O TAXISTA E A
MULHER
(HOMENAGEM AO DIA
INTERNACIONAL DA MULHER, 2015)
João Luís,
quando tinha cerca de dezoito anos, acompanhou um padre que deveria celebrar a
missa em uma fazenda. Enquanto o padre atendia algumas confissões, ele ficou
conversando com o taxista que trouxe o padre.
A conversa começou com algumas coisas comuns
do dia a dia. Depois, o taxista passou a falar-lhe de uma situação pessoal e
familiar pela qual passava.
Disse-lhe:
- Sabe,
moço, eu estou numa situação muito triste, por que minha mulher está com câncer
e ela já não me serve mais. Arrumei outra. Uai, não me serve, oque que eu vou
fazer.
João Luís
pensou: mais isso não é amor. Ele concebe a mulher como seu objeto, coisa comum
do machismo brasileiro “mulher é objeto de tanque, de cozinha e de cama”!
Diante de
uma mentalidade como esta, não há o que se comemorar. Só há o que se lamentar.
E haja Lei Maria da Penha! Mesmo assim, cumprimento todas as mulheres
brasileiras e faço votos de que sejam sujeitos e não objetos.
Isso se manifesta em ter coragem para denunciar tudo aquilo que atente contra
sua dignidade, seus direitos, etc. Sei que isso implica muita união de vocês,
muita reivindicação e muita luta. Não lhes falte força e vigor para isso.
Meu beijo e
fraterno abraço a todas, próximas ou distantes.
Digitou esta Crônica: Ricardo Rodrigues de Oliveira (Enfermeiro e Cuidador do Autor).
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