um grito, ou melhor, de uma homilia acontecida há 46
anos (07/09/1969), feita pelo padre Hélio (“Helinho”) Soares do Amaral
(Sacramentino) em Altinópolis. Acusado de subversivo, de comunista... Ficou
preso e sofreu os piores maus tratos no Presídio Tiradentes em São Paulo, na
mesma cela em que estavam presos os frades dominicanos: Ivo, Fernando, Tito e
Betto. Sua marga experiência e seu testemunho cristão estão descritos num texto
de 2014: Pavilhão dos Escravos. São
Paulo: Rio de Janeiro, ed. Livre Expressão, 2014.
O
professor Hélio está vivo, trabalha sem perder a esperança, não obstante o
contrário de que um mundo melhor é possível.
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia, enfermeiro e cuidador do autor.
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