Hoje, fala-se muito em
três Quocientes que precisamos cultivar.
O primeiro, Quociente
Intelectual, é aquele com o qual a pessoa trabalha ao se tratar de coisas.
Evidentemente, a referência não é exclusiva e nem representa algo separado. É
preciso trabalhar bem todas as coisas com inteligência, tendo presente que só
isto não basta. Tudo que se assume faz-se com todo o nosso ser e não de modo
estanque.
Segundo, Quociente
Emocional, é com esse que lidamos com as pessoas e não havendo controle
emocional, perdem-se relacionamentos que poderiam servir a uma boa convivência
humana, pessoal, familiar, comunitária e social. Quantas pessoas inteligentes
vivem solitárias por não saberem controlar suas emoções, seus sentimentos e
seus desejos.
Terceiro, Quociente
Espiritual, é o que nos permite relacionarmos com o nosso eu, buscando
fundamento da própria vida de suas aspirações e de respostas seguras o bastante.
Chame-se a isto busca de Absoluto ou de Deus, não importa. O certo é que
ninguém pode viver vida plenamente humana se não responder a esta questão.
Vem, por isso, muito a
propósito por ocasião do primeiro centenário de Thomas Merton, ver como esse
Mestre de Espiritualidade resumiu a sua busca.
Segundo ele, “doar-nos a Deus é algo
profundamente sério. Não é suficiente meditar sobre um caminho de perfeição que
inclua sacrifício, oração e renúncia do mundo. Temos, na verdade, que jejuar,
orar, negar a nós mesmos e nos tornar homens interiores caso quiséramos ouvir a
voz de Deus dentro de nós”.
“O
amor busca não só servi-Lo mas a amá-Lo, comungar com Ele em oração, abandonar
a si próprio a Ele em contemplação”.
“Orar
é a forma mais importante para se buscar a Deus (...) persevere”.
“A
fé é a entrega total a Cristo, que coloca toda a nossa esperança em Deus e
espera toda força e santidade de seu amor misericordioso”.
“A
fé é o dom de todo o nosso ser com a verdade, com a palavra. É o centro e o
significado de toda a existência. A fé rejeita tudo o que não é Cristo, para
que toda a vida, verdade, esperança seja encontrada nele. A fé apoia-se
completamente n’Ele em perfeita confiança (...) deixando-O cuidar de nós sem
saber como ele assim o fará”.
“O
que é a perfeição final? Plena manifestação de Cristo em nossas vidas. A
misericórdia de Deus em nós. Nossa vida mística destina-se aos outros também.
Aqueles que recebem mais têm mais para dar. Sem amor e compaixão com os outros,
o nosso próprio amor de Cristo é uma ficção. Amemos em ação”.
“Aqueles que alimentaram os famintos e deram abrigo
ao estrangeiro e visitaram os doentes e prisioneiros – então serão levados ao
reino porque fizeram todas aquelas coisas para o próprio Cristo”.
Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (Enfermeiro e
Cuidador do Autor)
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