Uma das características
de Arturo Paoli é a de apresentar-nos, não só uma espiritualidade encarnada,
mas uma teologia (reflexão sobre a fé e a prática) comprometida, nascida em
primeiro lugar de sua experiência pessoal com Jesus e com os pobres, para estar
junto deles e com eles buscar a libertação.
Experiência,
aqui, deve ser entendida no sentido dado por Leonardo Boff: saber, com sabor (ência)
a partir de dentro do mais profundo da pessoa (ex) sobre alguma coisa (peri).
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Em
Arturo Paoli esta experiência foi amadurecendo progressivamente: primeiro no
encontro com um irmãozinho de jesus moribundo, no navio que o levou à Argentina
e que resultou na sua vocação para segui-lo; depois, a sua dura experiência,
por 13 meses no deserto argelino, sem poder ler nem escrever; isto lhe
possibilitou a conversão profunda de si mesmo e à decisão (corte a respeito de
algo, renúncia) de vazio, preencher-se de Jesus Cristo e dos pobres; vieram
depois os trabalhos na Sardenha, na Argentina, na Venezuela e no Brasil.
Seus
livros transmitem-nos uma reflexão sobre a fé, muito perto da vida e engajada na
prática.
Certa
vez ele confidenciou que: “o que falta hoje não são as iniciativas, mas são
experiências, isto é, dizer: você está errando de posição, está errando de método.
É uma falta de método...” (IHU, 15/07/2015).
O
cardeal Piovanelli expressou sinteticamente a figura de Arturo Paoli, nestes
termos:
“Sempre
ficamos impressionados com as suas palavras, com os seus livros, mas sobretudo
admiramos a coragem de uma vida comprometida para estar ao lado dos mais fracos”
(IHU, 04/11/2012).
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.
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