À hora do ângelus,
neste domingo, dia 29 de maio, o papa Francisco falou:
“Se
evangelizar é a missão dada a cada cristão no Batismo, servir é o estilo
segundo o qual viver a missão, o único modo de ser discípulo de Jesus. É sua
testemunha quem faz como Ele: quem serve os irmãos e as irmãs, sem se cansar de
Cristo humilde, sem se cansar da vida cristã que é vida de serviço”
A celebração encerrou o programa iniciado
na sexta-feira, que levou ao Vaticano centenas de diáconos permanentes, em
muitos casos acompanhados pelas suas esposas e filhos, em volta do tema
‘Diácono: ícone da Misericórdia para a promoção da Nova Evangelização’.
O Papa disse aos participantes na Missa
que os católicos são chamados a “viver na disponibilidade”, contrariando a
“tendência a dispor de tudo para si”.
Com origem grega, a palavra ‘diácono’ pode
traduzir-se por servidor, e corresponde a alguém especialmente destinado na
Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer
funções litúrgicas.
Francisco apresentou uma reflexão sobre
esta figura do “servidor”, alguém que “sabe que o tempo que vive não lhe
pertence, mas é um dom que recebe de Deus”.
“Quem serve não é escravo de quanto
estabelece a agenda, mas, dócil de coração, está disponível para o
não-programado: pronto para o irmão e aberto ao imprevisto, que nunca falta
sendo muitas vezes a surpresa diária de Deus”, sublinhou.
O Papa disse que na relação com o outro
nunca se deve “gritar”, mas procurar estar “sempre disponível e bem disposto”,
mostrando que na comunidade eclesial “o maior não é quem manda, mas quem
serve”.
“O servo sabe abrir as portas do seu tempo
e dos seus espaços a quem vive ao seu redor e também a quem bate à porta fora
do horário, à custa de interromper algo que lhe agrada ou o merecido repouso”,
realçou.
O diaconado
é o primeiro grau do Sacramento da Ordem (diaconado, sacerdócio, episcopado),
atualmente reservado aos homens, na Igreja Católica.
O Concílio Vaticano II (1962-1965)
restaurou o diaconado permanente, a que podem aceder homens casados (depois de
terem completado 35 anos de idade), o que não acontece com o sacerdócio; o
diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens
solteiros.
No final da Missa, o Papa cumprimentou
pessoalmente, durante largos minutos, vários diáconos e suas esposas.
Antes da oração do ângelus, ainda na Praça
de São Pedro, Francisco rezou por intercessão da Virgem Maria pela “vida e o
ministério dos diáconos do mundo”.
O Papa falou ainda da jornada nacional
dedicada aos doentes terminais, na Itália, destinada a “ajudar as pessoas a
viver bem a fase final da existência terrena”.[1]
Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador
do autor.
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