Chegamos,
em fim, próximos ao dia 31 do corrente mês de janeiro, dia em que celebramos o
1° Centenário de nascimento de Thomas Merton. Lembramos com saudade sua vida e
suas obras, sempre atuais, quer sobre o ponto de vista da espiritualidade; do
dialogo com o mundo e com a questão da paz mundial.
Lembro-me de um artigo de James
Martin (IHU, 14/12/2008), escrito por ocasião do 40° aniversario de morte de
Thomas Merton e este o proclamou “Thomas Merton, o santo dos paradoxos”. Para
este, os paradoxos de Thomas Merton foram: - O primeiro
paradoxo é explicado pelos seus escritos. Os trabalhos mais populares de Merton não
são os pesados tomos teológicos, mas seus diários e escritos autobiográficos.
Às vezes vivamente, loquaz e profundo, Merton luta com a oração, murmura contra a
recusa de seu abade de deixá-lo viajar e se irrita por ser silenciado pelos
trapistas quando ele escreve sobre paz durante a Guerra Fria. Próximo do fim de sua vida, ele se apaixona
por uma enfermeira que ele conhece durante a estadia em um hospital. Em todas
essas experiências, ele busca ver sinais de Deus.
Merton atrai os que buscam e os que têm
dúvida por causa de sua inabalável honestidade em sua busca do “eu verdadeiro”
e de Deus. Independentemente de quanto tempo ele foi um monge, Merton se
considera a caminho para Deus. (Sua oração mais famosa começa assim: “Meu
Senhor Deus, eu não tenho nem idéia para onde eu estou indo”). E ele não tem
medo de mudar seu pensamento, rejeitando depois as passagens mais solipsísticas
na sua autobiografia. “O homem que terminou ‘A montanha dos sete patamares` [...] está morto”, ele escreveu em
1951. Ele é aberto, transparente, curioso, multiforme e, por fim, humano.
Enfim, não ha ser humano
que não tenha seus paradoxos. O que ele nos ensinou é sempre buscar. A verdade
está sempre no Fim.
Digitou este artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor)
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