quinta-feira, 30 de abril de 2015

A RECEPÇÃO E A IMPLANTAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO CONCÍLIO VATICANO II (1962 – 1965), NA ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO (1966 – 1981) (Serie 70, 71°)

(CONTINUAÇÃO)
8ª ETAPA
            O TRAÇO-DE-UNIÃO chega ao seu ano V, n°. 1 (janeiro – fevereiro de 1970)! E se apresenta, agora, desta forma:
           
            “Aqui estamos novamente em nossa missão de unidade. Agora, não mais como órgão da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral e sim de todo o Secretariado de Pastoral que, em cada número, se fará presente traduzindo ideias, transmitindo experiências.
            Um ponto de encontro assim é de grande importância, quando não por outros motivos, pelo simples fato de encontro.
            Novas perspectivas se abrem para nós neste ano pastoral, marcado de maneira especial pelo esforço de planejamento de nossas atividades.
            Vamos constatando, aos poucos que, na obra pastoral, “não se pode agir às cegas: o apóstolo não é alguém que corre incerto ou se bate contra o ar (1 Cor 9,26); evita hoje a acomodação e o perigo do empirismo. Uma séria planificação, portanto, pode oferecer à igreja um meio eficaz e incentivo para o trabalho”. ”... a planificação impõe opções e comporta renúncias mesmo do que, às vezes, seria o melhor; e a concentração de esforços intensiva e extensiva nos objetivos essenciais obriga a deixar realizações que, embora belas, sejam limitadas ou supérfluas” (Paulo VI).
            Pois bem, neste esforço, por viver o processo de planejamento está nosso Secretariado”21.
            O 15°. TRAÇO-DE-UNIÃO, n°. 2 (março – abril de 1970) abre-se renovando seu “objetivo principal de sempre unir, criar laços” e agora, de “tornar mais conhecido (para ser usado) o Secretariado de Pastoral que é um serviço de promoção e coordenação da Pastoral Arquidiocesana”. Atualmente, o Secretariado de Pastoral é constituído pelas equipes dirigentes das seguintes entidades e organizações arquidiocesanas:
            1 – Serviço Arquidiocesano de Evangelização;
            2 – Serviço Arquidiocesano de Catequese;
            3 – Serviço Arquidiocesano de Liturgia;
            4- Caritas Arquidiocesana;
            5 – Serviço Arquidiocesano de Coordenação das Religiosas e dos Institutos Seculares;
            6 – Comissão Arquidiocesana de Pastoral Familiar;
            7 – Secretariado de Juventude de Ação Católica;
            8 – Federação Mariana de Ribeirão Preto;
            9 – Legião de Maria;
            10 – Secretariado Arquidiocesano de Cursilhos;
            11 – Serviço Arquidiocesano de Ecumenismo;
            12 – Serviço Arquidiocesano de Opinião Pública.

            Oportunamente, deverão ser integrados no Secretariado, outros movimentos e entidades, de acordo com as exigências de uma Pastoral Coordenada. Acham-se em fase de organização o Serviço de Pastoral da Saúde e o Serviço Arquidiocesano de Promoção humana”22.


Citações:
21. n°. 14 (janeiro-fevereiro 1970), p.1.
22. n°. 15 (março-abril 1970), p. 1.


(CONTINUA)

Digitou este Artigo: Vinicius Maniezo Garcia (enfermeiro e cuidador do autor).

MENTIRA (Serie 70, 70°)


Um amigo chegou para o outro pelas 15 horas do dia 30 de abril de 2015 e falou-lhe:
            - Cara, sabe quem está nas últimas?
            O outro esticou o pescoço, pôs-se numa atitude de apreensão e medo! Enquanto o amigo respondeu-lhe:
            - O mês de abril!
            Ambos acabaram rindo da hilária brincadeira!
            O amigo, entretanto, aproveitou o momento para observar que nos dias de hoje já não se dizem brincadeiras de mentira. E continuou dizendo:
            - Veja! O 1º de abril tido como o dia da mentira, já não funciona. Já não se conta mentira-de-brincadeira.
            Quase tudo, hoje, é mentira. Ela grassa como tiririca por todo o lado. Há mentira nos relacionamentos humanos comerciais, esportivos, sociais... A maior mentira está presente na grande mídia que manipula seus ouvintes, seus leitores e usuários em geral de todos esses meios de comunicação.
            Gorki (1868-1936), com razão afirmou:
            “A mentira é a religião dos escravos e patrões.”
            O patrões escondem-se anonimamente atrás das notícias e tentam manipular a opinião pública a seu favor contra, sobre tudo, aqueles que lutam por justiça, igualdade universal de direitos e, justiça social. Para eles, é preciso mentir para encontrar um bode expiatório de todos os males.
            João Evangelista proclamou que é a Verdade que nos liberta, contudo, é preciso seguir o processo de procurar a Verdade pessoal e socialmente. Nisto, dá-se o processo de Libertação, depois de se passar pela conscientização (Paulo Freire).

Digitou este Artigo: Vinicius Maniezo Garcia (enfermeiro e cuidador do autor).

terça-feira, 28 de abril de 2015

CAROS LEITORES!


Agradeço-lhes as leituras de meus artigos semanais.
Peço-lhes o obséquio de me criticar onde errei ou exagerei ou, enfim não respondi à dignidade do tema.
Abraço fraterno,
Francisco de Assis Correia

(Endereço para contato: franciscodeassiscorreia@hotmail.com)

A CRISE E O PROCESSO NECESSÁRIO PARA O PAÍS SAIR DELA (Serie 70, 69°)


            Crise não é necessariamente um processo patológico, mas um processo necessário para o amadurecimento pessoal, social, político e religioso. Até mesmo a evolução do cosmo e do ser humano, não se deu sem fortes doloridos e demorados processos de crise que Teilhard de Chardin intitulou-os de “complexificação” (O Fenômeno Humano).
            Nas suas obras, Leonardo Boff, várias vezes explorou o conceito de “Crise”. Em “A Graça Libertadora no Mundo”, ele trata da “graça como crise, processo de libertação e liberdade dos filhos de Deus”. Para ele a crise faz parte do processo de amadurecimento do ser humano. É oportunidade (Cairós) para encetar vida nova, criar algo de novo e ter força para progredir continuamente. Sem crise  não se passa a um estágio superior. Para isso, urge sempre usar os melhores meios para se lograr o melhor estágio.
            A CNBB ao final da sua 53ª Assembleia Geral, afirmou que para o país sair da crise é necessário passar pelos seguintes momentos:

1.      “A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.”
2.      “A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.”
3.      “A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada os céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão. Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética.”
4.      “A credibilidade política, perdida por causa da corrupção e da prática interesseira com que grande parte dos políticos exerce seu mandato, não pode ser recuperada ao preço da aprovação de leis que retiram direitos dos mais vulneráveis. Lamentamos que no Congresso se formem bancadas que reforçam o corporativismo para defender interesses de segmentos que se opõem aos direitos e conquistas sociais já adquiridos pelos mais pobres.”
5.      “A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, por exemplo, é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil. Se o prazo estabelecido pela Constituição de 1988 tivesse sido cumprido pelo Governo Federal, todas a terras indígenas já teriam sido reconhecidas e homologadas. E, assim, não estaríamos assistindo aos constantes conflitos e mortes de indígenas.”
6.      “A PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal para 16 anos, já aprovada pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça da Câmara, também é um equívoco que precisa ser desfeito. A redução da maioridade penal não é solução para a violência que grassa no Brasil e reforça a política de encarceramento num país que já tem a quarta população carcerária do mundo. Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e da violência.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em vigor há 25 anos, responsabiliza o adolescente, a partir dos 12 anos, por qualquer ato contra a lei, aplicando-lhe as medidas socioeducativas. Não procede, portanto, a alegada impunidade para adolescentes infratores. Onde essas medidas são corretamente aplicadas, o índice de reincidência do adolescente infrator é muito baixo. Ao invés de aprovarem a redução da maioridade penal, os parlamentares deveriam criar mecanismos que responsabilizem os gestores por não aparelharem seu governo para a correta aplicação das medidas socioeducativas.”
7.      ”O Projeto de Lei 3722/2012, que altera o Estatuto do Desarmamento, é outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência. A arma dá falsa sensação de segurança e de proteção. Não podemos cair na ilusão de que, facilitando o acesso da população à posse de armas, combateremos a violência. A indústria das armas está a serviço de um vigoroso poder econômico que não pode ser alimentado à custa da vida de pessoas. Dizer não a esse poder econômico é dever ético dos responsáveis pela preservação do Estatuto do Desarmamento.”
8.      “Muitas dessas e de outras matérias que incidem diretamente na vida do povo têm, entre seus caminhos de solução, uma Reforma Política que atinja as entranhas do sistema político brasileiro. Apartidária, a proposta da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, da qual a CNBB é signatária, se coloca nessa direção.”
Que a crise atual se torne Graça para superarmos este momento e o país todo possa viver na justiça e na igualdade que desejamos!

Digitou este Artigo: Vinicius Maniezo Garcia (enfermeiro e cuidador do Autor).

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A QUESTÃO DE GÊNERO (Serie 70, 68°)

            Outrora, falava-se em gênero e respondia-se: Gênero masculino e gênero feminino.
Em latim há, porém, um outro gênero: gênero masculino, gênero feminino e gênero neutro (assim também como em grego).
Hoje, não. Gênero virou um assunto bastante complexo.
Vito Mancuso, teólogo italiano, por exemplo, tratando desse assunto escreveu: “a sexualidade (natureza) e o gênero (cultura) não são sempre necessariamente a mesma coisa: se para a maioria dos seres humanos vale sexo= gênero, para outros, sexo e gênero são diversos, isto porque o ser humano é um fenômeno complexo feito de corpo biológico, de uma psique e de uma dimensão espiritual, cujas relações não são sempre lineares”1.
O assunto tornou-se tão complexo que Cristiana Pulcinelli escreveu um léxico sobre a teoria do gênero “The gender theory”2.
Para ela, por exemplo, o conceito de gênero é como algo distinto do sexo que foi introduzido nos anos cinquenta por um psicólogo e sexólogo do John Hopkins Hospital de nome John Money. Money se ocupava de hermafroditas, ou seja, daquelas pessoas que apresentam órgãos reprodutivos e gônadas com características fenotípicas simultaneamente masculinas e femininas”.
Seguem-se, porém, outras tantas questões: Papel de gênero, identidade e papel de gênero, sexo e gênero, o terceiro sexo e sexo construído.
Para além de toda a complexidade do assunto, é sempre importante que se leve em conta a pessoa  e sua dignidade. Seus direitos inalienáveis e o respeito básico fundamental por cada uma das pessoas, sem o qual não há convivência humana.



1.      IHU 23/04/2015Porque a Igreja aceitará a “teoria do gênero”
2.      IHU 21/04/2015 Léxico sobre gênero.

       

Digitou este Artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor).





quarta-feira, 22 de abril de 2015

A RECEPÇÃO E A IMPLANTAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO CONCÍLIO VATICANO II (1962 – 1965), NA ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO (1966 – 1981)

(CONTINUAÇÃO)
6ª ETAPA

          O n°. 10 do TRAÇO-DE-UNIÃO (agosto de 69 a fevereiro de 1970) trouxe o Cronograma Pastoral da Arquidiocese de Ribeirão Preto, de agosto de 69 a fevereiro de 70; é verdade que outros números anteriores já o tinham feito também o n°. 6 (outubro de 68 a fevereiro de 69); o n°. 8 (março de 69 a julho de 69).
          Neste n°. 10, porém, se explicita o objetivo do Cronograma:

          “DESTA forma, aos poucos, nossas atividades vão adquirindo sentido concreto de preparação do ingresso autêntico no processo de planejamento, em que a preocupação de todos estará em se dar resposta conciliar, evangélica, à realidade conhecida. Aos poucos, vamos realizando o grande apelo que Deus nos traz hoje: resposta ao Concílio!”17.
          DE NOSSA Arquidiocese, podemos também dizer que, não obstante as dificuldades e provações, estamos vivendo uma Igreja em profunda fermentação. As atividades que nosso Cronograma apresenta são pálida ideia do muito que está sendo vivido. A vida, com efeito, não cabe dentro de cronograma. A vida arrebenta todas as comportas. Insinua-se. Toma formas inesperadas. Ganha novas perspectivas, multiplica-se, é repleta de imprevistos, surpresas...
(...)

          NO PRESENTE “Traço-de-União”, é com alegria que dizemos, surgem pela primeira vez, as programações das atividades de dois novos Secretariados:
          “Serviço Arquidiocesano de Ecumenismo” e “Promoção Humana”18.

          O 11°. TRAÇO-DE-UNIÃO é dedicado a Documentos aos Presbíteros. Contém respostas do clero a este Documento e, ao mesmo tempo, revela em grande parte toda a situação do clero da Arquidiocese de Ribeirão Preto.
         
          7ª ETAPA
          Antes de se passar a criação dos diáconos permanentes, estudou-se na Arquidiocese o “DIACONATO PERMANENTE” publicado pelo 12° TRAÇO-DE—NIÃO19.
          Logo a seguir, propôs-se o “Curso Sobre Diaconato” (Brodowski, 18 - 21/03/1969).
          No final do programa, citava-se o texto de Padre José Marins. “Diaconato e Comunidade de Base”.

          O 13°. TRAÇO-DE-UNIÃO, à página um, logo após uma introdução sobre os objetivos deste boletim, descreve a situação da Arquidiocese, nos seguintes termos:

          “NESTA terra que é nossa, nesta Arquidiocese de Ribeirão Preto, um Presbitério operoso, unido a seus queridos Arcebispos, Religiosos, numerosas Religiosas, movimentos, Leigos, todos enfim, vivendo a corresponsabilidade eclesial, procuramos dar resposta de Deus-homem e aqui, às necessidades do povo”.
(...)
          “NÃO estamos, felizmente, imunes das crises. Pelo contrário, em várias áreas, conhecemos as crises, as dificuldades. A crise envolve o mundo! Nós devemos ver sempre - “uma crise de modo positivo, porque em toda a crise há um aspecto de morte, mas há também um aspecto de ressureição. Há um aspecto de morte, em tudo o que vive e há um aspecto de ressureição em tudo que morre. Muita cousa vai ser mudada na Igreja, muita cousa vai ser perdida. A Igreja pode perder muito do que tem. Mas a Igreja não pode perder o que é. Muito do que a Igreja tem, pode desaparecer, porque o ter da Igreja pode não fazer parte de sua substância profunda. Mas a Igreja não pode deixar de ser. Não pode perder o que é”.
          “A IGREJA é a presença de Cristo no meio dos homens. Criando os meios e condições, a Igreja de Ribeirão Preto procura ir se ajustando, o mais adequadamente possível, ao ideal da Igreja do Vaticano II.
          Há muito esforço neste sentido. Muita gente trabalhando e, sobretudo, conhecendo a conversão, a realidade magnífica do homem novo, criado pelo poder de Deus e boa vontade do homem. Há movimentos que se renovam; outros que surgem. Multiplicam-se as reuniões, os encontros, com o objetivo de unir os homens ao Pai e entre si”20.
          O mesmo número (13° do TRAÇO-DE-UNIÃO) traz o documento da X Assembleia Nacional dos Bispos.
Citações:
17. n°. 10 (agosto de 69 a fevereiro de 70), p.1.
18. Idem, p.1.
19. n° 12.
20. TRAÇO-DE-UNIÃO n° 13, p. 1-2.


(CONTINUA)

Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (enfermeiro e cuidador do autor).

terça-feira, 21 de abril de 2015

A CNBB E A REFORMA POLITICA (Serie 70, 66°)


            A CNBB sempre tem uma palavra iluminadora e orientadora para os momentos em que vive o país.
            Em 2010, a CNBB expediu o documento “Por uma reforma do Estado com participação democrática” que: na época, “achou oportuno pensar a trajetória do Pais, com a finalidade de valorizar as conquistas e oferecer sua contribuição para o dialogo nacional sobre o que precisa ser modificado, em uma verdadeira Reforma do Estado, para a construção de uma sociedade efetivamente democrática e participativa”.
            Passados 5 anos do documento anterior, a CNBB  acaba de publicar, sobre esse assunto, o documento “A CNBB e a reforma politica”, contextualizando o mesmo com as seguintes palavras: no documento "Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática", a CNBB, em 2010, já apontava alguns graves motivos que justificam a necessidade da reforma política: "as crises consecutivas nas casas legislativas em todos os níveis da Federação, os escândalos que se sucedem nos executivos em suas relações com o capital privado e nas suas relações nada republicanas com os legislativos pertinentes" (Doc. 91 da CNBB, 100). O documento defende a participação "de todas as instâncias da cidadania" no processo da reforma política e sugere "alguns eixos básicos para nortear a definição das propostas".
De lá pra cá, apos estudos e discussões, chegou-se a conclusão de que se deveriam levar em conta 4 pontos:
-          a proibição do financiamento de campanhas por empresas;
-          a alternância de homens e mulheres nas listas de candidatos ;
-          fortalecimento da democracia mediante a regulação do artigo 14 da Constituição Federal;
-          adoção do voto proporcional em dois turnos, denominado voto transparente .
“Ao declarar seu apoio ao Projeto, a CNBB o faz com a consciência de que é dever da Igreja cooperar com a sociedade para a construção do bem comum, conservando a autonomia e independência que a caracterizam em relação à comunidade política, como lembra o Concílio Vaticano II (GS 76). Se à Igreja não cabe assumir a responsabilidade da organização política da sociedade nem colocar-se no lugar do Estado, como nos recorda Bento XVI, tampouco pode ela ficar alheia à luta pela justiça. "Toca à Igreja, e profundamente, o empenhar-se pela justiça trabalhando para a abertura da inteligência e da vontade às exigências do bem” (Deus Caritas Est, 28). A CNBB acredita que, para levar a bom termo um empreendimento tão amplo e complexo como a reforma política, é preciso juntar esforços e superar os radicalismos e as ideias preconcebidas que obstruem a via do diálogo e impedem o aperfeiçoamento da democracia. Considera saudável, tanto para o mundo político quanto para a Igreja, o pluralismo que marca a sociedade democrática na qual vivemos: ele favorece o diálogo, o debate respeitoso e a busca de harmonia nas diferenças. Por isso, quanto ao projeto que tem o seu apoio, a CNBB se declara aberta ao debate e reitera profundo respeito à pluralidade que enriquece a sociedade brasileira”.
Juntemo-nos, pois, a este movimento pela reforma politica.
Pela reforma política!


Digitou este Artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor).

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A RECEPÇÃO E A IMPLANTAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO CONCÍLIO VATICANO II (1962 – 1965), NA ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO (1966 – 1981) (Serie 70, 65°)

(Continuação)

4ª ETAPA

            De 4 a 7 de novembro de 1968, em Brodowski, houve encontro do clero e se estudaram os seguintes temas: comunidades de base, dinâmica de grupo e planejamento.
            O n°. 7 do TRAÇO-DE-UNIÃO fez um balanço do que se realizou até 1968, na Arquidiocese:
            “Os Serviços Arquidiocesanos de Evangelização, Catequese, Liturgia, se desdobraram. Com alegria, nos encaminhamos ainda neste ano, para a constituição dos Serviços de Promoção Humana e de Ecumenismo. (...) Diversos cursos foram promovidos para o clero, num esforço de sempre maior atualização nos ideais propostos pelo Vaticano II. Os vários movimentos de âmbito Arquidiocesano se reuniram diversas vezes em trabalho de revisão e na busca de novos caminhos. Intensa foi a atividade do Conselho Presbiteral. As reuniões das Vigararias se multiplicaram, num atestado de seriedade e profunda vivência dos problemas pastorais. SACRIS (Serviço Arquidiocesano de Coordenação das Religiosas e Institutos Seculares) marcou sua presença na Arquidiocese, num trabalho geral de renovação da vida religiosa, colocando as numerosas religiosas existentes em nossa arquidiocese em verdadeiro clima de Igreja-Vaticano II. De maneira muito especial nota-se, na arquidiocese, a preocupação por viver as profundas afirmações da Gaudium et Spes em seu início: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”. É justamente com este espírito que terminamos o presente ano (1968) e nos encaminhamos para o próximo, a fim de que, com a ajuda de Deus, possamos ser nesta região, autênticos instrumentos de Paz do Cristo, que brota da concretização da justiça e do amor”12.
            No dia 21 de outubro de 1968, houve dia de Estudos de Caritas com o clero arquidiocesano. O responsável pela exposição dos temas foi Mons. José Milaré Sobrinho, Diretor Regional da Caritas13.
            O curso serviu para um profunda revisão das obras sociais da Igreja Arquidiocesana, apresentando-se para um trabalho promocional e não assistencialista. Que “leve o homem a ser Homem atingindo realmente a causa dos males sociais, numa linha curativa e preventiva”.

5ª ETAPA
           
            O TRAÇO-DE-UNIÃO, n°.8 (março de 69 a julho de 69) tem como título: ATIVIDADES.
            O autor da página 1, que emite o parecer da Coordenação Pastoral, depois de negar que o tempo que se estava era de “confusão”, afirma:
            “Na ARQUIDIOCESE de Ribeirão Preto, dando graças a Deus, vemos uma Igreja, no vigor da renovação. Muita vida, brotando por todos os lados. Vida que por ser vida, não pode ser enquadrada, estruturada. Estruturas a serviço da vida; jamais vida a serviço das estruturas humanas. Os MOVIMENTOS se solidificam, na busca diária de novos caminhos ditados pelos encaminhamentos do Concílio Vaticano II e pela realidade. Novos movimentos aparecem. O Plano de Pastoral de Conjunto da CNBB, vai conhecendo concretização. Ai estão os Serviços Arquidiocesanos de Evangelização (Catequese, Liturgia, Ecumenismo (nascendo)). Surge, agora o de Promoção Humana! As Religiosas marcam sua presença na Igreja, através de árdua planificação de atividades, em comum. Os Leigos assumem seus autênticos postos, com alegria, prontidão, sede de autenticidade. O Seminário abre novos caminhos. Em “TEMPOS DIFÍCEIS”, temos como nunca em nossa história, numerosos seminaristas maiores.
            Não há pois, lugar para pessimismo. Muito temos, é claro, para melhorar, aperfeiçoar. Mas caminhamos. Nada de cuidados exagerados. Abaixo o medo, a falsa prudência, prenhe de farisaísmo. A voz de comando é esta: avante! Com fé, esperança e muito amor, unida a família arquidiocesana a seus Pastores, caminhamos para o PAI, por CRISTO, no dom maravilhoso do ESPÍRITO SANTO.
            Tem-se a impressão de que todos levamos a sério as palavras de Karl Rahner, em “Vaticano II, um serviço de Renovação”:
            “Incidiria num tremendo erro e evidenciaria uma espantosa cegueira de coração... quem quisesse imaginar que, afinal de contas, terminado o Concílio, poderia continuar agindo do mesmo modo como vinha agindo antes... sob o pretexto de que o que lá nos foi dito, prescrito ou assinado, são coisas já antes comumente praticadas, ou nos atingem só de leve e em pontos sem grande importância, ou finalmente, se reduz apenas a um piedoso ideal que, para justificarmos a nossa preguiça, poderíamos taxar de exortações piedosas e edificantes, destinadas a ficar no papel como letra morta”14.
            O n°. 9 do TRAÇO-DE-UNIÃO (1969) traz, finalmente, o Plano de Pastoral de Conjunto da Arquidiocese de Ribeirão Preto que transcrevo na íntegra:

“PLANO DE PASTORAL DE CONJUNTO DA ARQUIDIOCESE
DE RIBEIRÃO PRETO”
UM CONVITE INSISTENTE À REFLEXÃO DE TODOS

            Na pastoral, mediante levantamento da realidade sócio-religiosa da Arquidiocese de Ribeirão Preto, devemos fixar os objetivos prioritários a serem atingidos e as diretrizes a seguir; diretrizes que nos são dadas hoje, pelo Vaticano II.
            A COORDENAÇÃO ARQUIDIOCESANA DE PASTORAL, colocando estes dados brotados de rápidas constatações da realidade, à reflexão de todos, objetiva convidar a todos a esforço crescente para que, sempre mais, vivamos num processo de planejamento, do qual nascerão planos onde os problemas, realmente, prioritários sejam atacados.
            Inicialmente, muito embora longa, transcrevemos as palavras usadas pelo Bispo Aloísio Lorscheider na introdução do “primeiro e incipiente” plano de pastoral de conjunto de sua Diocese – Santo Ângelo:
            “A igreja, instrumento de salvação para todos os homens: “Ide, fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,19), inserida na história humana como Corpo de Cristo em crescimento, como Povo de Deus em marcha rumo à Eternidade, como templo do Espirito Santo em construção, planeja a sua ação salvadora para assegurar mais plena e adequada cooperação humana na realização do plano salvífico de Deus, que é a comunhão da pessoa humana com o Pai através de sua promoção e realização total em Cristo.
            Este planejamento de ação pastoral de Igreja se faz tanto mais necessário em nosso dias devido à transformação do mundo que atinge proporções incalculáveis, provoca a multiplicação de problemas tremendamente complexos.
            Assistimos, sobretudo, à descoberta do homem considerado em si mesmo e considerado em seu conjunto. A imprensa, o cinema, o rádio, a televisão, as viagens, as ciências psicológicas e sociológicas concorrem para esta descoberta. Temos consciência mais viva do mistério que é o homem considerado em si mesmo, do mistério que é a humanidade. Tomamos consciência mais viva dos problemas que afligem o gênero humano: problemas da fome, problemas da moradia, problema do analfabetismo, problema da explosão demográfica, problema das diferenças sociais, problema da ignorância religiosa.
            Estamos igualmente tomando conhecimento e experimentando o poder criativo do homem. É principalmente a força do homem posta em comum que está realizando maravilhas como que há poucos anos nem sequer sonhávamos: força atômica, viagens interplanetárias, engenhos ultra-rápidos de comunicação. Começamos a sentir mais ao vivo a interdependência humana, a nossa solidariedade.
            Tudo isso nos evidenciou que se requer um esforço extraordinário, sobre-humano, para resolver os problemas do mundo que aí vem surgindo. Nesta solução, nós cristãos não podemos nem devemos estar ausentes. É nossa vida cristã que nos impõe maior responsabilidade perante os homens do mundo inteiro, porque nós cristão somos assumidos por Cristo como instrumentos de redenção para todos, somos enviados ao mundo inteiro como luz, como sal, como fermento; nós cristãos temos por tarefa ser germe de unidade, esperança e salvação para todo o gênero humano.  Nós cristãos temos que dar a mística do desenvolvimento terrestre a tonalidade da vivência cristã, porque sabemos pela nossa fé que todas as coisas foram criadas em Cristo, todas as coisas subsistem n’Ele, o universo é mantido por Sua palavra (1Cor 1,15ss; Jo 1,1ss; Hebr 1,1ss), e todas as coisas devem voltar por Ele ao Pai para que Deus seja tudo em todos (1Cor 15,25-28). Para que este nosso empenho cristão seja mais eficaz e bem ordenado, a Igreja nos procura mostrar o caminho a ser seguido nesta contingência histórica fazendo-nos corresponder mais perfeitamente à tríplice missão, que temos de testemunhar, como comunidade eclesial, a nossa fé, o nosso culto, a nossa caridade, que é a continuação do tríplice múnus de Cristo: o profético, o sacerdotal, o régio.
            Toda pastoral, pois, deve basear-se no mistério de Cristo dentro da perspectiva evangélica do “vim para fazer a vontade do Pai” (Jo 6,38), do “não vim para ser servido mas para servir” (Mt 20,24; Mc 10,45). O objetivo central é a vivencia da comunidade eclesial visível, em que o mundo nos veja como comunidade de fé, comunidade de culto, comunidade de caridade, e possa crer que Cristo é o enviado do Pai e que o Pai nos amou como amou a Cristo: “para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste... e os amaste como amaste a mim” (Jo 17,21-23).”
            Contudo, não é possível um planejamento válido das atividades a empreender, senão através de uma análise da realidade diocesana no setor econômico, religioso, cultural e político para sabermos qual o trabalho mais urgente a realizar no futuro próximo.
            Embora com o correr dos anos se vá exigir um levantamento sócio-religioso com base científica, que fornecerá dados para uma atividade concreta e um planejamento de longo alcance, devemos, por ora, contentar-nos com uma análise sumária, que todavia será suficiente para darmos os primeiros passos com segurança. Para os dados que seguem nos utilizamos também do levantamento sócio-religioso feito, entre nós, por Frei Rolin.
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SITUAÇÃO DA ARQUIDIOCESE
            1.- No Campo ECONÔMICO
            Observa-se, na Arquidiocese de Ribeirão Preto, uma graduação muito larga de distribuição de bens, que vai da miséria a grandes fortunas. Há regiões fortemente marcadas pelo surto desenvolvimentista (Ribeirão Preto-Sertãozinho; Orlândia-São Joaquim (caminho de Brasília); Franca). Há, por outro lado, regiões um tanto estagnadas: São Simão-Cravinhos; Cajuru e mesmo região de Batatais.
            Ressaltamos, em particular, os seguintes dados para melhor aprofundamento no conhecimento da realidade:
a)    – Baixa renda per capita;
b)    – Êxodo rural desordenado e consequente marginalização nas periferias urbanas;
c)    – latifúndios; política rural não humanista que cria o pau-de-arara;
d)    – deficiência habitacional e higiênica; de água e esgoto; de prevenção à doença; de assistência médico-hospitalar;
e)    – pouca industrialização dos produtos regionais (exceção feita a cidades localizadas no “caminho de Brasília”).
f)     – inexistência de condições para a instalação de novas indústrias (Ribeirão Preto continua sendo a cidade predominantemente comercial – 3.583 estabelecimentos comerciais, contra 899 indústrias). Franca é a cidade industrial da Arquidiocese, enquanto que, em vários municípios (Sertãozinho, Pontal, Serrana, temos crescente surto agro-industrial (usinas de açúcar), Orlândia, São Joaquim).
g)    – desemprego e sub-empregos.

2. – No Campo RELIGIOSO        
            a) – A arquidiocese está marcada por situações religiosas bem diversas nas cidades e na zona rural.
            - uma é a realidade religiosa no centro da cidade; outra, na periferia; bem outra, na zona rural;
b) – em certas cidades (como Ribeirão Preto) se concentram numerosos sacerdotes e religiosas, enquanto que em outras, há falta. Na própria cidade de Ribeirão Preto e em outras, a falta não reside tanto no pouco número de pessoal e, sim, em sua distribuição;
c) – a Arquidiocese é muito vasta e mui numerosa sua população, dificultando real presença pastoral;
d) – há generalizada ignorância religiosa;
e) – a Evangelização, catequese, não atingem todas as faixas da população, sobretudo jovens e adultos;
f) – a presença aos atos de culto é, em grande parte, motivada por “tradição”.
A PAR DISTO:
a)  – As vigararias caminham com maior objetividade, buscando pastoral de conjunto;
b)  – os Secretariados de Evangelização, Catequese, Liturgia oferecem meios e condições para verdadeira renovação “missionária”, “catequética”, “litúrgica” renovação que se opera em numerosas paróquias da Arquidiocese.
O Secretariado Arquidiocesano de Pastoral – A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral são realidades operosas;
c)  – o Seminário busca novos caminhos para a formação dos rapazes. Nota especial merece a experiência com os nossos seminaristas da “filosofia”, em diversas comunidades;
d)  – o Conselho Presbiteral, já em pleno funcionamento, busca sempre novos e melhores caminhos.
- em tempos de crise como os atuais, o clero trabalha, em geral, com edificante ânimo.
- o número de presbíteros que pediram redução ao estado leigo, muito embora significativo, é idêntico ao observado em outras regiões;
e)  – o trabalho realizado entre as Religiosas pelo SACRIS – são quase 400, despertando-as, cada vez mais, para a renovação da vida religiosa, numa integração adequada à Pastoral Arquidiocesana, é notável;
f)   – os movimentos de leigos florescem intensamente. Citamos: Ação Universitária Católica; Comunidades de Jovens Cristãos, Comunidade de Vida Cristã, Legião de Maria; Congregados Marianos; Vicentinos; Movimento Familiar Cristão; Equipes de Nossa Senhora; Cursilhos de Cristandade...
g)   - as atividades em torno à criação da nova Diocese de Franca estão bem adiantadas. Franca é vigararia episcopal, com sub-Cúria; Secretariado de Pastoral;

            3.- No Campo CULTURAL:
a)  Existe analfabetismo na periferia de cidade e zona rural, sendo os atingidos “incapazes”, portanto de enfrentar, com inteligência e liberdade, o mundo hodierno.
b)  – Falta de escolas técnicas.
POR OUTRO LADO:
a)  – Surgem numerosas Faculdades em Ribeirão Preto e Franca, bem como escolas de outros níveis em todos os municípios.
b)  – Religiosos e religiosas mantém colégios, com esforço de renovação.
c)  – Há grande empenho em valorizar diversos valores culturais do povo.
d)  – Diário de Notícias, órgão diário da Arquidiocese, em fase de renovação, é veículo atuante a colaborar no desenvolvimento cultural do povo.

            4.- No Campo POLÍTICO:
a)  – Ausência de lideranças.
b)  – poucos homens públicos informados e formados no espírito da Doutrina Social Cristã.
c)  – Dificuldade para presença formadora neste campo, devido à situação política nacional.

5.- No Campo SOCIAL:
A Arquidiocese se ressente de:
- comunidades fechadas
- de ignorância dos documentos sociais da Igreja.
- da falta de valorização do trabalho, diante do capital.
- da falta de autênticas associações de classe, de sindicatos.
- da falta de eficiente coordenação das obras assistenciais, dando-lhes sentido promocional.
- da pouca organização de diversões no meio rural e o fácil desvirtuamento das mesmas no meio urbano, o que priva o povo de contatos enriquecedores.
A PAR DISTO:
a)  – Organiza-se o Secretariado da Promoção Humana.
b)  – Cresce o sentido de necessidade de promoção humana.
c)  – Caritas Arquidiocesana desenvolve intensa atividade sobretudo junto às obras filiadas.
d)  – Cresce a consciência de que a Igreja necessita colocar seus bens materiais, não mais em função de sua segurança, e, sim, da promoção integral de seus filhos.
           
            EM CONCLUSÃO:
            Nesta rápida visão da situação da Arquidiocese, constatamos espectros altamente positivos que vem ao encontro de um trabalho de conjunto a ser realizado sempre mais intensamente em âmbito arquidiocesano, zonal e paroquial, ao lado, é claro, de espectros negativos:

1.  – ASPECTOS POSITIVOS:
a)  Um clero esforçado e zeloso.
b)  Adesão entusiasta das religiosas aos planos arquidiocesanos.
c)  Movimento de leigos em franca atividade e expansão.
d)  Atualização da Igreja Arquidiocesana no espírito do Vaticano II.
e)  Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, com seus vários serviços.
f)   Encaminhamento decisivo para pastoral de conjunto.
g)  Enfocamento sério dos problemas relativos à formação dos futuros sacerdotes.

2.  – ASPECTOS NEGATIVOS:
a)  Vivemos os vários sintomas da crise geral que atinge o mundo e a Igreja.
b)  Superficialidade de visão e compreensão da realidade atual.
c)  Falta de fixação de Pontos prioritários para ação pastoral conjunta.
d)  Fé bastante vaga – infantilismo religioso – “secularização”.
e)  Falta de trabalho em torno à promoção integral dos homens, sobretudo no setor da justiça social.

NOTA FINAL:

Este vôo A JATO sobre nossa realidade tem por objetivo, repetimos, unicamente nos convidar a que melhor a conheçamos em todos os seus aspectos, e com maior profundidade, para que possamos, com objetividade, selecionar nossos pontos prioritários de ação, dando-se resposta de Igreja às reais necessidades.”15
          A Região Sul da Arquidiocese de Ribeirão Preto, constituídas pelas comunidades de Bento Quirino, Bonfim Paulista, Cravinhos, Santa Rita de Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Serra Azul (e Tambaú, embora pertencesse e, ainda pertence à Diocese de São João da Boa Vista), entrementes, já tinha organizado seu plano de pastoral de conjunto, contando, inclusive sua história16.

Citações:
12. n°. 7. p.1.
13. Idem, p. 2-3.
14. p. 1-2.
15. pp. 3-7.
16. Idem, pp. 10-13.


(CONTINUA)

Digitou este Artigo: Vinicius Maniezo Garcia (Enfermeiro e Cuidador do Autor).