No
próximo dia 7 de janeiro celebra-se o “Dia do Leitor”. Mas há pouco o que
comemorar num país, infelizmente, de analfabetos. Entendamos: trata-se de
analfabetismo funcional, segundo o qual a pessoa lê, mas não entende. Ou como escreveu
Maria Fernanda Arruda, escritora, midiativista e colunista do Correio do Brasil1, “no seu
nível inferior, a alfabetização rudimentar permite a leitura e compreensão de
títulos de textos e frases curtas, bem como a compreensão de números menores e
capacidade para operações aritméticas básicas. Em seguida, a alfabetização básica, que permite a leitura de
textos curtos, extrair deles informações esparsas, mas não uma conclusão sobre
o que se leu. A soma dos dois estágios ganha o nome de analfabetismo funcional”.
Segundo a mesma autora são 75% dos brasileiros nesta situação!
O
ex-ministro da educação Renato Janine Ribeiro2 reconheceu que a
alfabetização é um ponto crucial. “Se a gente não alfabetizar, corta o futuro
das pessoas. Tem uma expressão que diz: “tem de aprender a ler para depois ler
para aprender”. Depois de aprender a ler você se emancipa. Este é um ponto
fraco nosso”.
A
leitura é indispensável para o ser humano, pois alarga seus horizontes; dá-lhe
informações para se auto dirigir; enriquece o próprio vocabulário; ajuda a
formular o próprio pensamento e emitir suas opiniões.
Não
se concebe hoje um cidadão analfabeto! Como ele vai exercer sua cidadania, exigir
seus direitos, decidir se não tem leitura?
Mas
a leitura, para além das suas funções, ela deve ser prazerosa. É preciso
aprender a gostar de ler e ler com prazer.
Por
isso, celebrando o dia do leitor transcrevo dois artigos sobre isso: um do
Rubem Alves e outro de Tom Zé. Aguardem.
Citação:
1.
Maria Fernanda Arruda: A Pátria Educadora
está formando analfabetos; 75 % dos brasileiros não sabem ler adequadamente.
IHU ONLINE. 28 de outubro de 2015.
2.
Para Renato Janine Ribeiro, Dilma é alvo de
injustiça. IHU ONLINE. 27 de outubro de 2015.
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