terça-feira, 14 de abril de 2015

EDUARDO GALEANO (1940-2015) (Serie 70, 63°)

 
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Nesses últimos dias, escrevi sobre o septuagésimo aniversario de morte de Dietrich Bonhoeffer e sobre os cinquenta anos de morte de Teilhard de Chardin.
Surpreendeu-me, hoje, a morte de Eduardo Galeano!
Repito, a lembrança que dele resgatou Frei Betto:

“Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.”

Montevidéu, América Latina, (1940 -2015)


            Sobretudo neste momento em que os que mais sonegam impostos e se apressam à entregar a própria declaração de imposto de renda, e fazem, alienadoras passeatas e enganadores discursos, concluo concordando com a que chegou Frei Betto: Já nos faz falta sua convivência e presença física, sempre presente  nas primeiras fileiras das lutas contra a opressão, as injustiças e em defesa de uma sociedade socialista. Continuará, entre nós, pelos ensinamentos e exemplo de vida que deixou à posteridade. Deles seremos herdeiros e compromissados a seguir seus ideais de uma sociedade socialmente justa, igualitária e democrática”. Adital (14/04/2015).

Digitou este Artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor).

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