terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

33° ANIVERSARIO DE MORTE DE DOM MIELE (Serie 70, 6°)


Artigo redigido no mês de Dezembro/2014


            No dia 22 do corrente, transcorre o 33° aniversario de morte de Dom Bernardo Jose Bueno Miele, nosso quarto Arcebispo Metropolitano. Nasceu na Vila de São Bernardo- hoje São Bernardo do Campo- SP, no dia 10 de setembro de 1923.
            Foi ordenado presbítero para o serviço da Arquidiocese de São Paulo, em Roma, na “Chiesa del Gesu”, no dia 08 de dezembro de 1950.
            Antes de ser nomeado Bispo auxiliar de Campinas, em 22 de novembro de 1962, exerceu as seguintes funções:
Secretario da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção,  diretor espiritual do Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, encarregado sucessivamente, da organização das novas paroquias de Nossa Senhora das Mercês, de Santo Antônio da Várzea do Ipiranga, de São Pedro do Jardim Independência, de São Francisco de Sales, na Vila Gumercindo, foi auxiliar na paroquia de Nossa Senhora de Sião e Capelão do Serviço de Migração e Colonização de São Paulo. Em 1961 é nomeado Reitor do Seminário Filosófico Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, onde lecionou Ética e Questões Cientificas.
            Aos 25 de janeiro de 1967, o papa Paulo VI nomeou Dom Miele Arcebispo Coadjutor de Dom Frei Felício Cesar da Cunha Vasconcellos, com direito a sucessão, tendo tomado posse no dia 03 de abril do mesmo ano.
            Com Dom Miele, iniciou-se o verdadeiro processo de recepção e implementação do Concilio Vaticano II, com estudos voltados para os padres e leigos dirigidos por teólogos e pastoralistas.
            Surgiram, a partir dai: o Concelho Presbiteral, o Concelho Arquediocesano de Pastoral, a figura do Coordenador de Pastoral (o primeiro foi o Cônego Angélico Sândalo Bernardino, hoje, Bispo Emérito de Blumenau – SC, residente em São Paulo capital), os secretariados de pastoral etc. etc. etc.
            Trabalho todo que, depois de ter vivido uma frutuosa primavera, acabou num longo e rotineiro inverno com o seu sucessor.
            De maneira incansável, realizou Dom Miele assídua e zelosamente inúmeras visitas pastorais a todas a paroquias da arquidiocese, impulsionando sempre a criação e a atividade dos Conselhos Paroquiais de Pastoral, dos Conselhos Paroquiais de Administração, mantendo contato com os Agentes de Pastoral e os Movimentos de evangelização, incentivando o espirito de iniciativa, o estimulo e a corajosa caminhada do Povo de Deus em suas múltiplas possibilidades de apostolado.
            Criou três paroquias em Ribeirão Preto: santa Terezinha, Santo Estevam Diácono e Nossa Senhora das Graças.
Ordenou os seguintes padres para a arquidiocese de Ribeirão Preto: Pe. Alfeu Piso, Pe. Wilson Bertoldi, Pe. Francisco de Assis Correia, Pe. Cicero Barbosa do Nascimento, Pe. Eloy Pupin, Pe. Jose  Carlos Rossini, Pe. Nilton Elias de Barros e Pe. Cesar Vanderley Cerri. Foi Dom Miele quem implantou o diaconato permanente na arquidiocese, ordenando dez diáconos permanentes: Diác. Pedro Cossalter, Diác. Antonio Del Lama, Diác. Luis Alves Cangussu, Diác. Livans de Crastro, Diác. Ignacio Toneto, Diác. Jose Joaquim dos Santos, Diác. Walter Adami, Diác. José Alves Palma da Silva, Diác. Ricardo Domingos Cossalter, Diác. Orlofe Cleto Nunes Sampaio.
A palavra orientadora de Dom Miele – sempre precedida pelo seu exemplo- chegou a todos os recantos da arquidiocese, tanto oralmente como através de suas mensagens escritas por ocasião da Pascoa e do Natal de cada ano.
            A do Natal de 1981, pouco antes de sua morte, ecoa ate hoje em nosso ouvidos. Eis um trecho, tão atual ontem como hoje:
            “Como cristãos temos fé na ação de Deus na historia. E sabemos que podemos colaborar com Deus e entre nós para viver o evangelho, criando condições melhores de vida cristã e humana para o futuro. Por isso a igreja continua trabalhando pra formar apóstolos e construtores da civilização do amor. Por isso a Igreja continua empenhando-se em formar comunidades eclesiais que sejam escolas de solidariedade humana e cristã. Por isso a Igreja continua acreditando nos jovens auxiliando-os a assumirem a pastoral da juventude, por isso a Igreja confia na ação insubstituível da família cristã, encorajando-a a ser, pela pastoral da família, a construtora silenciosa e eficiente do mundo de amanha.  Que o Natal deste ano ajude a todos a despertar a esperança e a alegria de encarnar na vida concreta a forca salvadora que vem do Nascimento de Cristo!”

Digitou este artigo: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor)

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