quinta-feira, 7 de abril de 2016

O TESTEMUNHO DE TIBHIRINE ( Serie 71 anos, 243°)

 
               O papa Francisco prefaciou o livro ‘Tibhirine. L’heritage’ (Tibhirine. A herança).
            Esta obra trata dos sete monges trapistas sequestrados e mortos na Argélia em 1996, onde vivam desde 1938.
            O papa escreveu:
“Vinte anos após a sua morte, somos convidados a ser sinais de simplicidade e de misericórdia, no exercício quotidiano do dom de si, a exemplo de Cristo. Não haverá outro modo de combater o mal que tece a sua teia no nosso mundo”, refere, num texto divulgado pelo Vaticano.
            “Em Tibhirine vivia-se o diálogo da vida com os muçulmanos. Nós, cristãos, queremos ir de encontro ao outro, onde quer que ele esteja, para estabelecer laços de amizade espiritual e o diálogo fraterno que poderão vencer a violência”, acrescenta Francisco em ‘Um sinal sobre a montanha’.
O Papa comenta que os religiosos “não fugiram diante da violência” mas combateram com “as armas do amor, do acolhimento fraterno, da oração comunitária”.
“Deram testemunho com o seu sangue, na sua carne, venceram o ódio no dia da grande provação”, observa sobre a história, que inspirou o filme 'Dos homens e dos deuses'.
Francisco assinala que foi com “toda a sua vida” que os monges trapistas são “testemunhas – mártires - do amor” algo que não se realizou “sem dificuldades”.
            Segundo o prior da pequena comunidade trapista, o padre francês Christian de Chergé, ofereciam “o coração inteiramente a Deus”, algo que não é da responsabilidade apenas de monges e monjas.
“Todos nós somos chamados a dar a nossa vida no detalhe de nossos dias, em família, no trabalho, na sociedade, a serviço da ‘casa comum’ e do bem de todos”, escreveu por sua vez Francisco.
Para o Papa, Christian de Chergé e os seus companheiros escolheram viver de modo simples a sua vocação contemplativa naquela bela e árida região do Atlas argelino onde eram “’hóspedes’ da casa do islão” e “trabalhavam a terra e partilhavam a vida pobre dos camponeses”.


 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 



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