domingo, 13 de dezembro de 2015

O TEMPO (Serie 71 anos, 118°)


            O tempo sempre fascinou filósofos e poetas. Desde os albores da filosofia e da poesia.
            Talvez, por que o que nós temos de tempo é tão pouco: é só o agora. Pois o passado pode ser lembrança, mas é perda. O futuro é esperança, mas é incerto. Ainda mais quando, nesses tempos, se falam de pouco tempo “de vida na terra”: é falta d`agua, é falta de ar, alimento contaminado por agrotóxicos etc.
            Fascina-me mais ainda, que este tema tão imanente e, ao mesmo tempo, tão transcendente, de ha muito tenha sido objeto de parlendas (palavras que travam a língua).
            Autores anônimos compuseram tantas parlendas sobre o tempo que é praticamente impossível enumera-las. Possível é degusta-las, de preferencia em voz alta e com boa dicção.
            Experimente: “O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem.”
            Ou, ainda: O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo, tempo  tem.
E mais: O tempo perguntou para o tempo: Quanto tempo o tempo tem? O tempo respondeu para o tempo, que o tempo tem tanto tempo, que nem o tempo poderá dizer quanto tempo o tempo tem. Etc.
Elas serviram e ainda servem para aprender a língua portuguesa de maneira fácil e agradável, pois são lúdicas. Ou como diz claudia houdelier: “Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Elas fazem parte da tradição cultural de muitos países, e neste caso do folclore do Brasil.”


 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 


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