Artigo redigido no mês de Dezembro/2014
No dia 22 do corrente, transcorre o
33° aniversario de morte de Dom Bernardo Jose Bueno Miele, nosso quarto
Arcebispo Metropolitano. Nasceu na Vila de São Bernardo- hoje São Bernardo do Campo-
SP, no dia 10 de setembro de 1923.
Foi ordenado presbítero para o
serviço da Arquidiocese de São Paulo, em Roma, na “Chiesa del Gesu”, no dia 08
de dezembro de 1950.
Antes de ser nomeado Bispo auxiliar
de Campinas, em 22 de novembro de 1962, exerceu as seguintes funções:
Secretario
da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, diretor espiritual do Seminário Central da
Imaculada Conceição do Ipiranga, encarregado sucessivamente, da organização das
novas paroquias de Nossa Senhora das Mercês, de Santo Antônio da Várzea do
Ipiranga, de São Pedro do Jardim Independência, de São Francisco de Sales, na
Vila Gumercindo, foi auxiliar na paroquia de Nossa Senhora de Sião e Capelão do
Serviço de Migração e Colonização de São Paulo. Em 1961 é nomeado Reitor do
Seminário Filosófico Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, onde lecionou Ética
e Questões Cientificas.
Aos 25 de janeiro de 1967, o papa
Paulo VI nomeou Dom Miele Arcebispo Coadjutor de Dom Frei Felício Cesar da
Cunha Vasconcellos, com direito a sucessão, tendo tomado posse no dia 03 de
abril do mesmo ano.
Com Dom Miele, iniciou-se o
verdadeiro processo de recepção e implementação do Concilio Vaticano II, com
estudos voltados para os padres e leigos dirigidos por teólogos e
pastoralistas.
Surgiram, a partir dai: o Concelho
Presbiteral, o Concelho Arquediocesano de Pastoral, a figura do Coordenador de
Pastoral (o primeiro foi o Cônego Angélico Sândalo Bernardino, hoje, Bispo
Emérito de Blumenau – SC, residente em São Paulo capital), os secretariados de
pastoral etc. etc. etc.
Trabalho todo que, depois de ter
vivido uma frutuosa primavera, acabou num longo e rotineiro inverno com o seu
sucessor.
De maneira incansável, realizou Dom
Miele assídua e zelosamente inúmeras visitas pastorais a todas a paroquias da
arquidiocese, impulsionando sempre a criação e a atividade dos Conselhos
Paroquiais de Pastoral, dos Conselhos Paroquiais de Administração, mantendo
contato com os Agentes de Pastoral e os Movimentos de evangelização,
incentivando o espirito de iniciativa, o estimulo e a corajosa caminhada do
Povo de Deus em suas múltiplas possibilidades de apostolado.
Criou três paroquias em Ribeirão
Preto: santa Terezinha, Santo Estevam Diácono e Nossa Senhora das Graças.
Ordenou
os seguintes padres para a arquidiocese de Ribeirão Preto: Pe. Alfeu Piso, Pe.
Wilson Bertoldi, Pe. Francisco de Assis Correia, Pe. Cicero Barbosa do
Nascimento, Pe. Eloy Pupin, Pe. Jose
Carlos Rossini, Pe. Nilton Elias de Barros e Pe. Cesar Vanderley Cerri.
Foi Dom Miele quem implantou o diaconato permanente na arquidiocese, ordenando dez
diáconos permanentes: Diác. Pedro Cossalter, Diác. Antonio Del Lama, Diác. Luis
Alves Cangussu, Diác. Livans de Crastro, Diác. Ignacio Toneto, Diác. Jose
Joaquim dos Santos, Diác. Walter Adami, Diác. José Alves Palma da Silva, Diác.
Ricardo Domingos Cossalter, Diác. Orlofe Cleto Nunes Sampaio.
A
palavra orientadora de Dom Miele – sempre precedida pelo seu exemplo- chegou a
todos os recantos da arquidiocese, tanto oralmente como através de suas mensagens
escritas por ocasião da Pascoa e do Natal de cada ano.
A
do Natal de 1981, pouco antes de sua morte, ecoa ate hoje em nosso ouvidos. Eis
um trecho, tão atual ontem como hoje:
“Como
cristãos temos fé na ação de Deus na historia. E sabemos que podemos colaborar
com Deus e entre nós para viver o evangelho, criando condições melhores de vida
cristã e humana para o futuro. Por isso a igreja continua trabalhando pra
formar apóstolos e construtores da civilização do amor. Por isso a Igreja
continua empenhando-se em formar comunidades eclesiais que sejam escolas de
solidariedade humana e cristã. Por isso a Igreja continua acreditando nos
jovens auxiliando-os a assumirem a pastoral da juventude, por isso a Igreja
confia na ação insubstituível da família cristã, encorajando-a a ser, pela
pastoral da família, a construtora silenciosa e eficiente do mundo de amanha. Que o Natal deste ano ajude a todos a
despertar a esperança e a alegria de encarnar na vida concreta a forca
salvadora que vem do Nascimento de Cristo!”
Digitou este artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e
Cuidador do Autor)
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