A nova consciência eclesial da igreja a
respeito das questões sociais, depois do concílio Vaticano II, atingiu seu
ápice com a encíclica Sollicitudo Rei
Socialis. Foi nesta encíclica, que apareceu de maneira clara e assumida
pelo magistério da Igreja, entre outras categorias o termo solidariedade. Ou,
também chamada solidariedade ativa assumida por todos os que querem promover a
justiça e a paz no mundo.
Com
o papa Francisco a solidariedade conforme seu próprio modo de falar e propor
ações, a solidariedade assumiu formas mais concretas, diretas e incisivas, sem
“entretantos”. No seu discurso em Roma aos representantes dos movimentos
sociais, de várias partes do mundo, ele falou, com muita precisão, o que é,
hoje, solidariedade:
“...
é lutar contra as causas estruturais da pobreza, da desigualdade, da falta de
trabalho, da terra e da moradia, a negação dos direitos sociais e trabalhistas.
É enfrentar... os deslocamentos forçados, as emigrações dolorosas, o tráfico de
pessoas, a droga, a guerra, a violência e todas essas realidades que muitos de
vocês sofrem... É estranho, mas se falo disso, para alguns significa que o papa
é comunista... Hoje, ao fenômeno da exploração e da opressão se soma uma nova
dimensão,... os que não podem ser integrados; os excluídos são dejetos, restos.
Esta é a cultura do descarte... No centro de todo sistema social ou econômico
tem que estar a pessoa, a imagem de Deus... a criação é um dom, é um presente,
um dom maravilhoso que Deus nos deu para que cuidemos dele e o utilizemos em
benefício de todos, sempre com respeito e gratidão... neste sistema (atual) ...
se rende um culto idolátrico ao dinheiro! Porque se globalizou a indiferença!
... Porque o mundo se esqueceu de Deus, que é Pai; se tornou órfão porque
deixou a Deus de lado”.
Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (Enfermeiro e
Cuidador do Autor)
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