quarta-feira, 22 de abril de 2015

A RECEPÇÃO E A IMPLANTAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO CONCÍLIO VATICANO II (1962 – 1965), NA ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO (1966 – 1981)

(CONTINUAÇÃO)
6ª ETAPA

          O n°. 10 do TRAÇO-DE-UNIÃO (agosto de 69 a fevereiro de 1970) trouxe o Cronograma Pastoral da Arquidiocese de Ribeirão Preto, de agosto de 69 a fevereiro de 70; é verdade que outros números anteriores já o tinham feito também o n°. 6 (outubro de 68 a fevereiro de 69); o n°. 8 (março de 69 a julho de 69).
          Neste n°. 10, porém, se explicita o objetivo do Cronograma:

          “DESTA forma, aos poucos, nossas atividades vão adquirindo sentido concreto de preparação do ingresso autêntico no processo de planejamento, em que a preocupação de todos estará em se dar resposta conciliar, evangélica, à realidade conhecida. Aos poucos, vamos realizando o grande apelo que Deus nos traz hoje: resposta ao Concílio!”17.
          DE NOSSA Arquidiocese, podemos também dizer que, não obstante as dificuldades e provações, estamos vivendo uma Igreja em profunda fermentação. As atividades que nosso Cronograma apresenta são pálida ideia do muito que está sendo vivido. A vida, com efeito, não cabe dentro de cronograma. A vida arrebenta todas as comportas. Insinua-se. Toma formas inesperadas. Ganha novas perspectivas, multiplica-se, é repleta de imprevistos, surpresas...
(...)

          NO PRESENTE “Traço-de-União”, é com alegria que dizemos, surgem pela primeira vez, as programações das atividades de dois novos Secretariados:
          “Serviço Arquidiocesano de Ecumenismo” e “Promoção Humana”18.

          O 11°. TRAÇO-DE-UNIÃO é dedicado a Documentos aos Presbíteros. Contém respostas do clero a este Documento e, ao mesmo tempo, revela em grande parte toda a situação do clero da Arquidiocese de Ribeirão Preto.
         
          7ª ETAPA
          Antes de se passar a criação dos diáconos permanentes, estudou-se na Arquidiocese o “DIACONATO PERMANENTE” publicado pelo 12° TRAÇO-DE—NIÃO19.
          Logo a seguir, propôs-se o “Curso Sobre Diaconato” (Brodowski, 18 - 21/03/1969).
          No final do programa, citava-se o texto de Padre José Marins. “Diaconato e Comunidade de Base”.

          O 13°. TRAÇO-DE-UNIÃO, à página um, logo após uma introdução sobre os objetivos deste boletim, descreve a situação da Arquidiocese, nos seguintes termos:

          “NESTA terra que é nossa, nesta Arquidiocese de Ribeirão Preto, um Presbitério operoso, unido a seus queridos Arcebispos, Religiosos, numerosas Religiosas, movimentos, Leigos, todos enfim, vivendo a corresponsabilidade eclesial, procuramos dar resposta de Deus-homem e aqui, às necessidades do povo”.
(...)
          “NÃO estamos, felizmente, imunes das crises. Pelo contrário, em várias áreas, conhecemos as crises, as dificuldades. A crise envolve o mundo! Nós devemos ver sempre - “uma crise de modo positivo, porque em toda a crise há um aspecto de morte, mas há também um aspecto de ressureição. Há um aspecto de morte, em tudo o que vive e há um aspecto de ressureição em tudo que morre. Muita cousa vai ser mudada na Igreja, muita cousa vai ser perdida. A Igreja pode perder muito do que tem. Mas a Igreja não pode perder o que é. Muito do que a Igreja tem, pode desaparecer, porque o ter da Igreja pode não fazer parte de sua substância profunda. Mas a Igreja não pode deixar de ser. Não pode perder o que é”.
          “A IGREJA é a presença de Cristo no meio dos homens. Criando os meios e condições, a Igreja de Ribeirão Preto procura ir se ajustando, o mais adequadamente possível, ao ideal da Igreja do Vaticano II.
          Há muito esforço neste sentido. Muita gente trabalhando e, sobretudo, conhecendo a conversão, a realidade magnífica do homem novo, criado pelo poder de Deus e boa vontade do homem. Há movimentos que se renovam; outros que surgem. Multiplicam-se as reuniões, os encontros, com o objetivo de unir os homens ao Pai e entre si”20.
          O mesmo número (13° do TRAÇO-DE-UNIÃO) traz o documento da X Assembleia Nacional dos Bispos.
Citações:
17. n°. 10 (agosto de 69 a fevereiro de 70), p.1.
18. Idem, p.1.
19. n° 12.
20. TRAÇO-DE-UNIÃO n° 13, p. 1-2.


(CONTINUA)

Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (enfermeiro e cuidador do autor).

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