quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DOM AUGUSTO, O CARDEAL POETA (Serie 71, 10°)

Dom Augusto Álvaro da Silva, nasceu no dia 8 de abril de 1876 em Recife – PE, estudo no Seminário Diocesano de Olinda, sendo ordenado padre em 5 de março de 1899. estudou no Seminário Diocesano de Olinda, sendo ordenado padre em 5 de março de 1899. Eleito bispo de Floresta, diocese recém inaugurada, em 12 de maio de 1911, sendo consagrado em 22 de outubro , por Dom Luís Raimundo da Silva Brito, arcebispo de Olinda, assistido por Dom Francisco de Paula e Silva, bispo de São Luiz do Maranhão, e por Dom Joaquim Antônio de Almeida, bispo de Natal. Foi transferido para a diocese de Barra do Rio Grande em 25 de junho de 1915. Promovido a sé metropolitana de São Salvador da Bahia em 18 de dezembro de 1924.
Foi criado cardeal-presbitero no consistório de 12 de janeiro de 1953. Frequentou a Primeira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, no Rio de Janeiro, entre 25 de julho e 4 de agosto de 1955. Frequentou o Concílio Vaticano II, entre1962 e 1965 
Faleceu em 14 de agosto de 1968, em Salvador. Foi sepultado na Catedral-Basilica Primacial de São Salvador. Na sua morte, ele era o mais antigo membro do Colégio dos Cardeais.
            O que mais surpreende na vida de Dom Augusto, é que além de suas muitas atividades, tenha sido também, poeta e usava o pseudônimo Carlos Neto, reuniu sua poesia na obra Cântico de fé. Em Ribeirão Preto foi seu admirador o Conego Arnaldo Álvaro Padovani, de feliz memoria.
            Em Salvador –BA, Jorge Amado sempre o criticou pelo que fez Dom Augusto e chamava sua poesia de “parnasiana”
            Eis aqui, um soneto de Carlos Neto

“O Mais Doce Olhar de Jesus”

 “Quando Jesus ouviu, depois de haver predito/ que alguém O trairia, alguém que estava à mesa/ e comia com Ele, alguém que com certeza,/ trazia já consigo o cálculo maldito,// quando Jesus ouviu — cinicamente aflito —/ Judas interrogar com hipócrita surpresa:/ — ‘Mestre, acaso sou eu?’ — olhou-o com tristeza,/ mas com imenso amor solícito, infinito.// Doce olhar de Jesus! Jamais em toda a vida/ teve expressões assim, tão fortes, tão serenas,/ para quantos amou com alma enternecida!// Nunca dera um olhar tão terno às açucenas!/ Nunca um olhar tão meigo à pátria estremecida!/ Nunca tão doce olhar às pobres Madalenas!”



Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 

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