Dom Augusto Álvaro da Silva, nasceu no dia 8 de abril de 1876
em Recife – PE, estudo no Seminário Diocesano de Olinda, sendo ordenado padre
em 5 de março de 1899. estudou no Seminário Diocesano de Olinda, sendo ordenado padre em 5 de março de 1899. Eleito bispo de Floresta,
diocese recém inaugurada, em 12 de maio de 1911, sendo consagrado em 22 de outubro , por Dom Luís Raimundo da Silva Brito, arcebispo de Olinda, assistido por Dom Francisco de Paula e Silva, bispo de São Luiz do Maranhão, e por Dom Joaquim Antônio de Almeida, bispo de Natal. Foi transferido para a diocese de Barra do Rio Grande em 25 de junho de 1915. Promovido a sé
metropolitana de São Salvador da Bahia em 18 de dezembro de 1924.
Foi criado cardeal-presbitero no consistório de 12 de janeiro de 1953. Frequentou a
Primeira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, no Rio de Janeiro,
entre 25 de julho e 4 de agosto de 1955. Frequentou o Concílio Vaticano II, entre1962 e 1965
Faleceu em 14 de agosto de 1968, em Salvador. Foi
sepultado na Catedral-Basilica Primacial de São Salvador. Na sua morte, ele era o mais antigo
membro do Colégio dos Cardeais.
O que mais
surpreende na vida de Dom Augusto, é que além de suas muitas atividades, tenha
sido também, poeta e usava o pseudônimo Carlos Neto, reuniu sua poesia na obra Cântico
de fé. Em Ribeirão Preto foi seu admirador o Conego Arnaldo Álvaro Padovani,
de feliz memoria.
Em Salvador
–BA, Jorge Amado sempre o criticou pelo que fez Dom Augusto e chamava sua
poesia de “parnasiana”
Eis aqui, um
soneto de Carlos Neto
“O Mais Doce Olhar de
Jesus”
“Quando Jesus ouviu,
depois de haver predito/ que alguém O trairia, alguém que estava à mesa/ e
comia com Ele, alguém que com certeza,/ trazia já consigo o cálculo maldito,//
quando Jesus ouviu — cinicamente aflito —/ Judas interrogar com hipócrita
surpresa:/ — ‘Mestre, acaso sou eu?’ — olhou-o com tristeza,/ mas com imenso
amor solícito, infinito.// Doce olhar de Jesus! Jamais em toda a vida/ teve
expressões assim, tão fortes, tão serenas,/ para quantos amou com alma
enternecida!// Nunca dera um olhar tão terno às açucenas!/ Nunca um olhar tão
meigo à pátria estremecida!/ Nunca tão doce olhar às pobres Madalenas!”
Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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