terça-feira, 27 de janeiro de 2015

THOMAS MERTON - CONCLUSÃO (Serie 70, 28°)

            


      Chegamos, em fim, próximos ao dia 31 do corrente mês de janeiro, dia em que celebramos o 1° Centenário de nascimento de Thomas Merton. Lembramos com saudade sua vida e suas obras, sempre atuais, quer sobre o ponto de vista da espiritualidade; do dialogo com o mundo e com a questão da paz mundial.
         Lembro-me de um artigo de James Martin (IHU, 14/12/2008), escrito por ocasião do 40° aniversario de morte de Thomas Merton e este o proclamou “Thomas Merton, o santo dos paradoxos”. Para este, os paradoxos de Thomas Merton foram: - O primeiro paradoxo é explicado pelos seus escritos. Os trabalhos mais populares de Merton não são os pesados tomos teológicos, mas seus diários e escritos autobiográficos. Às vezes vivamente, loquaz e profundo, Merton luta com a oração, murmura contra a recusa de seu abade de deixá-lo viajar e se irrita por ser silenciado pelos trapistas quando ele escreve sobre paz durante a Guerra Fria. Próximo do fim de sua vida, ele se apaixona por uma enfermeira que ele conhece durante a estadia em um hospital. Em todas essas experiências, ele busca ver sinais de Deus.
Merton atrai os que buscam e os que têm dúvida por causa de sua inabalável honestidade em sua busca do “eu verdadeiro” e de Deus. Independentemente de quanto tempo ele foi um monge, Merton se considera a caminho para Deus. (Sua oração mais famosa começa assim: “Meu Senhor Deus, eu não tenho nem idéia para onde eu estou indo”). E ele não tem medo de mudar seu pensamento, rejeitando depois as passagens mais solipsísticas na sua autobiografia. “O homem que terminou ‘A montanha dos sete patamares` [...] está morto”, ele escreveu em 1951. Ele é aberto, transparente, curioso, multiforme e, por fim, humano.
Enfim, não ha ser humano que não tenha seus paradoxos. O que ele nos ensinou é sempre buscar. A verdade está sempre no Fim.


Digitou este artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor)

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