O periquito Quito apareceu em casa, caído
no chão e com uma das asas machucada. Foi provavelmente uma linha com cerol que
lhe fez quase perder a vida.
Se a linha mata gente, não mataria um
passarinho?
Aqui, em casa, ele foi tratado até se
recuperar, e conseguir novamente voar. A gaiola ficava sempre aberta e, mesmo
assim, ele não ia embora. Quando saia da gaiola, voava baixo e voltava pra ela.
Um dia, enfim, ele resolveu voar e, pelo
espaço de uma semana não voltou.
Eis, que um dia, ele apareceu com mais uma
meia dúzia de periquitos. Ele falou certamente para seus colegas que, aqui em
casa, tinha sempre comida abundante: painço a vontade, frutas e agua potável.
Eles fizeram uma festa no alpendre. A dona da casa é quem não gostou muito das
visitas, por que sujaram todo o chão, de alimento e de mais alguma coisa.
Passados alguns dias, o quito - nome que
recebeu aqui em casa, desde que chegou – trouxe mais companhia. E eles
resolveram fazer seus ninhos por todo o alpendre, que ficou colorido com suas
cores. Depois de 20 dias, começaram a aparecer nos ninhos os perequitinhos,
pedindo comida às suas mães. O alpendre ficou mais alegre e interessante. Era
uma festa ouvi-los.
Um dia porem, eles voaram e não mais
voltaram.
Não sei o que aconteceu: se eles foram
caçados, se eles morreram por agrotóxicos, ou por alguma doença.
Fiquei sem o Quito
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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