“Gostaria de dizer aos jovens de hoje que
não se sentem à vontade – ‘mas, não estou muito feliz com esta cultura do
consumismo, do narcisismo…’ ‘Olhem o horizonte! Olhem para os nossos
missionários!”, disse Francisco, na homilia da Missa a que presidiu na Capela
da Casa de Santa Marta.
O Papa incentivou os jovens a pedir ao
Espírito Santo que “os obrigue a ir para longe, a ‘gastar’ a vida”, mesmo
reconhecendo que “é uma palavra um pouco dura” observou que “a vida vale a pena
ser vivida”.
“Mas para vivê-la bem, ‘gastá-la’ no
serviço, no anúncio, e ir em frente. Esta é a alegria do anúncio do Evangelho”,
observou.
A homilia foi inspirada numa passagem dos
Atos dos Apóstolos (20,17-27), aquando da despedida de São Paulo da comunidade
de Mileto e da sua partida para Jerusalém, numa evocação da “vida dos
missionários de todas as épocas”.
“Partiam obrigados pelo Espírito Santo:
uma vocação! E quando, nesses lugares, vamos ao cemitério e vemos suas lápides,
muitos morreram jovens, com menos de 40 anos”, desenvolveu Francisco.
O Papa comentou que esses missionários
morreram jovens porque “não estavam preparados para suportar as doenças locais”
e deram a sua vida jovens, ou seja, “gastaram’ a vida” e naquele “último
momento” acredita que longe de todos tenham dito: ‘O que eu fiz valeu a pena”.
Citando a despedida da vida de São
Francisco Xavier, narrada pelo escritor e poeta espanhol José María Pemàn,
Francisco assinala que o missionário sabe que a vida “não será fácil” mas
avançou.
Segundo o Papa, os missionários são os
“heróis da evangelização” da atualidade e recordou que a Europa “encheu de
missionários outros continentes” que partiam sem voltar por isso considera
justo “agradecer ao Senhor pelo seu testemunho”.
“É justo que nós nos alegremos por ter
esses missionários, que são testemunhas verdadeiras”, sublinhou Francisco, numa
intervenção divulgada
pela Rádio Vaticano.[1]
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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