sábado, 17 de janeiro de 2015

“O MUNDO PRECISA DE TERNURA” (Serie 70, 23°)

            


           No pronunciamento que o papa Francisco fez, na missa da vigília do Natal do ano de 2014 ele ressaltou que: “Nesta noite santa, ao mesmo tempo que contemplamos o Menino Jesus recém-nascido e reclinado numa manjedoura, somos convidados a refletir. Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? << Oh não, eu procuro o Senhor! >> - poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me e a cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem? E ainda: temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas desprovidas do calor do Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem hoje de ternura! Paciência de Deus, proximidade de Deus, ternura de Deus”.
            Esta homilia fez-me lembrar do livro de Leonardo Boff: São Francisco de Assis: ternura e vigor: uma leitura a partir dos pobres – 13. Ed. – Petrópoles, RJ: Vozes, 2012; creio que a primeira edição desse livro seja de 1981, mas observem que Leonardo Boff antecipou-se nesta idéia de ternura, proposta ao mundo pelo papa Francisco, hoje.
            Uma das idéias fortes de Leonardo Boff frente a idéia do mundo moderno, ou seja, de querer estar sobre tudo, é a de proximidade com tudo. Não é estar sobre os outros ou sobre as coisas, mas estar com os outros, com o mundo ou dito ao modo do Boff, é estar com irmãos.
            É esta proximidade terna de Deus conosco e nós com Deus e com os outros que se quer ressaltar na homilia do papa Francisco.

Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (Enfermeiro e Cuidador do Autor)

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