segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A VIAGEM DE PAPA A CUBA E AOS EUA (II) (Serie 71, 14°)

       

A chegada do Papa, no dia 19 em Havana foi sentida pela população como agradecimento pelo reestabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos. O Papa, por sua vez “ao desembarcar em Havana, pediu a Cuba e aos Estados Unidos que avancem na normalização das relações bilaterais e desenvolvam todas as suas potencialidades”.
            Segundo comentaristas internacionais, como se previa, a Igreja em Cuba recebeu o Papa, muito esperançosa, pois “sendo o primeiro papa da história com uma sensibilidade latino-americana, não será necessário traduzi-lo, nem em público nem em reuniões privadas, e também porque ele se envolveu na pacificação das relações entre os Estados Unidos e Cuba, imprescindível para o crescimento eclesiástico em termos de paróquias, espaço público e recursos”.
            No dia 20 o Papa celebrou uma missa na Praça da Revolução, em Havana. A cerimônia, presidida pelo papa Francisco, contou com presença de milhares de fieis cubanos, do presidente de Cuba, Raúl Castro e da presidente argentina Cristina Kirchner.  Em sua homilia na missa celebrada na Praça da Revolução, o papa Francisco convidou a todos a estarem a serviço dos mais necessitados e recordou que a vida autêntica se vive no compromisso concreto com o próximo.  “O santo povo fiel de Deus, que caminha em Cuba, é um povo que ama a festa, a amizade, as coisas belas. É um povo que caminha, que canta e louva. É um povo que, apesar das feridas que tem como qualquer povo, sabe abrir os braços, caminhar com esperança, porque se sente chamado para a grandeza”, disse Francisco. (Quem quiser ler toda homilia do Papa na integra , ver texto “A vida autêntica se vive no compromisso concreto com o próximo”, disse o papa em Havana” CNBB 21 de setembro de 2015).
            Além dessa missa o Papa se encontrou com  Bispos cubanos e com jovens. Ele disse no encontro com os jovens que “ A objetividade da vida, deve entrar a capacidade de sonhar. E um jovem que não é capaz de sonhar, está encerrado em sim mesmo, está fechado em si mesmo. (...) não vos esqueçais: sonhai! (...). e contem os vossos sonhos. Contai, falai das coisas grandes que desejais, porque quanto maior for a capacidade de sonhar, mesmo que a vida deixe a metade do caminho, mais caminho terás percorrido. Então, em primeiro lugar, sonhar”.
            Além disso, o Papa visitou Fidel Castro em sua residência familiar, e ambos, após uma conversa sobre o meio ambiente e se ofertaram presentes.
            No encontro que o Papa manteve com os sacerdotes, em sua reflexão, recordou que a pobreza é uma palavra “muito incômoda”, pois é contrária a estrutura cultural do mundo moderno. “O espírito mundano não a conhece, não a quer, a esconde, não por pudor, mas por desprezo. E se tem que pecar e ofender a Deus para que não chegue a pobreza, o faz. O espírito do mundo não ama o caminho do Filho de Deus, que se fez pobre, se fez nada, se humilhou para ser um de nós”, pontou o pontífice
  Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário