O tempo
sempre fascinou filósofos e poetas. Desde os albores da filosofia e da poesia.
Talvez, por
que o que nós temos de tempo é tão pouco: é só o agora. Pois o passado pode ser
lembrança, mas é perda. O futuro é esperança, mas é incerto. Ainda mais quando,
nesses tempos, se falam de pouco tempo “de vida na terra”: é falta d`agua, é
falta de ar, alimento contaminado por agrotóxicos etc.
Fascina-me
mais ainda, que este tema tão imanente e, ao mesmo tempo, tão transcendente, de
ha muito tenha sido objeto de parlendas (palavras que travam a língua).
Autores
anônimos compuseram tantas parlendas sobre o tempo que é praticamente
impossível enumera-las. Possível é degusta-las, de preferencia em voz alta e
com boa dicção.
Experimente:
“O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu
pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo
que o tempo tem.”
Ou, ainda: O
tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo quanto tempo, tempo tem.
E mais: O tempo perguntou para o tempo: Quanto
tempo o tempo tem? O tempo respondeu para o tempo, que o tempo tem tanto tempo,
que nem o tempo poderá dizer quanto tempo o tempo tem. Etc.
Elas serviram e ainda servem para aprender
a língua portuguesa de maneira fácil e agradável, pois são lúdicas. Ou como diz
claudia houdelier: “Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o
relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Elas fazem parte
da tradição cultural de muitos países, e neste caso do folclore do Brasil.”
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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