Segundo
Aquilino de Pedro, “num principio são chamados cônegos os presbíteros que
atendem ao serviço religioso numa catedral e levam vida comunitária. Desde o
século XII, ao lodo dos cônegos regulares, que continuam vivendo em comunidade
sob uma regra, aparecem os cônegos seculares, que não levam vida em comum, mas
que continuam atendendo ao serviço da catedral ou de uma colegiada,
principalmente na reza do oficio divino. Na atualidade continuam existindo
cabidos em algumas catedrais ou em colegiadas. Cabe-lhes celebrar funções
litúrgicas mais solenes na igreja catedral ou na colegiada, como também outros
ofícios que lhes sejam confiados.”
Hoje,
os cônegos, na verdade, não tem mais nenhuma função prevista no código de
direito canônico. Tanto assim, que, em 1970, anunciou-se que não existiriam
mais, nem cônegos, nem monsenhores. Mesmo assim, continuam até hoje. Com o
titulo de cônego, um padre passava do baixo clero para o alto clero, em tempos
passados, um padre secular que não fosse cônego nem monsenhor era considerado
“soldado raso”.
Eu
mesmo vi uma cena num encontro de ex-seminaristas, em que, um colega (saído do
seminário) encontrou-se com outro, este padre, e foi logo lhe perguntando:
-
Você continua sendo só padre? Nem cônego você é?
O
interrogado, sentiu-se humilhado e entendeu sua pergunta como provocação e
abriu-se uma discussão. Ao final, tornaram-se inimigos, e não mais se falaram!
Monsenhor,
segundo o mesmo autor, “ titulo que se da aos bispos e a outros eclesiásticos
as quais a Santa Sé o concede pela relevância de sua função, seu emprego
diminuiu a partir do Vaticano II, sobretudo para aqueles que não são bispos,
dentro da tendência de eliminar o meramente honorifico”.
O
titulo, no Brasil foi muito valorizado, e aquele que o recebia considerava-se
tão importante como se fosse um titulo quase igual ao de um bispo!
Dom
Arnaldo Ribeiro certa vez contou em uma “rodinha” de padres, que foi visitar um
monsenhor, e este, não se cabia de gratidão por ter sido nomeado monsenhor.
Emocionado disse a Dom Arnaldo: “Agora, posso morrer feliz, por que recebi do
Santo Padre o titulo que eu mais desejei, ser monsenhor!”
O
papa Francisco, recentemente, inspirando-se nas reformas introduzidas por Paulo
VI em 1968, decidiu abolir o titulo honorifico pontifício de monsenhor para os
padres seculares com idade inferior a 65 anos.
Digitou este artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e
Cuidador do Autor)
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