O ano santo extraordinário da misericórdia
foi anunciado pelo papa Francisco no dia 11/04 de 2015.
Perguntado sobre o por que deste ano santo
extraordinário da misericórdia, o próprio papa respondeu: "Simplesmente
porque a Igreja é chamada, neste tempo de grandes mudanças epocais, a oferecer
mais vigorosamente os sinais da presença e proximidade de Deus. Este não é o
tempo para nos deixarmos distrair, mas para o contrário: permanecermos
vigilantes e despertarmos em nós a capacidade de fixar o essencial. É o tempo
para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia
de Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai"[1].
Ao todo, já houve 64 anos extraordinários
com vários significados e pressupostos. O primeiro foi concedido por Sisto V
(1585-1590) aos 25 de maio de 1585 para inaugurar o próprio pontificado,
introduzindo assim um costume que seria continuado com vários sucessores. Houve
jubileus extraordinários para favorecer a paz entre cristãos; por necessidades
particulares nas hierarquias eclesiásticas; por especiais circunstâncias
históricas, como o bom êxito de um Concílio, a luta contra os turcos, o 50º ano
da definição do dogma da Imaculada Conceição.[2]
Marco Politi, na sua opinião, afirma que
este Ano Santo é “um apelo especial para o povo de Deus, para marchar junto
pela estrada da reforma da Igreja. O resultado do Sínodo, que não conseguiu
votar um documento claro sobre a comunhão aos divorciados recasados, trouxe à
tona fortes resistências dentro dos episcopados do mundo e revelou a existência
de uma divisão entre aqueles que – como Francisco – querem uma Igreja hospital
de campanha e aqueles que se encastelam na doutrina: os
"doutrinários", como o pontífice argentino os chama, que são surdos
aos dramas de tantos homens e mulheres. [3]
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
[1] "É o tempo favorável para tratar as
feridas", diz o Papa ao proclamar o Jubileu Extradiornário da Misericórida.
IHU. 11/04/2015
[2] Jubileu
extraordinário, o último foi de Wojtyla. O penúltimo de Pio XI. IHU. 17/03/2015
[3] Papa
Francisco, entre Vatileaks e Jubileu da Misericórdia. Entrevista com Marco
Politi. IHU. 05/12/2015
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