sábado, 18 de julho de 2015

A TEOLOGIA COMPROMETIDA DE ARTURO PAOLI (Serie 70, 95°)


Uma das características de Arturo Paoli é a de apresentar-nos, não só uma espiritualidade encarnada, mas uma teologia (reflexão sobre a fé e a prática) comprometida, nascida em primeiro lugar de sua experiência pessoal com Jesus e com os pobres, para estar junto deles e com eles buscar a libertação.
            Experiência, aqui, deve ser entendida no sentido dado por Leonardo Boff: saber, com sabor (ência) a partir de dentro do mais profundo da pessoa (ex) sobre alguma coisa (peri).
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            Em Arturo Paoli esta experiência foi amadurecendo progressivamente: primeiro no encontro com um irmãozinho de jesus moribundo, no navio que o levou à Argentina e que resultou na sua vocação para segui-lo; depois, a sua dura experiência, por 13 meses no deserto argelino, sem poder ler nem escrever; isto lhe possibilitou a conversão profunda de si mesmo e à decisão (corte a respeito de algo, renúncia) de vazio, preencher-se de Jesus Cristo e dos pobres; vieram depois os trabalhos na Sardenha, na Argentina, na Venezuela e no Brasil.
            Seus livros transmitem-nos uma reflexão sobre a fé, muito perto da vida e engajada na prática.
            Certa vez ele confidenciou que: “o que falta hoje não são as iniciativas, mas são experiências, isto é, dizer: você está errando de posição, está errando de método. É uma falta de método...” (IHU, 15/07/2015).
            O cardeal Piovanelli expressou sinteticamente a figura de Arturo Paoli, nestes termos:

            “Sempre ficamos impressionados com as suas palavras, com os seus livros, mas sobretudo admiramos a coragem de uma vida comprometida para estar ao lado dos mais fracos” (IHU, 04/11/2012).

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.

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