“O
Papa defendeu hoje no Vaticano o acesso “universal” a cuidados de saúde, um
“direito humano fundamental”, e lamentou a exclusão das populações mais pobres
neste campo, em particular no continente africano.
“A saúde não é um bem de consumo, mas um
direito universal, pelo que o acesso aos serviços médicos não pode ser um
privilégio”, declarou, durante um encontro com milhares de pessoas ligadas à
ONG italiana ‘Médicos com a África’.
Francisco agradeceu o testemunho dos
membros da organização, num contexto em que a saúde é “um privilégio para
poucos” e não um direito.
O discurso sublinhou depois que a Igreja
não quer ser “uma superclínica para VIP”, mas antes um “hospital de campanha”,
que está “próxima dos muitos feridos e humilhados da história, ao serviço dos
mais pobres”.
O Papa lamentou que o acesso a
medicamentos, serviços e cuidados de saúde seja uma “miragem” para milhões de
pessoas, sobretudo as que vivem nas “periferias geográficas”.
A ONG ‘Médicos com a África’ trabalha há
mais de 60 anos em Angola, Moçambique e outros cinco países subsarianos, com
particular atenção para a saúde materno-infantil.
“Demasiadas mães morrem durante o parto
e demasiadas crianças não passam o primeiro mês de vida, por causa da
desnutrição e das grandes epidemias”, denunciou o Papa.
Os ‘Médicos com a África’ nasceram em
1950 por iniciativa do médico e missionário católico Francesco Canova, com o
apoio do então bispo de Pádua (Itália), D. Girolamo Bortignon.”.
Citação:
- Agência Ecclesia, 07 de maio
de 2016.
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.
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