sábado, 21 de março de 2015

A RESPEITO DE NOMES (FICÇÃO 1) (Serie 70, 52°)


            Nome, segundo HOUAISS é: “antropônimo dado a uma criança ao nascer, no batismo ou em outra ocasião especial, de acordo com a cultura e os costumes de cada povo pelo qual ela é conhecida e chamada”; ou, também, “nome dado a uma criança ao nascer, nome batismo, nome cristão”.
            No período de cristandade, como no Brasil de 1500 até metade do século XX, davam-se nomes a lugares recém-descobertos de acordo com o dia litúrgico da igreja católica. Assim, por exemplo, São Paulo, por ter sido fundada no dia da conversão de São Paulo (25/01); Montepascoal, por ter sido descoberto no domingo de Páscoal, etc... Os nomes pessoais eram dados pelos pais segundo o nome do santo daquele dia, por exemplo: Antônio, por ter nascido no dia de Santo Antônio (13/06); João Batista (24/06); Pedro (29/06); Imaculada Conceição (08/12); Maria de Guadalupe (12/12); etc.
            Na modernidade, os pais passaram a escolher como nome para seus filhos, nomes de artista de cinema, nomes de cantores, nomes de jogadores de futebol, nomes de produtos, dos mais diferentes e, até impróprios para servirem de nomes pessoais.
            Acerca de vinte e três anos atrás batizei, numa fazenda do município de Tangará da Serra – MT dezessete crianças (Claro! Com licença do devido Pároco desta imensa paróquia, confiada aos padres jesuítas).
            Perguntei ao pai da criança que nome ela receberia. Ele prontamente respondeu-me:
            - Suvinil!
Pensei que não tivesse ouvido direito o nome e então perguntei-lhe novamente. Mas depressa ainda confirmou-me o nome, soletrando as sílabas:
            Quis rir, mas a cerimônia fez-me rir só depois de tê-la terminado.
            Hoje, felizmente, os pais, ao registrarem seus filhos são alertados a não colocarem nos mesmos, nomes que possam expô-los, no futuro, ao ridículo e à chateação.

            Afinal, o nome da pessoa deve ser sempre visto, pronunciado com muito respeito. Ele é a identidade sagrada, inviolável da pessoa e importa sempre ser reverenciado.

Digitou este artigo: Vinicius Maniezo Garcia (Enfemeiro e Cuidador do Autor).

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