sexta-feira, 10 de julho de 2015

SILENCIAM-SE OS SINOS (Serie 70, 91°)


Aparece frequentemente nos jornais notícia de que moradores, vizinhos de igrejas, desejam que, aos domingos, os sinos não sejam tocados. Querem ser acordados mais tarde. Por isso, não querem saber de ouvir sinos.
No passado, povoados inteiros dependeram do sino da igreja. Eles anunciavam a hora se de levantar e a hora de se deitar. Chamavam para as missas. Alegres, anunciavam as festas. Tristes, indicavam morte e enterro. Justifica-se, assim, a frase encontrada num romance de Hemingway em “Por Quem os Sinos Dobram”: “esses sinos que agora batem também batem por você”.
Dom Felício, em seu leito de dor na residência episcopal, no começo de 1970, perguntava: “Por que os sinos da catedral não estão tocando?”. Ele gostava de ouvi-los aos domingos (aliás, amanhã 11 de julho, faz 43 anos que ele faleceu).
Os sinos, infelizmente, se silenciam. Aumentam cada vez mais os barulhos dos ônibus, dos carros, dos caminhões, das motos, dos cortadores elétricos de grama, de som de propaganda e durma-se com um barulho desses...

Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.


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