No dia 13
próximo, se completará o primeiro aniversario da morte de Manoel de Barros
(1916- 2014). Essa data é muito importante por que marca, de um lado, a morte
do poeta e de outro, a minha volta à atividade literária de tempos atrás.
Ricardo Rodrigues de Oliveira, então meu enfermeiro, conseguiu me convencer de
que poderia, não obstante minha total deficiência visual, iniciada em março de
2013, voltar a escrever: eu ditaria e ele digitaria os textos e, eventualmente,
me auxiliaria em pesquisas. Foi assim,
que o primeiro texto, nesta condição, nasceu o artigo sobre o
falecimento de Manoel de Barros. Depois
disso, juntou-se a esta mesma atividade o enfermeiro Vinicius Maniezo Garcia.
Com essas quatro mãos é que surgiu o volume, de minha autoria, intitulado O
cem dos setenta. Mas lembre-se de que o volume, embora encadernada, é
constituída de paginas digitadas. Poucos exemplares: um para o autor, dois para
os digitadores, um para a biblioteca do Seminário Arquidiocesano de Brodowski,
outro para a Casa da Cultura “Dr. Paulo Portugal” de Jardinópolis– SP e mais um para dois ou três amigos.
Volto agora,
ao mencionado artigo de um ano atrás, porém, só recordando a biografia de
Manoel de Barros.
Neste dia 13/11/2014, faleceu em Campo
Grande Manoel de Barros.
Este grande poeta – pouco conhecido – admirador do Pe.
Antônio Vieira, -”encantador de palavras”-, nasceu em Cuiabá – MT, no Beco da
Marinha, à beira do Rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916.
Morou em
Corumbá - MS – e, ultimamente, em Campo Grande – MS.
Foi advogado,
fazendeiro e poeta, descoberto aos setenta anos de idade! Seu nome completo era
Manoel (daí o apelido familiar de Néquinho) Wenseslau Leite de Barros.
Aos 8 anos foi para o Colégio interno em
Campo Grande e, depois, foi para o Rio de Janeiro onde se formou em Direito em
1949.
Passou uns
tempos na Bolívia e no Peru seguindo depois para Nova Iorque, onde estudou
cinema e pintura.
Voltando para
o Rio de Janeiro, conheceu a mineira Stella com a qual se casou. Tiveram três
filhos: Pedro, João e Martha.
Graças a
Millor Fernandes, Fausto Wolff, Antônio Houaiss, João Antônio e outros
tornou-se conhecido nacional e internacionalmente.
Chegou-se a
compará-lo, na poesia, ao que fez, na prosa, Guimarães Rosa: revolução na
poesia!
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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