Falando hoje, dia 20 de maio, na sua
homilia na capela da casa de santa Marta, o papa Francisco afirmou:
“Neste mundo em que vivemos, com esta cultura
do provisório, a realidade do pecado é muito forte, mas Jesus, recordando
Moisés, diz: ‘Se há dureza do coração, se há pecado, é possível fazer algo: o
perdão, a compreensão, o acompanhamento, a integração, o discernimento destes
casos... Mas a verdade não se pode vender nunca”,
Francisco comentava uma passagem do
Evangelho que retrata as “ciladas” com que fariseus e doutores da lei tentam
enganar Jesus, perguntando a Jesus se é lícito a alguém repudiar a própria
esposa.
Para o Papa, esta é a “cilada da
casuística”, montada por um “pequeno grupo de teólogos iluminados”, da qual
Jesus escapa apontando para a “plenitude do matrimónio”
“Não são mais dois, mas uma só carne.
Assim, ‘o homem não divida o que Deus uniu’. Seja no caso do levirato, seja
neste, Jesus responde da verdade esmagadora, da verdade contundente – esta é a
verdade! – da plenitude sempre! E Jesus nunca negocia a verdade”, declarou.
Francisco observou que a afirmação de
Jesus sobre o matrimónio é a única verdade e “não existe outra”.
“Mas Jesus é tão misericordioso, tão
grande, que jamais, jamais, fecha a porta aos pecadores”; acrescentou.
O Papa pediu que os teólogos e os fiéis em
geral recusem cair na cilada da “equação matemática”, do “pode? ou não pode?”,
abrindo-se a “horizontes maiores”, capazes de “amar a fraqueza humana”.
“Que Jesus nos ensine a ter, com o
coração, uma grande adesão à verdade e também com o coração, uma grande
compreensão e acompanhamento a todos os nossos irmãos que estão com
dificuldades”, concluiu.[1]
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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