quinta-feira, 5 de maio de 2016

“PAPA LEMBROU “LÁGRIMAS” PROVOCADAS PELA “MALDADE HUMANA” EM TODO O MUNDO” (Série 71, 265°)


Falando, na manhã de hoje, dia 05 de maio aos participantes de uma vigília especial de oração, integrada nas celebrações do Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco, disse:
“Se Deus chorou, também eu posso chorar, ciente de que sou compreendido. O pranto de Jesus é o antídoto contra a indiferença face ao sofrimento dos meus irmãos”.
No dia da solenidade litúrgica da Ascensão de Jesus, centenas de pessoas reuniram-se na Basílica de São Pedro, onde ouviram testemunhos de sofrimento, ligados à perda de filhos ou à perseguição religiosa, por exemplo.
“Quanta tristeza podemos vislumbrar em tantos rostos que encontramos! Quantas lágrimas são derramadas, em cada instante, no mundo; uma diferente da outra; e, juntas, formam como que um oceano de desolação, que invoca piedade, compaixão, consolação”, declarou o Papa.
Francisco realçou que “as mais amargas são as lágrimas causadas pela maldade humana”, momentos que desafiam a fé e o sentido da existência, provocando confusão e dor.
“A razão, só por si, não é capaz de iluminar o nosso íntimo, compreender a dor que sentimos e dar a resposta que esperamos. Nestes momentos, temos mais necessidade das razões do coração”, realçou o Papa.
A intervenção recordou os episódios do Evangelho que retratam Jesus a chorar, lágrimas que “baralharam muitos teólogos ao longo dos séculos”, segundo Francisco.
“Aquele pranto ensina-me a assumir a dor dos outros, a tornar-me participante do incómodo e do sofrimento de quantos vivem nas situações mais dolorosas”, precisou.
O pontífice argentino apresentou a oração como “verdadeiro remédio” para o sofrimento.
A vigília para ‘enxugar as lágrimas’ decorreu na presença do relicário de Nossa Senhora das Lágrimas de Siracusa - evocação de um fenómeno ocorrido na Itália, em 1953, quando uma obra em gesso, representando o Coração Imaculado de Maria, derramou lágrimas.
“Junto de cada cruz, está sempre a Mãe de Jesus. Com o seu manto, Ela enxuga as nossas lágrimas. Com a sua mão, faz-nos levantar e acompanha-nos pelo caminho da esperança”, disse Francisco.
No final da cerimónia de oração, o Papa abençoou e distribuiu simbolicamente um 'Agnus Dei' (Cordeiro de Deus), objeto de devoção usado particularmente no Ano Jubilar, que remonta ao século IV; realizado com cera branca, em forma oval, o presente do Papa tem numa das faces o Cordeiro Pascal e, na outra, o logótipo do Jubileu da Misericórdia.
A oferta, explicou a Santa Sé em comunicado, quer ser “expressão da misericórdia” de Deus “para com todos os fiéis que vivem situações de profundo sofrimento”.

Citação:

- Agência Ecclesia. 05 de maio de 2016.

Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.

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