domingo, 18 de outubro de 2015

O SÍNODO DIA-A-DIA (14) (Serie 71, 47°)

 
http://media02.radiovaticana.va/photo/2015/10/17/REUTERS1055791_LancioGrande.JP




            Neste dia 18 de outubro, domingo – Dia do Senhor – não houve propriamente nenhum trabalho sinodal. Quero apenas sublinhar o que falou o papa por ocasião da comemoração do 50° Aniversário do Sínodo (16 de outubro de 2015). A certa altura, disse ele:
            “A única autoridade, também a do Bispo de Roma, é a do serviço: o único poder é o poder da cruz”.
“Desde o início do meu ministério como Bispo de Roma eu quis valorizar o Sínodo, uma das heranças mais bonitas do Concílio Vaticano II
(...)
“O mundo no qual vivemos e onde somos chamados a servir, mesmo com suas contradições, exige da Igreja potenciar as sinergias, em todos os âmbitos de sua missão... o caminho da sinodalidade é o que Deus espera para a Igreja no terceiro milênio”.
(...)
“...o Povo de Deus está constituído por todos os batizados, chamados a um sacerdócio santo”.
(...)
“O povo de Deus é santo em razão desta unção que o torna infalível. Qualquer batizado, seja qual for sua função na Igreja, ou seu grau de instrução, é um sujeito ativo de evangelização. É inadequado um esquema de evangelização com “atores qualificados”; no qual o restante do povo de Deus seja mero receptor de suas ações”.
(...)
“Uma consulta de nenhum modo poderia bastar para escutar o ‘sensus fidei’.  Mas, não é possível falar de família sem interpelar as famílias, ver suas dores, esperanças e angústias”.
(...)
"Uma Igreja sinodal é uma Igreja que escuta. Escutar e sentir. É uma escuta recíproca: povo fiel, colégio episcopal, bispo de Roma. Uns escutando os outros e todos à escuta do Espírito Santo, o Espírito de verdade, para saber o que diz Ele à Igreja”.
(...)
“... o Sínodo de Bispos é o ponto de convergência deste dinamismo”. “O caminho sinodal se inicia escutando o povo, que pode participar na função profética de Cristo, seguindo o princípio da Igreja do primeiro milênio. O caminho continua escutando os pastores através dos padres sinodais, autênticos custodes e intérpretes da fé de toda a Igreja, que devemos saber distinguir da espessura da opinião pública”.
(...)
“... o caminho sinodal “culmina na escuta do Bispo de Roma, chamado a pronunciar-se como pastor de todos os cristãos, não a partir de sua pessoal convicção, mas sim como supremo garante da obediência e conformidade da Igreja à vontade de Deus, ao Evangelho de Cristo e à tradição da Igreja” (IHU, 18 de outubro de 2015).
(...)
“Numa Igreja sinodal não é oportuno que o Papa substitua o episcopado local no discernimento de cada problemática. Neste sentido, vejo a necessidade de se proceder a uma saudável descentralização”.
(...)
“Estou convencido de que, numa Igreja sinodal, também o exercício do primado petrino receberá maior luz. O Papa não está por si mesmo, por cima da Igreja, e sim dentro dela como batizado entre batizados; dentro do colégio episcopal como bispo de bispos, e chamado, por sua vez, como sucessor de Pedro, a guiar a Igreja de Roma, a qual preside no amor a toda a Igreja”.
“Há “a necessidade, a urgência de pensar numa conversão do Papado”, para chegar “a uma igreja sinodal num mundo que invoca a participação, a solidariedade e a transparência”.
“Como Igreja que caminha junto aos homens, participe dos trabalhos da História, custodiamos o sonho da dignidade inviolável do povo e do serviço da autoridade, poderão ajudar-nos a que a sociedade civil se edifique na justiça e na fraternidade, gerando um mundo mais belo para as gerações posteriores”.


Citação:
·         IHU ONLINE, 18 de outubro de 2015.




Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário