terça-feira, 26 de janeiro de 2016

MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA DE 2016 (Série 71, 162°)


         Com data de 4 de outubro de 2015, dia de São Francisco de Assis, a sua mensagem saiu publicada hoje, dia 26 de janeiro de 2016.
A Quaresma neste ano se inicia com a celebração de Cinzas no dia 10 de fevereiro. “É um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão”.
         A mensagem para a Quaresma está “centrada na misericórdia e no serviço aos pobres” e tem como título “PREFIRO A MISERICÓRDIA AO SACRIFÍCIO”.
         Está ligada também ao Ano Jubilar Extraordinário, “que o papa considera um tempo favorável para que todos possam sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia”.



·        Agência Ecclesia, 26 de janeiro de 2016.

domingo, 24 de janeiro de 2016

EVANGELIZAR OS POBRES (Série 71, 161°)


  Este foi o título e o conteúdo da fala do papa, hoje, dia 24 de janeiro de 2016, à hora do Ângelus.
  Primeiro o papa explicitou o que quer dizer “evangelizar os pobres”: “Evangelizar os pobres: esta é a missão de Jesus, segundo o que Ele diz, esta é também a missão da Igreja e de todos os batizados na Igreja”.
  Francisco observou que Jesus apresentou a sua mensagem a todos, “sem excluir ninguém”.
“Pelo contrário, privilegia os mais distantes, os que sofrem, os doentes, os descartados da sociedade”, precisou, acrescentando que a mensagem do Evangelho se dirige “preferencialmente aos marginalizados, aos prisioneiros, aos oprimidos”.
O Papa referiu que no tempo de Jesus estas pessoas não estariam, provavelmente, no centro da comunidade de fé, questionando se hoje, nas comunidades paroquiais, associações e movimentos católicos, “são fiéis ao programa de Jesus”.
“A evangelização dos pobres, levar-lhes o feliz anúncio, é a prioridade?”, perguntou.
Francisco assinalou que não está em causa prestar “assistência social, muito menos atividade política”.
“Trata-se de oferecer a força do Evangelho de Deus, que converte os corações, cura as feridades, transforma as relações humanas e sociais segundo a lógica do amor”, explicou.
A intervenção identificou o ser cristão com o ser “missionário”, o que implica “anunciar o Evangelho, com a palavra e, antes ainda, com a vida”.
Jesus era um “mestre diferente do seu tempo”, porque anunciava a sua mensagem “em todos os lugares, nas sinagogas, pelas estradas, nas casas”.
“Jesus é diferente também de João Batista, o qual proclama o juízo iminente de Deus, enquanto Jesus anuncia o seu perdão de Pai”, prosseguiu.

A catequese dominical concluiu-se com uma oração à Virgem Maria, para que ajude os católicos a “sentir fortemente a fome e a sede de Evangelho que há no mundo, especialmente no coração e na carne dos pobres”.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

ESPIRITUALIDADE POPULAR (Série 71, 160°)



            Neste dia 21 de janeiro em 2016 na sala Paulo VI em Roma, na celebração do Jubileu dos Agentes de Peregrinações e Reitores de Santuários o papa Francisco sublinhou três pontos principais no seu discurso sobre este evento:
            Primeiro, o acolhimento, ele disse que “com o acolhimento pomos tudo em jogo”. E, noutro lugar disse as qualidades que este acolhimento deve ter: “afetuoso, festivo, cordial e paciente”.
Pergunto eu: os santuários da nossa arquidiocese têm estas qualidades?;
            Segundo. Depois o papa falou sobre o sentido das peregrinações: “ir peregrinos aos santuários é uma das expressões mais eloquentes da fé do povo de Deus e manifesta a piedade de gerações de pessoas, que com simplicidade acreditaram e se entregaram à intercessão da Virgem Maria e dos Santos”. “Esta religiosidade popular é uma forma genuína de evangelização, que deve ser sempre promovida e valorizada”.
            Pergunto eu: promovemos e valorizamos as peregrinações, com um conteúdo evangelizador ou meramente devocional e, não raras vezes, por interesse financeiro?;
            Terceiro ponto. O papa conforme o documento de Aparecida, chamou esta prática de “espiritualidade popular”. Concluiu que “nos santuários as pessoas vivem a sua profunda espiritualidade, com devoções simples, mas muito significativa (...)”. “Seria um erro pensar que quem vai em peregrinação viva uma espiritualidade não pessoal, mas de massa”.
            Pergunto eu: colaboramos para que essa religiosidade popular cresça em conteúdo pessoal?


Digitou este Artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

BREVE HISTÓRIA DO RITO DO LAVA-PÉS (Série 71, 159°)


http://santoantoniodopari.com.br/wp-content/uploa
ds/2015/04/Jueves-Santo-Lavatorio-de-Pies.jpg
1.      O lava-pés é, antes de tudo, um rito religioso observado por diversas denominações cristãs. É baseado na narração evangélica de São João sobre a última ceia de Jesus, celebrado na Quinta-feira Santa.

2.      “É possível que o ritual do lava-pés já fosse praticado durante a era apostólica, embora as evidências sejam escassas. Tertuliano (145–220), por exemplo, menciona a prática em sua obra "De Corona", mas não oferece detalhes sobre quem a praticava ou como. O ritual também era praticado na Igreja de Milão (ca. 380), foi mencionado durante o Concílio de Elvira (300) e por Agostinho de Hipona (ca. 400)”.

3.      Até 1955, o Missal Romano trazia o rito do lava-pés, porém, separado da liturgia eucarística. Foi o papa Pio XII que, reformando a Semana Santa pôs o rito dentro da liturgia eucarística sendo realizado logo após a homilia da missa da Quinta-feira Santa. Os apóstolos deviam ser homens pré-escolhidos pelos párocos.

4.      A novidade agora é que os apóstolos deste rito podem ser tanto homens como mulheres “escolhidos entre o povo de Deus”!

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

ANTES NÃO PODIA. AGORA PODE! (Série 71, 158°)


            A Santa Sé anunciou hoje, dia 21 de janeiro de 2016, a modificação feita pelo Papa Francisco à rubrica do Missal Romano, segundo a qual, tanto homens quanto mulheres podem participar do rito do lava-pés.
            De acordo com a Agência Ecclesia1 “a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé) publicou hoje o decreto com que anuncia a mudança decidida pelo Papa, que altera a prática estabelecida em 1955, quando da reforma da Semana Santa.
http://www.agencia.ecclesia.pt/netimages/noticia/104690752.jpg
Nessa altura, o decreto ‘Maxima Redemptionis nostrae mysteria’ conferiu a faculdade de realizar o lava-pés “a doze homens” durante a Missa na Ceia do Senhor, “a manifestar representativamente a humildade e o amor de Cristo pelos seus discípulos”.
O Missal Romano passa a deixar de fazer referência aos “homens escolhidos”, passando a falar nos “escolhidos entre o povo de Deus”, de maneira que os responsáveis pelas comunidades católicas “possam escolher um grupo de fiéis que representem a variedade e a unidade de cada porção do povo de Deus”.
“Tal grupo pode ser composto por homens e mulheres e, convenientemente, jovens e idosos, sãos e doentes, clérigos, consagrados, leigos”, precisa a alteração promovida pelo Papa Francisco.
            É verdade que o papa Francisco por sua própria iniciativa em 2013 “numa prisão juvenil, lavou os pés de 12 jovens de várias nacionalidades e religiões, incluindo duas moças, em 2014 num centro de reabilitação para pessoas com deficiência e idosos e em 2015 na igreja do complexo prisional de Rebidia, em Roma, onde lavou os pés de 6 homens e 6 mulheres e também de uma criança que estava no colo da sua mãe detida”.

Citação:

1.      Agência Ecclesia, 21 de janeiro de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

“TRABALHO CONJUNTO PARA COM OS MAIS POBRES” (Serie 71, 157°)


Falando dentro da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que ocorre na Europa de 18 a 25 de janeiro deste ano, nesta quarta-feira, o papa disse durante a Audiência Geral na Sala Paulo VI:
“Temos uma missão comum, que é a de transmitir a misericórdia que recebemos aos outros, a começar pelos mais pobres e abandonados”.
Numa intervenção dedicada à importância do Batismo comum de católicos, ortodoxos e protestantes, Francisco sublinhou que “ninguém está excluído da misericórdia de Deus”.
“Partir do Batismo significa reencontrar a fonte da misericórdia, fonte de esperança para todos, porque ninguém está excluído da misericórdia de Deus”, insistiu.
O Papa declarou que todos os cristãos têm em comum a experiência de serem chamados ao encontro com Deus, “pleno de misericórdia”.
“Todos, de fato, fazemos a experiência do egoísmo, que gera divisão, reclusão, desprezo”, observou.
Francisco sustentou que por causa do Batismo, os cristãos se podem “considerar todos realmente irmãos”.
“Somos realmente povo santo de Deus, ainda que, por causa dos nossos pecados, não sejamos ainda um povo plenamente unido”, precisou.
A intervenção realçou a importância de partilhar as “obras de misericórdia, corporais e espirituais” como um “testemunho concreto de unidade”.”

Citação:
·                        Agência Ecclesia, 20 de janeiro de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.

RAÍZES DE INTOLERÂNCIA E/OU INTOLERÂNCIA RELIGIOSA (Serie 71, 156°)


Os dados, aqui apresentados, foram extraídos da Religion News1, não são completos, mas nos dão uma visão da gravidade explosiva do assunto.
Na Ásia a China e a Coréia do Norte são tidos pelo Departamento de Estado Norte Americano como “tiranias seculares”.
Irã e Arábia Saudita “entronam uma religião ou interpretação religiosa, ao mesmo tempo em que tratam de forma brutal as pessoas que acolhem ideias diferentes, de muçulmanos dissidentes a cristãos e baha’istas”.
“O Paquistão é um exemplo de uma democracia eleitoral que perpetra e tolera violações da liberdade religiosa. Mais paquistaneses estão no corredor da morte ou cumprindo penas perpétuas por blasfêmia do que em qualquer outro lugar. A aplicação do governo em fazer valer o estatuto que rege a questão da blasfêmia, por sua vez, encoraja os extremistas a atacarem pessoas percebidas como transgressoras. Do talibã paquistanês a vigilantes individuais, estes extremistas vitimizam minorias religiosas – xiitas, cristãos, hindus e ahmadis –, continuando impunes, raramente sendo levados à justiça.
O Paquistão é um dos vários países que vivem um aumento drástico de grupos religiosos extremistas violentos que estão cometendo violência maciça com base na religião. Em alguns desses países, tal comportamento vai ao encontro dos critérios jurídicos para ser considerado um genocídio”.
“Os exemplos mais horripilantes acontecem na Síria e no Iraque, onde o [grupo] chamado Estado Islâmico desencadeou ondas de terror contra yazidis, cristãos e xiitas, bem como contra os sunitas que se opõem às suas visões extremistas. Na Síria, outros grupos extremistas replicam estes horrores”.
Yazidis e cristãos vêm suportando o peso das depredações do Estado Islâmico e por um motivo arrepiante: execuções sumárias, estupros, escravidão sexual, sequestros de crianças, casas de adoração destruídas e conversões forçadas são parte de um esforço sistemático para erradicar a presença deles do Oriente Médio.
Além do Oriente Médio, extremistas budistas na Birmânia têm agredido ferozmente muçulmanos rohingya, minoria religiosa e étnica que, há muito, sofre discriminação e perseguição”.
“Na República Centro-Africana, uma explosão de conflitos entre milícias cristãs e muçulmanas destruiu quase todas as mesquitas no país.
E, na Nigéria, o Boko Haram continua a atacar cristãos e inúmeros muçulmanos que se opõem ao grupo. De assassinatos em massa em igrejas e mesquitas até sequestros maciços de crianças em escolas, o Boko Haram abriu um amplo caminho de terror nas vastas áreas da Nigéria”.
“Na República Centro-Africana, uma explosão de conflitos entre milícias cristãs e muçulmanas destruiu quase todas as mesquitas no país.
E, na Nigéria, o Boko Haram continua a atacar cristãos e inúmeros muçulmanos que se opõem ao grupo. De assassinatos em massa em igrejas e mesquitas até sequestros maciços de crianças em escolas, o Boko Haram abriu um amplo caminho de terror nas vastas áreas da Nigéria”.


Citação:

1.      NO DIA DA LIBERDADE RELIGIOSA, UM APOIO AOS PERSEGUIDOS. IHU ONLINE. 20 de janeiro de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.

DIA 21/01/2016: DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO E DIA NACIONAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA (Serie 71, 155°)


No dia em que se celebra o DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO e o DIA NACIONAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA lembramos em primeiro lugar que a cada pessoa humana compete o direito de livre escolha de religião, de culto e de prática religiosa sem interferência do Estado e muito menos de outra religião. Apesar de estarmos no século XXI não há em todos os países do mundo o devido respeito às religiões de povos inteiros, de etnias religiosas motivando até mesmo as guerras.
O teólogo católico Hans Küng, com razão, vem proclamando “não haverá paz no mundo enquanto não houver paz entre as religiões”. Decorre daí, a obrigação de os líderes religiosos trabalharem por esta paz, pois não se entende uma religião que não busque a paz e por ela trabalhe.
Nesse mesmo dia, celebra-se o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A intolerância é o portal da guerra religiosa. A intolerância só pode se fundar no fundamentalismo religioso ou no obscurantismo religioso. Ambas as atitudes obscurecem a verdade e impedem o diálogo religioso. A sinceridade religiosa, ao contrário, respeita a religião do outro e abre-se à verdade contida na verdadeira religião.

Combatamos a intolerância com a busca do diálogo e da verdade.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A NOVIDADE DE DEUS (Serie 71, 153°)

http://www.agencia.ecclesia.pt/netimages/noticia/papa_stmarta_18jan2016.jpg

            Segundo a Agência Ecclesia do dia 18 de janeiro de 2016, o papa Francisco na sua homilia na missa na Capela de Santa Marta falou o seguinte:
            “Um cristão que fecha o seu íntimo “à novidade do Espírito, jamais chegará à verdade plena” e será sempre um cristão “pela metade”.
            “Este é o pecado de muitos cristãos, que se prendem àquilo que sempre foi feito”, não experimentam a “mudança” e “acabam por ter uma vida remendada, sem sentido”.
Para Francisco, quem teima em ficar no “sempre foi assim” peca por “idolatria de si mesmo”.
Pois para essas pessoas “é mais importante o que dizem, o que sentem em si e no seu coração fechado, do que a Palavra do Senhor”.
“Diante da novidade do Espírito e das surpresas de Deus”, não há rotinas, “os hábitos têm de se renovar. Esta é a mensagem que hoje a Igreja nos dá”, sublinha o Papa.”

·        Agência Ecclesia, 18 de janeiro de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do autor.

sábado, 16 de janeiro de 2016

O PAPA ENTRE OS JUDEUS (Serie 71 anos, 152°)


Neste domingo, dia 17 de janeiro de 2016 o papa Francisco visitará, em Roma, o Templo Maior dos judeus. Conforme noticiou L’osservatore Romano de ontem:
“A 17 de Janeiro, no dia em que na Itália se celebra o diálogo entre católicos e judeus, o Papa visita o Templo maior de Roma, dando testemunho de um crescimento progressivo e irreversível no conhecimento e amizade recíprocos. Precisamente seis anos depois da visita de Bento XVI, Francisco é o terceiro Pontífice que visita uma das mais antigas sinagogas da Europa.
Há trinta anos, no dia 13 de Abril de 1986, João Paulo II foi recebido pelo rabino-chefe Elio Toaff, encontrando-se pela primeira vez com os judeus romanos e imprimindo um impulso decisivo nas relações entre as duas comunidades. Relações sobre as quais incidiu muito a declaração Nostra aetate, desejada por Paulo VI, e da qual há poucas semanas foi recordado o quinquagésimo aniversário. A visita começará na tarde de domingo com a recordação de duas feridas provocadas no século passado contra a mais antiga comunidade da diáspora judaica: o Papa deter-se-á primeiro diante da lápide com uma data, 16 de Outubro de 1943, dia em que a SS invadiu o gueto, deportando 1024 judeus romanos para o campo de concentração de Auschwitz; depois, o Pontífice irá ao lugar que recorda o ataque terrorista de 1982, que causou a morte do menino Stefano Gay Taché, ferindo 37 judeus. Uma homenagem às vítimas e aos seus familiares, tão significativo quanto o serão as palavras proferidas dentro do Templo. Numa época em que toda a comunidade humana continua a ser atingida pelo ódio que nasce do racismo e usa o nome de Deus para matar, o encontro fraternal entre católicos e judeus diz ao mundo que em nome de Deus se vive o diálogo e se dá testemunho da paz.”


 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

SAÚDE E SABER (Série 71, 151°)


            Há um barbeiro que, semanalmente, vem me fazer a barba e mensalmente, cortar o cabelo. É o “seu” Moreira. Já é um senhor de terceira idade, de muito bom senso e tem sempre, em suas conversas alguns provérbios “pro gasto”. No último dia do ano, 31 de dezembro de 2015, ele se despediu de mim, dizendo: “bom ano: Saúde e Saber”.
            Depois que ele se foi, comecei a pensar nessa inusitada saudação de ano novo. Dei-lhe razão.
            Saúde, conforme a nossa constituição de 1988, compreende uma série de fatores: alimentação, moradia, emprego, lazer, educação etc. Ou seja, uma vida saudável que não é apenas a ausência de doença. É plenitude de vida, enquanto possível, nesta que vamos levando.
            Saber: não quero dizer ter uma grande quantidade de conhecimentos, de informações... é saber viver (“Savoir Vivre”); ser feliz; arte de se sair bem; é ter saber com sabor, como tanto insistia nosso saudoso Rubem Alves.
            Quer melhor forma de se desejar um feliz ano novo?

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

DE ESTAÇÃO EM ESTAÇÃO (Serie 71, 150°)


A primeira Estação que eu conheci foi a da Mogiana e é a de Jardinópolis, que ficou tão feia por aquele “puxadão” (“mostrengo” ou sei lá o quê) que é a Câmara Municipal junto da dita cuja.
Morava, cerca de duas quadras da Estação e, com outros colegas da mesma idade, íamos brincar no jardim e na própria Estação de dia ou à noite, até passar o noturno das 20 horas. Era fantástico ver aqueles vagões iluminados. O restaurante com os garçons servindo as mesas... Dava-me uma ideia de liberdade, eu mesmo passei a conhecer outras Estações: de Jardinópolis à Goiânia; de Jardinópolis à Estação da Luz em São Paulo que me deslumbrava.
Deixando de lado as Estações do Tempo “primavera, verão, outono e inverno” há a Estação de Rádio: a primeira em que entrei foi a Rádio Colorado de Jardinópolis e, sem falsa modéstia e por graça de Deus tive um programa na Rádio Vaticano e cheguei a transmitir, da RAI, uma missa do papa Paulo VI para o Brasil através de uma Rádio famosa de São Paulo.
Estação Climática: passei por várias, mais por turismo do que por razões de saúde. A primeira foi São Lourenço, MG, depois vieram várias outras.
Estação Distribuidora: nesta nunca entrei e a primeira que vi foi uma subestação em Jardinópolis. Vendo aqueles enormes transformadores, aquela quantidade de fios de alta tensão, tinha medo de me aproximar dela. Além do mais, havia escrito: PERIGO, e na frente uma caveira, o que expantava o menino que eu era.
Estação Meteorológica: nesta eu nunca entrei. Mas sei quando o clima me é favorável ou não. Antes olhava o jornal. Hoje, até o celular traz as condições do tempo. É só conferir qualquer dia, qualquer hora.

Estação Espacial: nesta, também, nunca entrei e só de pensar já tinha medo. E se a coisa for pro espaço?

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e cuidador do autor.

domingo, 10 de janeiro de 2016

QUITO – O PERIQUITO (Historia infantil) - (Serie 71 anos, 149°)


O periquito Quito apareceu em casa, caído no chão e com uma das asas machucada. Foi provavelmente uma linha com cerol que lhe fez quase perder a vida.
Se a linha mata gente, não mataria um passarinho?
Aqui, em casa, ele foi tratado até se recuperar, e conseguir novamente voar. A gaiola ficava sempre aberta e, mesmo assim, ele não ia embora. Quando saia da gaiola, voava baixo e voltava pra ela.
Um dia, enfim, ele resolveu voar e, pelo espaço de uma semana não voltou.
Eis, que um dia, ele apareceu com mais uma meia dúzia de periquitos. Ele falou certamente para seus colegas que, aqui em casa, tinha sempre comida abundante: painço a vontade, frutas e agua potável. Eles fizeram uma festa no alpendre. A dona da casa é quem não gostou muito das visitas, por que sujaram todo o chão, de alimento e de mais alguma coisa.
Passados alguns dias, o quito - nome que recebeu aqui em casa, desde que chegou – trouxe mais companhia. E eles resolveram fazer seus ninhos por todo o alpendre, que ficou colorido com suas cores. Depois de 20 dias, começaram a aparecer nos ninhos os perequitinhos, pedindo comida às suas mães. O alpendre ficou mais alegre e interessante. Era uma festa ouvi-los.
Um dia porem, eles voaram e não mais voltaram.
Não sei o que aconteceu: se eles foram caçados, se eles morreram por agrotóxicos, ou por alguma doença.
Fiquei sem o Quito

 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.