terça-feira, 31 de maio de 2016

PAPA ENALTECE MULHERES CORAJOSAS (Série 71, 288°)


Na homilia, proferida hoje na Casa de Santa Marta, pela manhã, dia 31 de maio, o Papa Francisco enalteceu as mulheres corajosas na Igreja, nestes termos:
“As mulheres que existem na Igreja são como Nossa Senhora. Elas que levam avante a família, que levam avante a educação dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes. Corajosas, elas levantam-se e servem, servem”. Apontou ainda a humildade de Maria e a sua disponibilidade para os outros como caminhos a seguir pelos cristãos”.
“Quem não vive para servir, não serve para viver”, salientou Francisco, acrescentando que “uma pessoa que se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos outros, não é totalmente cristã”.
“Seja o serviço, seja o encontro, requerem sair de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para abraçar outra pessoa. É com este serviço de Maria, com este encontro que se renova a promessa do Senhor, que se atua no tempo presente”, concluiu”.

Citação:

- Agência Ecclesia, 31 de maio de 2016.

domingo, 29 de maio de 2016

VIDA CRISTÃ, VIDA DE SERVIÇO (Serie 71 anos, 287°)

 
            À hora do ângelus, neste domingo, dia 29 de maio, o papa Francisco falou:
 “Se evangelizar é a missão dada a cada cristão no Batismo, servir é o estilo segundo o qual viver a missão, o único modo de ser discípulo de Jesus. É sua testemunha quem faz como Ele: quem serve os irmãos e as irmãs, sem se cansar de Cristo humilde, sem se cansar da vida cristã que é vida de serviço”
A celebração encerrou o programa iniciado na sexta-feira, que levou ao Vaticano centenas de diáconos permanentes, em muitos casos acompanhados pelas suas esposas e filhos, em volta do tema ‘Diácono: ícone da Misericórdia para a promoção da Nova Evangelização’.
O Papa disse aos participantes na Missa que os católicos são chamados a “viver na disponibilidade”, contrariando a “tendência a dispor de tudo para si”.
Com origem grega, a palavra ‘diácono’ pode traduzir-se por servidor, e corresponde a alguém especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas.
Francisco apresentou uma reflexão sobre esta figura do “servidor”, alguém que “sabe que o tempo que vive não lhe pertence, mas é um dom que recebe de Deus”.
“Quem serve não é escravo de quanto estabelece a agenda, mas, dócil de coração, está disponível para o não-programado: pronto para o irmão e aberto ao imprevisto, que nunca falta sendo muitas vezes a surpresa diária de Deus”, sublinhou.
O Papa disse que na relação com o outro nunca se deve “gritar”, mas procurar estar “sempre disponível e bem disposto”, mostrando que na comunidade eclesial “o maior não é quem manda, mas quem serve”.
“O servo sabe abrir as portas do seu tempo e dos seus espaços a quem vive ao seu redor e também a quem bate à porta fora do horário, à custa de interromper algo que lhe agrada ou o merecido repouso”, realçou.
            O diaconado é o primeiro grau do Sacramento da Ordem (diaconado, sacerdócio, episcopado), atualmente reservado aos homens, na Igreja Católica.
O Concílio Vaticano II (1962-1965) restaurou o diaconado permanente, a que podem aceder homens casados (depois de terem completado 35 anos de idade), o que não acontece com o sacerdócio; o diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros.
No final da Missa, o Papa cumprimentou pessoalmente, durante largos minutos, vários diáconos e suas esposas.
Antes da oração do ângelus, ainda na Praça de São Pedro, Francisco rezou por intercessão da Virgem Maria pela “vida e o ministério dos diáconos do mundo”.
O Papa falou ainda da jornada nacional dedicada aos doentes terminais, na Itália, destinada a “ajudar as pessoas a viver bem a fase final da existência terrena”.[1]

 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 




[1] Agencia Ecclesia. 29/05/2016

quinta-feira, 26 de maio de 2016

AOS QUE SE REPARTEM EM FAVOR DOS OUTROS (Serie 71 anos, 286°)

Na homilia da missa presidida pelo papa, hoje, 26 de maio, dia do santíssimo corpo e sangue de Cristo o papa Francisco Falou:
“Possa o gesto da procissão eucarística ser também resposta a esta ordem de Jesus. Um gesto para fazer memória dele; um gesto para dar de comer à multidão de hoje; um gesto para repartir a nossa fé e a nossa vida como sinal do amor de Cristo por esta cidade e pelo mundo inteiro.
O Papa falou dos pais e mães que se dedicam aos seus filhos, bem como dos “cidadãos responsáveis” que defendem a dignidade humana, em especial “dos mais pobres, marginalizados e discriminados”.
“Pensemos também em todos os santos e santas – famosos ou anónimos – que se ‘repartiram’ a si mesmos, a própria vida, para ‘dar de comer’ aos irmãos”, pediu.
A intervenção partiu de uma passagem da primeira carta de São Paulo aos Coríntios (século I): “Fazei isto em memória de Mim”
“Esta ordem de Cisto é referida duas vezes pelo apóstolo Paulo, quando narra à comunidade de Corinto a instituição da Eucaristia. É o testemunho mais antigo que temos das palavras de Cristo na Última Ceia”, explicou Francisco.
O Papa recordou que Jesus tinha pedido aos seus discípulos que alimentassem as “multidões cansadas e famintas”.
“Na realidade, é Jesus que abençoa e parte os pães até saciar toda aquela multidão, mas os cinco pães e os dois peixes são oferecidos pelos discípulos, e era isto o que Jesus queria: que eles, em vez de mandar embora a multidão, pusessem à disposição o pouco que tinham”, assinalou.
Francisco sublinhou que este milagre da multiplicação dos pães era um sinal do que Cristo “tem em mente realizar pela salvação de toda a humanidade”, com a ajuda dos seus discípulos, através da celebração da Eucaristia.
“Também isto é ‘fazer’ com Jesus, é ‘dar de comer’ juntamente com Ele”, precisou.
Para isso, realçou o Papa, é preciso passar sempre através dos “pequenos gestos” de oferecer e depois receber “o pão partido das mãos de Jesus”, para o distribuir.
“O próprio Jesus Se repartiu, e reparte, por nós. E pede que façamos dom de nós mesmos, que nos repartamos pelos outros”, insistiu.
Recordando a vida das primeiras comunidades cristãs, Francisco observou que a Eucaristia se tornou, desde o início, “o centro e a forma da vida da Igreja”.
Após a Missa teve lugar a procissão eucarística até à Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa esperava a chegada do Santíssimo Sacramento, que foi transportado ao longo da ‘Via Merulana’.


 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 


quarta-feira, 25 de maio de 2016

REZAR SEMPRE (Série 71, 285°)


Falando, hoje, 25 de maio, na Audiência geral as quartas-feiras na Praça São Pedro, o Papa Francisco disse:
“Não se trata de rezar às vezes, quando ‘estou a fim’. Não, Jesus diz que é preciso ‘rezar sempre, sem cessar’”.
A intervenção partiu de uma parábola de Jesus, relatada pelos Evangelhos, na qual se dava conta da insistência de uma viúva para obter justiça, junto de um “juiz desonesto”, lembrando que a perseverança da mulher “prevaleceu”.
“A oração não é uma varinha mágica, não é uma varinha mágica. A oração ajuda-nos a conservar a fé em Deus e entregar-nos a Ele mesmo quando não compreendemos a sua vontade. Nisto, Jesus – que rezava tanto! – é um exemplo para nós”, referiu o Papa.
Francisco recordou a oração de Jesus antes do seu julgamento e crucifixão, na qual se colocava nas mãos do Pai.
“O objeto da oração passa a um segundo plano; o que importa antes de tudo é a relação com o Pai. É isso o que a oração faz: transforma o desejo e modela-o segundo a vontade de Deus, seja qual essa for, porque quem reza quer, em primeiro lugar, unir-se a Deus, que é Amor misericordioso”, explicou.
A catequese concluiu-se com nova insistência sobre a importância da oração, “que conserva a fé”.
A audiência começou com um cumprimento especial, em língua gestual, a um grupo de peregrinos surdos, da Itália.
No final da audiência, o Papa convidou todos a celebrar a solenidade do Corpo de Deus. Francisco vai percorrer as ruas de Roma, como é tradição.
“Às 19h00, na Praça de São João de Latrão, vou celebrar a Santa Missa e depois adoraremos o Santíssimo Sacramento, caminhando até à Basílica de Santa Maria Maior. Convido os romanos e peregrinos a participar neste solene ato público de fé e de amor a Jesus, realmente presente na Eucaristia”, realçou”.

Citação:
- Agência Ecclesia, 25 de maio de 2016.


Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

terça-feira, 24 de maio de 2016

PASSO A PASSO (Serie 71 anos, 284°)

 
Na sua homilia de hoje, dia 24 de maio, na capela de Santa marta o papa Francisco afirmou:
“A santidade é um caminho para todos os fiéis, que se faz “passo a passo”, exigindo “pequenas conversões”, mais do que penitências ou mortificações.
“Conversão, todos os dias. ‘Mas, padre, para converter-me tenho de fazer penitências, chicotear-me’. Não, não, não: conversões pequenas. Se fores capaz de não falar mal de alguém, estás no bom caminho para ser santo”.
Francisco voltou a sugerir que se “morda a língua” quando vem a vontade de fazer uma crítica a um vizinho ou colega de trabalho.
“Nada de grande, mortificações. Não, é simples. O caminho da santidade é simples, nada de voltar atrás, mas avançar sempre”, recomendou.
O Papa precisou que este é um compromisso que exige coragem e simplicidade, porque a santidade “não se compra” nem se conquista com as “forças humanas”.
“Não, ‘a santidade simples, de todos os cristãos’, ‘a nossa, a de todos os dias’, é um caminho que pode ser percorrido apenas se for sustentado por quatro elementos imprescindíveis: coragem, esperança, graça, conversão”, precisou.[1]


Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 



[1] Agencia Ecclesia. 24/05/2016

segunda-feira, 23 de maio de 2016

A ALEGRIA DO CRISTÃO (Série 71, 283°)


Na homilia proferida, hoje, dia 23 de maio na Capela da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco falou sobre a alegria como certidão de identidade do cristão, nestes termos:
“Um cristão é um homem e uma mulher de alegria, um homem e uma mulher com alegria no coração: não existem cristãos sem alegria”.
Esta alegria, precisou, oferece “esperança” mesmo perante as “cruzes e sofrimentos” da existência.
“Podemos caminhar rumo àquela esperança que os primeiros cristãos representavam como uma âncora no céu. Aquela esperança que nos dá alegria”, observou.
Francisco sustentou que os que se dizem cristãos mas vivem sem alegria são crentes quem falta “alguma coisa”.
“A certidão de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido escolhido por Jesus, salvo por Ele, regenerado por Jesus”, reforçou.
A intervenção realçou que esta alegria pode “crescer com a confiança em Deus”.
O Papa apresentou uma reflexão sobre a passagem do Evangelho que é hoje lida nas igrejas de todo o mundo, na qual se narra o encontro de Jesus com um jovem rico, o qual “não foi capaz de abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza”.
“Era apegado aos bens! Jesus disse que não se pode servir a dois senhores: ou se serve a Deus ou as riquezas. As riquezas não são más em si mesmas: mas servir a riqueza, esse é o mal”, explicou.
Nesse contexto, Francisco voltou a afirmar que quando se encontram cristãos tristes, “algo está errado”.
“Nós devemos ajudá-las a encontrar Jesus, a tirar essa tristeza, para que possam se alegrar com o Evangelho, possam ter essa alegria que é própria do Evangelho”, apelou.
A homilia sublinhou depois a importância do “espanto”, que salva as pessoas de “viver presas às coisas, à mundanidade – as muitas mundanidades que afastam de Jesus”.

“Peçamos hoje ao Senhor que nos dê o espanto diante Dele, diante das muitas riquezas espirituais que nos deu; e, com este espanto, nos dê a alegria, a alegria da nossa vida e de viver as inúmeras dificuldades com paz no coração”, concluiu, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano”.

Citação:

- Agência Ecclesia, 23 de maio de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia, enfermeiro e cuidador do autor.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

A COMPREENSÃO PARA COM O PECADOR ( Serie 71 anos, 282°)


Falando hoje, dia 20 de maio, na sua homilia na capela da casa de santa Marta, o papa Francisco afirmou:
 “Neste mundo em que vivemos, com esta cultura do provisório, a realidade do pecado é muito forte, mas Jesus, recordando Moisés, diz: ‘Se há dureza do coração, se há pecado, é possível fazer algo: o perdão, a compreensão, o acompanhamento, a integração, o discernimento destes casos... Mas a verdade não se pode vender nunca”,
Francisco comentava uma passagem do Evangelho que retrata as “ciladas” com que fariseus e doutores da lei tentam enganar Jesus, perguntando a Jesus se é lícito a alguém repudiar a própria esposa.
Para o Papa, esta é a “cilada da casuística”, montada por um “pequeno grupo de teólogos iluminados”, da qual Jesus escapa apontando para a “plenitude do matrimónio”
“Não são mais dois, mas uma só carne. Assim, ‘o homem não divida o que Deus uniu’. Seja no caso do levirato, seja neste, Jesus responde da verdade esmagadora, da verdade contundente – esta é a verdade! – da plenitude sempre! E Jesus nunca negocia a verdade”, declarou.
Francisco observou que a afirmação de Jesus sobre o matrimónio é a única verdade e “não existe outra”.
“Mas Jesus é tão misericordioso, tão grande, que jamais, jamais, fecha a porta aos pecadores”; acrescentou.
O Papa pediu que os teólogos e os fiéis em geral recusem cair na cilada da “equação matemática”, do “pode? ou não pode?”, abrindo-se a “horizontes maiores”, capazes de “amar a fraqueza humana”.
“Que Jesus nos ensine a ter, com o coração, uma grande adesão à verdade e também com o coração, uma grande compreensão e acompanhamento a todos os nossos irmãos que estão com dificuldades”, concluiu.[1]




Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.






[1] Agencia Ecclesia. 20/05/2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

IGNORAR OS POBRES É IGNORAR DEUS (Série 71, 281°)


Falando, hoje, 18 de maio, na Audiência Geral das quartas-feiras, na Praça de São Pedro o Papa disse:
“Ignorar o pobre é desprezar Deus, temos de aprender bem isto, ignorar o pobre é desprezar Deus”.
Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre a misericórdia, Francisco lamentou que “tanta gente finja não ver os pobres”
“Para eles, os pobres não existem”, observou.
A intervenção ligou a misericórdia de Deus à misericórdia de cada pessoa para com o seu “próximo”.
“Quando esta falta, também a misericórdia de Deus não encontra espaço no nosso coração fechado, não pode entrar. Se eu não abrir a porta do meu coração ao pobre, essa porta permanece fechada, mesmo para Deus, e isto é terrível”, declarou.
O Papa partiu de uma passagem do Evangelho de São Lucas, na qual Jesus apresenta a parábola do homem rico e do pobre Lázaro, ao qual o rico não prestou atenção.
“Nenhum mensageiro e nenhuma mensagem poderão substituir os pobres que encontramos no caminho, porque neles se encontra o próprio Jesus”, assinalou.
Segundo Francisco, a figura de Lázaro - que ao contrário do homem rico é tratado pelo seu nome próprio - “representa bem o grito silencioso dos pobres de todos os tempos e a contradição de um mundo cujas imensas riquezas e recursos estão nas mãos de poucos”.
O homem abastado retratado na parábola de Jesus, explicou o Papa, viveu “fechado” no seu mundo de luxo, sem ter em conta a lei de Deus ou o sofrimento dos próximos.
“Será condenado, portanto, não pelas suas riquezas, mas porque foi incapaz de sentir compaixão por Lázaro e de o socorrer”, precisou”.

Citação:

- Agência Ecclesia, 18 de maio de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

terça-feira, 17 de maio de 2016

A REGRA É SERVIR (Série 71, 280°)

A REGRA É SERVIR

Francisco de Assis Correia*

Na sua homilia de hoje, 17 de maio, na Capela da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco disse:
“No caminho que Jesus nos indica o serviço é a regra. O maior é aquele que serve mais, quem está mais a serviço dos outros, e não aquele que se vangloria, que procura o poder, o dinheiro, a vaidade, o orgulho. Esses não são os maiores”.
A partir do Evangelho do dia, um episódio em que os discípulos discutiam sobre “qual deles era o maior”, o Papa observou que o que aconteceu com os apóstolos é uma história que “acontece todos os dias” na Igreja, nas comunidades – paróquias, instituições - com a vontade de “ter poder”.
“Todos nós somos tentados por essas coisas, somos tentados a destruir o outro para subir mais. É uma tentação mundana, mas que divide e destrói a Igreja, não é o Espírito de Jesus”, alertou.
Francisco destacou que Cristo fala sobre “humilhação, morte e redenção”, enquanto os discípulos a “linguagem de alpinistas: Quem subirá mais alto no poder?”.
“Far-nos-á bem pensar nas muitas vezes que vimos isso na Igreja e nas muitas vezes que nós fizemos isso, e pedir ao Senhor que nos ilumine, para entender que o amor pelo mundo, isto é, por este espírito mundano, é inimigo de Deus”, apelou.
O Papa argentino assinalou também a mesma temática a partir de uma passagem da Carta de São Tiago, quando o discípulo adverte para “as paixões pelo poder, para as invejas e os ciúmes”.
“Quando tenho esta vontade mundana de estar com o poder, não de servir, mas de ser servido, não se poupam os meios para conquistá-lo - as fofocas, sujar os outros. A inveja e os ciúmes fazem este caminho e destroem”, desenvolveu, sublinhando que é algo que “acontece hoje” nas instituições da Igreja.
Francisco preveniu que essa é a “vontade do espírito do mundo”, de riqueza, vaidade e orgulho.
“Jesus veio para servir e ensinou o caminho na vida cristã: o serviço e a humildade”, frisou, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano”.

Citação:
- Agência Ecclesia, 17 de maio de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O PERFIL DO PADRE (Serie 71 anos, 279°)


O Papa Francisco afirmou hoje na abertura da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Italiana (CEI) que o sacerdote “não é um burocrata”, é “estruturalmente missionário” e um “critério decisivo” para uma decisão vocacional está na capacidade de se relacionar.
“Neste tempo pobre para fazer amizades, o nosso primeiro compromisso é o de construir comunidade; a abertura ao relacionamento é, assim, um critério decisivo de discernimento vocacional”, afirmou o Papa no discurso de abertura da 69.ª Assembleia Plenária da CEI.
O discurso de abertura da reunião dos bispos italianos, que vai decorrer até ao dia 19, foi feito pelo Papa Francisco, como acontece há três anos, enquanto bispo de Roma e primaz da Itália, e não pelo presidente da CEI, o cardeal Angelo Bagnasco, no cargo desde 2007.
Referindo-se ao tema principal da Assembleia Plenária em curso esta semana, o Papa referiu que o padre é “estruturalmente missionário”, mais do que um líder com uma “missão para cumprir”, e deve sentir-se pertença do povo de Deus onde é enviado, condição de distanciamento da autorreferencialidade que “isola e aprisiona”.
Para Francisco o sacerdote “não é um burocrata ou um funcionário anónimo de uma instituição, não está consagrado a um papel clerical, nem se move por critério de eficiência”, “não procura seguranças terrenas ou títulos honoríficos, que levam á confiança no homem” e “não exige nada para além das reais necessidades”.
“O seu estilo de vida simples e essencial, sempre disponível, fá-lo credível aos olhos das pessoas e aproxima-o dos humildes, numa caridade pastoral que o torna livre e solidário. Servo da vida, caminha com o coração e o ritmo dos pobres”, sublinhou o Papa.
Francisco acrescentou que a comunhão com os leigos, valorizando a participação de cada um, é uma “marca distintiva” da vida do sacerdote e o “cenáculo do presbitério” é “vital” para a seu ministério.
“Esta experiência – quando não é participada de forma ocasional nem por força de uma colaboração instrumental – liberta do narcisismo e dos ciúmes clericais; faz crescer a estima, o apoio e a benevolência recíproca; favorece uma comunhão não só sacramental ou jurídica, mas fraterna e concreta”, afirmou o Papa.
“A comunhão é de facto um dos nomes da Misericórdia”, acrescentou.
O Papa desafiou os bispos italianos a promoverem uma renovação do clero que inclua uma “visão evangélica” sobre a gestão de estruturas e dos bens, evitando referências a uma “pastoral de conservação” que é obstáculo para a “abertura  à perene novidade do Espírito”
“Conservai apenas o que pode servir para a experiência de Fé e de caridade do povo de Deus”, concluiu[1].




 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 




[1] Agencia Ecclesa 16/05/2016