sexta-feira, 6 de março de 2015

DIÁRIO DE UM TAXISTA (5) (Serie 70, 45°)

O TAXISTA E A MULHER
(HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, 2015)


            João Luís, quando tinha cerca de dezoito anos, acompanhou um padre que deveria celebrar a missa em uma fazenda. Enquanto o padre atendia algumas confissões, ele ficou conversando com o taxista que trouxe o padre.
             A conversa começou com algumas coisas comuns do dia a dia. Depois, o taxista passou a falar-lhe de uma situação pessoal e familiar pela qual passava.
            Disse-lhe:
            - Sabe, moço, eu estou numa situação muito triste, por que minha mulher está com câncer e ela já não me serve mais. Arrumei outra. Uai, não me serve, oque que eu vou fazer.
            João Luís pensou: mais isso não é amor. Ele concebe a mulher como seu objeto, coisa comum do machismo brasileiro “mulher é objeto de tanque, de cozinha e de cama”!
            Diante de uma mentalidade como esta, não há o que se comemorar. Só há o que se lamentar. E haja Lei Maria da Penha! Mesmo assim, cumprimento todas as mulheres brasileiras e faço votos de que sejam sujeitos e não objetos. Isso se manifesta em ter coragem para denunciar tudo aquilo que atente contra sua dignidade, seus direitos, etc. Sei que isso implica muita união de vocês, muita reivindicação e muita luta. Não lhes falte força e vigor para isso.
            Meu beijo e fraterno abraço a todas, próximas ou distantes.

Digitou esta Crônica: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor).




Nenhum comentário:

Postar um comentário