Falecido no
dia 04 do corrente mês, Waldemar Rossi foi líder da Pastoral Operaria e da
militância Sindical em São Paulo.
Nascido em
Sertãozinho no dia 17 de agosto de 1933, começou em Ribeirão Preto sua
militância através da sua participação na JOC (Juventude Operaria Católica).
Mudou-se
para São Paulo em 1960, tendo ai se despontado como líder e militante de
primeira grandeza
Na capital, foi Militante operário, foi um
dos fundadores da histórica oposição metalúrgica de São Paulo e também
participou da fundação da CUT e da construção PT, quando essas organizações
ainda eram de luta.
Até o final foi integrante ativo da
Pastoral Operária. Um defensor da justiça e da igualdade social, com uma
integridade absoluta.
Em 1980 foi o operário escolhido para ler
o documento, no Estádio do Morumbi, sobre a situação dos trabalhadores no País,
quando da visita do Papa João Paulo II ao Brasil[1].
Era casado com Célia na qual teve cinco
filhos – Wagner, Paulo, Sergio, Simone e Márcio, sendo que Sergio e Wagner, e
Paulo Pedrini, da Pastoral Operária continuam sua militância.
Lembro-me do seu irmão, Clóvis, que foi
meu colega de seminário, em Ribeirão Preto e de outro seu irmão, Pedro, que
muito trabalhou na formação da comunidade de São Francisco de Assis no Castelo
Branco Novo
A
Rede Brasil Atual lembra, ainda, que Waldemar Rossi “começou a trabalhar no
setor industrial, quando surgiria como referência para os trabalhadores ao
mergulhar em ardorosa militância sindical. Foi dirigente da pastoral operária e
em, 1967, encabeçou a "Chapa Verde", primeira organização de oposição
aos interventores que haviam ocupado o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Incansável pela luta dos trabalhadores, em
1972, Rossi, pela segunda vez, organiza uma chapa para disputar a direção do
sindicato. Durante a década de 1970, ele atua na organização de comissões de
fábricas clandestinas e, em 1980, participa ativamente da construção da CUT e
do Movimento de Oposição Sindical Metalúrgica, ao lado de combatentes como o
escritor e jornalista Vito Gianotti,
morto no ano passado. Também foi um dos fundadores do PT.
Sua história é um misto de luta e
compromisso com a classe trabalhadora. Metalúrgico aposentado, sempre gentil,
também esteve presente na Comissão Nacional da Verdade, que investigava os
crimes da ditadura civil-militar no Brasil. Deixa a mulher, Célia, cinco filhos,
além de genro, noras e netos.
O velório decorreu durante a manhã de
ontem, dia 05-05-2016, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo e seguiu para
Catedral da Sé, onde foi celebrada missa de corpo presente às 14h. No final da
tarde seguiu para o Cemitério de Vila Alpina, onde o corpo foi cremado.”[2].
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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