domingo, 25 de janeiro de 2015

O PAPA FRANCISCO E A SOLIDARIEDADE (Serie 70, 26°)

               A nova consciência eclesial da igreja a respeito das questões sociais, depois do concílio Vaticano II, atingiu seu ápice com a encíclica Sollicitudo Rei Socialis. Foi nesta encíclica, que apareceu de maneira clara e assumida pelo magistério da Igreja, entre outras categorias o termo solidariedade. Ou, também chamada solidariedade ativa assumida por todos os que querem promover a justiça e a paz no mundo.
            Com o papa Francisco a solidariedade conforme seu próprio modo de falar e propor ações, a solidariedade assumiu formas mais concretas, diretas e incisivas, sem “entretantos”. No seu discurso em Roma aos representantes dos movimentos sociais, de várias partes do mundo, ele falou, com muita precisão, o que é, hoje, solidariedade:
            “... é lutar contra as causas estruturais da pobreza, da desigualdade, da falta de trabalho, da terra e da moradia, a negação dos direitos sociais e trabalhistas. É enfrentar... os deslocamentos forçados, as emigrações dolorosas, o tráfico de pessoas, a droga, a guerra, a violência e todas essas realidades que muitos de vocês sofrem... É estranho, mas se falo disso, para alguns significa que o papa é comunista... Hoje, ao fenômeno da exploração e da opressão se soma uma nova dimensão,... os que não podem ser integrados; os excluídos são dejetos, restos. Esta é a cultura do descarte... No centro de todo sistema social ou econômico tem que estar a pessoa, a imagem de Deus... a criação é um dom, é um presente, um dom maravilhoso que Deus nos deu para que cuidemos dele e o utilizemos em benefício de todos, sempre com respeito e gratidão... neste sistema (atual) ... se rende um culto idolátrico ao dinheiro! Porque se globalizou a indiferença! ... Porque o mundo se esqueceu de Deus, que é Pai; se tornou órfão porque deixou a Deus de lado”.

Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (Enfermeiro e Cuidador do Autor)

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