Inicio a segunda parte
do título acima, recordando as palavras do presidente da CNBB, Dom Raymundo
Cardeal Damasceno Assis, segundo as quais as manifestações “são normais dentro
do regime democrático para que as pessoas reivindiquem seus direitos e
demonstrem sua insatisfação (...) nós achamos legítimas essas manifestações
contanto que elas transcorram no respeito ao patrimônio público, ao patrimônio
particular, às pessoas que participam das manifestações. Mas na medida em que
elas podem se transformar em manifestações de desrespeito à ordem pública, ao
patrimônio público, às pessoas, evidentemente que isso cria um clima de
intranquilidade, de insegurança e de violência que não contribuem em nada para
a manutenção do Estado de Direito, democrático”1.
Dom
Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, acrescentou: “a reação que nós
sentimos também é que as manifestações de rua são de discordância, muitas vezes
ideológica que é normal e diria, inclusive, necessária e democrática”1.
Os
responsáveis por estas manifestações não aceitam que o PT tenha alcançado o
poder, pelo voto democrático, e transformado o sistema. “O menor foi tornado
maior”! Leonardo Boff explica esta transformação como “intolerável para as classes
poderosas que se acostumaram a fazer do Estado o seu lugar natural e de se
apropriar privadamente dos bens públicos pelo famoso patriotismo, denunciado
por Raymundo Faoro”2.
Citações:
1. CNBB.
12 de março de 2015;
2. ADITAL.
10 de março de 2015.
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