sexta-feira, 8 de abril de 2016

ERAM DOIS IRMÃOS? (Série 71, 245°)


Pareciam dois irmãos...
Sobre “seu” José Siqueira,
Escrevi em outro lugar,
Ter sido, quando jovem,
Excelente jogador de futebol.
Crônicas sobre isto,
Escrevi e deixei lá,
No bar do “Carlinhos”, em Pontal!
Sobre ter sido,
Esposo terno e paciente,
Dedicado e cuidadoso,
Escrevi também,
E lhe deixei cópia,
Quando ainda era viva,
Sua querida esposa!
Agora, com o seu falecimento,
Neste dia 8 de abril de 2016,
Relembro,
O relacionamento pai e filho,
Que tivera, sobretudo, com o mais velho,
O João Luís (que me desculpe o seu irmão,
Fábio José, porque conheci mais o primeiro que o segundo
Cuja amizade é nova,
De mais de 20 anos).
Pai e filho, Zé e João,
Eram como que dois irmãos: mas,
Era pai pra cá, era pai pra lá,
Combinavam assistir jogo do Comercial F.C.,
Conversavam sobre o Corinthians apaixonadamente!
Ninguém diria tratar-se de pai e filho
Eu mesmo várias vezes,
Ouvi de jovens admirados disso, dizendo:
“Gostaria de ter um pai como esse,
Amigo, que sabe conversar com a gente,
Qualquer assunto”!
Ele mais ouvia do que falava.
Quando falava, o fazia baixo
Sem impor sua autoridade.
Antes, a ganhava merecidamente!
Num dia da semana,
O João lhe dizia:
“Ô pai, cê faz aquele arroz soltim,
aquele bife acebolado
e aquela salada de alface com cebola”?
E lá estava feito,
Para o bom apetite do João!
Aos domingos:
“Ô pai, cê faz aquele macarrão,
E compra aquele frango assado”?
Quem não viu pai e filho,
Tocando: ele, violão
E o João, tocando timba,
Animando com outros uma celebração eucarística!
Ou, ainda, uma apresentação de choro,
Com “seu” Zequinha, seus parceiros e o João?
Quantas eu ouvi e vi,
No salão paroquial da paróquia São Pedro Apóstolo,
Quando o choro era alegria,
Era dança, era festa...
Sobrou, agora
O choro da tristeza

E da saudade!


Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro, autor e amigo de João Luís.

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