Usei seus nomes franceses, porém, no texto corrente, seus
nomes serão Luís e Zélia Martin, os pais de Santa Teresinha do Menino Jesus,
canonizados no dia 15 de outubro de 2015.
Luís Martin
(Bourdéus, 22 de agosto de 1823 - julho de 1894) e Zélia Guerín (1831 - agosto
de 1887) Ele era relojoeiro e ela rendeira, foram os pais de Teresa do Menino
Jesus. Ambos eram filhos de militares e foram educados em ambiente severo. Ele
foi educado nos "Irmãos das Escolas Cristãs" e ela nas "Irmãs da
Adoração Perpétua". Ela, depois de passar um tempo ajudando a mãe na loja
da família, especializou-se no ponto de Alençon na escola de tecelões e rendas,
abriu uma pequena fábrica de rendas e obteve relativo sucesso.
Ambos tentam inicialmente a vida religiosa - ele não é aceito
na ordem dos agostinianos por não saber latim e ela tenta entrar para a ordem
das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo mas percebe que não é o seu
caminho. Luís durante três anos vive em Paris para aperfeiçoar-se no ofício de
relojoeiro e depois muda-se para Alençon para exercer a profissão. Ela vende
rendas para alta sociedade parisiense. Encontram-se em 1858 na ponte de São Leonardo, em Alençon. Depois
de poucos meses de noivado casam-se e levam vida piedosa na comunidade
paroquial.
Do seu casamento tiveram nove filhos dos quais quatro morrem
prematuramente. Teresa, que nasceu em 1873, está entre as cinco filhas que
sobreviveram. Educam os filhos para serem bons cristãos e bons cidadãos. Zélia
vem a falecer em razão de um tumor no seio. Luís, então, ocupa-se sozinho da
família, Teresa tinha nesta época pouco mais de quatro anos. Transfere-se para Lisieux,
onde morava o cunhado, e lá vê três de suas filhas entrarem para o Carmelo,
Teresa ingressa ali aos 15 anos. Luís faleceu após perder as faculdades mentais
e esteve internado no sanatório de Caen.
O casal foi beatificado pela Igreja Católica em 19 de outubro
de 2008, em cerimônia realizada na basílica de Lisieux dedicada à sua filha
Teresa e presidida pelo cardeal José Saraiva Martins Na ocasião declarou o
cardeal: Entre as vocações para as quais os homens são chamados pela Divina
Providência o matrimônio é uma das mais nobres e elevadas. Luís e Zélia
compreenderam que podiam santificar-se não obstante o matrimônio mas através do
matrimônio e que a sua união deveria ser considerada como o início de uma
elevação conjunta[1]
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