A CNBB sempre tem uma palavra
iluminadora e orientadora para os momentos em que vive o país.
Em 2010, a CNBB expediu o documento
“Por uma reforma do Estado com participação democrática” que: na época,
“achou oportuno pensar a trajetória do Pais, com a finalidade de valorizar as
conquistas e oferecer sua contribuição para o dialogo nacional sobre o que
precisa ser modificado, em uma verdadeira Reforma do Estado, para a construção
de uma sociedade efetivamente democrática e participativa”.
Passados 5 anos do documento
anterior, a CNBB acaba de publicar,
sobre esse assunto, o documento “A CNBB e a reforma politica”,
contextualizando o mesmo com as seguintes palavras: no documento "Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática", a CNBB, em 2010, já apontava alguns graves motivos que justificam a necessidade da reforma política: "as crises consecutivas nas casas legislativas em todos os níveis da Federação, os escândalos que se sucedem nos executivos em suas relações com o capital privado e nas suas relações nada republicanas com os legislativos pertinentes" (Doc. 91 da CNBB, 100). O documento defende a participação "de todas as instâncias da cidadania" no processo da reforma política e sugere "alguns eixos básicos para nortear a definição das propostas".
De
lá pra cá, apos estudos e discussões, chegou-se a conclusão de que se deveriam
levar em conta 4 pontos:
-
a
proibição do financiamento de campanhas por empresas;
-
a
alternância de homens e mulheres nas listas de candidatos ;
-
fortalecimento
da democracia mediante a regulação do artigo 14 da Constituição Federal;
-
adoção
do voto proporcional em dois turnos, denominado voto transparente .
“Ao declarar seu apoio ao
Projeto, a CNBB o faz com a consciência de que é dever da Igreja cooperar com a
sociedade para a construção do bem comum, conservando a autonomia e
independência que a caracterizam em relação à comunidade política, como lembra
o Concílio Vaticano II (GS 76). Se à Igreja não cabe assumir a responsabilidade
da organização política da sociedade nem colocar-se no lugar do Estado, como
nos recorda Bento XVI, tampouco pode ela ficar alheia à luta pela justiça.
"Toca à Igreja, e profundamente, o empenhar-se pela justiça trabalhando
para a abertura da inteligência e da vontade às exigências do bem” (Deus
Caritas Est, 28). A CNBB acredita que, para levar a bom termo um empreendimento
tão amplo e complexo como a reforma política, é preciso juntar esforços e
superar os radicalismos e as ideias preconcebidas que obstruem a via do diálogo
e impedem o aperfeiçoamento da democracia. Considera saudável, tanto para o
mundo político quanto para a Igreja, o pluralismo que marca a sociedade
democrática na qual vivemos: ele favorece o diálogo, o debate respeitoso e a
busca de harmonia nas diferenças. Por isso, quanto ao projeto que tem o seu
apoio, a CNBB se declara aberta ao debate e reitera profundo respeito à
pluralidade que enriquece a sociedade brasileira”.
Juntemo-nos,
pois, a este movimento pela reforma politica.
Digitou este Artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor).
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