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Neste
dia 18 de outubro, domingo – Dia do Senhor – não houve propriamente nenhum
trabalho sinodal. Quero apenas sublinhar o que falou o papa por ocasião da
comemoração do 50° Aniversário do Sínodo (16 de outubro de 2015). A certa
altura, disse ele:
“A
única autoridade, também a do Bispo de Roma, é a do serviço: o único poder é o
poder da cruz”.
“Desde o início do meu
ministério como Bispo de Roma eu quis valorizar o Sínodo, uma das heranças mais
bonitas do Concílio Vaticano II”
(...)
“O mundo no qual vivemos
e onde somos chamados a servir, mesmo com suas contradições, exige da Igreja
potenciar as sinergias, em todos os âmbitos de sua missão... o caminho da
sinodalidade é o que Deus espera para a Igreja no terceiro milênio”.
(...)
“...o Povo de Deus está
constituído por todos os batizados, chamados a um sacerdócio santo”.
(...)
“O povo de Deus é santo
em razão desta unção que o torna infalível. Qualquer batizado, seja qual for
sua função na Igreja, ou seu grau de instrução, é um sujeito ativo de
evangelização. É inadequado um esquema de evangelização com “atores
qualificados”; no qual o restante do povo de Deus seja mero receptor de suas
ações”.
(...)
“Uma consulta de nenhum
modo poderia bastar para escutar o ‘sensus fidei’. Mas, não é possível falar de família sem
interpelar as famílias, ver suas dores, esperanças e angústias”.
(...)
"Uma Igreja sinodal
é uma Igreja que escuta. Escutar e sentir. É uma escuta recíproca: povo fiel,
colégio episcopal, bispo de Roma. Uns escutando os outros e todos à escuta do
Espírito Santo, o Espírito de verdade, para saber o que diz Ele à Igreja”.
(...)
“... o Sínodo de Bispos é
o ponto de convergência deste dinamismo”. “O caminho sinodal se inicia
escutando o povo, que pode participar na função profética de Cristo, seguindo o
princípio da Igreja do primeiro milênio. O caminho continua escutando os
pastores através dos padres sinodais, autênticos custodes e intérpretes da fé
de toda a Igreja, que devemos saber distinguir da espessura da opinião pública”.
(...)
“... o caminho sinodal
“culmina na escuta do Bispo de Roma, chamado a pronunciar-se como pastor de
todos os cristãos, não a partir de sua pessoal convicção, mas sim como supremo
garante da obediência e conformidade da Igreja à vontade de Deus, ao Evangelho
de Cristo e à tradição da Igreja” (IHU, 18 de outubro de 2015).
(...)
“Numa Igreja sinodal não
é oportuno que o Papa substitua o episcopado local no discernimento de cada
problemática. Neste sentido, vejo a necessidade de se proceder a uma saudável
descentralização”.
(...)
“Estou
convencido de que, numa Igreja sinodal, também o exercício do primado petrino
receberá maior luz. O Papa não está por si mesmo, por cima da Igreja, e sim
dentro dela como batizado entre batizados; dentro do colégio episcopal como
bispo de bispos, e chamado, por sua vez, como sucessor de Pedro, a guiar a
Igreja de Roma, a qual preside no amor a toda a Igreja”.
“Há
“a necessidade, a urgência de pensar numa conversão do Papado”, para chegar “a
uma igreja sinodal num mundo que invoca a participação, a solidariedade e a
transparência”.
“Como Igreja que caminha junto aos homens, participe dos
trabalhos da História, custodiamos o sonho da dignidade inviolável do povo e do
serviço da autoridade, poderão ajudar-nos a que a sociedade civil se edifique
na justiça e na fraternidade, gerando um mundo mais belo para as gerações
posteriores”.
Citação:
·
IHU ONLINE, 18 de outubro de 2015.
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do autor.
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