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Ele foi um dos grandes
mestres espirituais dos tempos atuais!
Nasceu em Luca – Itália –
no dia 30 de novembro de 1912, onde também ingressou no seminário diocesano em
1937.
Em 1943 tornou-se a principal
referência de Luca da rede “Delasem” (Delegação para a Assistência dos
Emigrantes Judeus) de Georgio Nissim, tendo salvado muitos judeus que escondera
no prédio do seminário de Luca. Muito tempo depois, esse seu gesto fora
reconhecido pelo governo italiano que lhe outorgou a medalha de ouro ao valor
civil (2006). Já em 1999 o governo de Israel reconhecendo sua defesa de judeus,
deu-lhe o título de “Justo entre as Nações”, prêmio que ele não fora receber.
Em 1949, mudou-se para Roma,
como vice-assistente nacional da Juventude Católica. “As suas ideias, tão
semelhantes às da esquerda, irritavam a cúpula da organização. Em 1954, foi
mandado para o “exílio”, para servir como capelão entre os migrantes italianos
em um navio destinado à Argentina. Uma medida punitiva, que, no entanto,
tornou-se a sua salvação. Durante a viagem, Arturo assistiu a um religioso da
Congregação dos Irmãozinhos no seu leito de morte. O padre fica surpreso e
decide querer entrar na congregação fundada por Charles de Foucauld, que ordena
caminhar com os pobres” (IHU, 15/07/2015).
Fez seu noviciado no
deserto argelino por 13 meses, proibido pelo mestre dos noviços de ler e de
escrever. “Depois do deserto, “morrera um Arturo e nascera outro”, contaria
Paoli. Só como eremita é que ele consegue se livrar daquela que ele definiria
como “a terrível doença que se chama o não sentido da vida”. “Passar pela
experiência do nada é uma experiência que nos deixa alegres toda a vida: depois,
não existem mais egoísmos nem cinismos”, explicaria” (Idem).
Sua primeira missão como
Irmãozinho foi trabalhar junto aos mineiros na Sardenha, contratado para
trabalhar na manutenção das estradas e, ao mesmo tempo, escrevia cartas para os
habitantes, na sua maioria analfabeta, que eram enviadas à América. Seu
trabalho, entretanto, foi visto com maus olhos pelas autoridades vaticanas,
tendo sido, então, convidado a deixar seu país.
Em 1960, segue para a Argentina, onde permanecerá até 1974 quando
teve que deixar o país para não ser preso e executado pelo regime militar. Chegou
à seguir a Venezuela e de lá veio ao Brasil onde permaneceu até sua volta à
Itália em 2005.
Estabeleceu-se aos 93
anos na casa diocesana de San Martino in Vignale, nas colinas acima de Luca,
dedicada ao Bem-aventurado Charles de Foucauld, onde faleceu.
Segundo Leonardo Boff,
Arturo foi: “o homem que sempre esperava
o advento de Deus (IHU, 15/07/2015). Para Enzo Bianchi – monge e teólogo
italiano, prior e fundador da Comunidade de Bose – Arturo foi “profeta cósmico”
(IHU, 16/07/2015). A Pax Christi Itália definiu-o como aquele que nos ajuda “a
entrar no mistério da Igreja dos pobres para “amortizar o mundo” com relações
de paz, justiça e misericórdia (IHU, 15/07/2015).
O Papa Francisco e Arturo
Paoli, encontraram-se na Casa de Santa Marta no dia 18 de janeiro de 2014. “O
encontro foi rigorosamente privado, na forma das conversas ordenadas por
Foucauld” (IHU, 15/07/2015).
Digitou este Artigo Vinicius Maniezo Garcia - Enfermeiro e Cuidador do autor.
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