Nesse tempo
de Sínodo sobre a família, lembro-me de algumas observações sobre a família
sobre o matrimonio, feitas por esse grande cronista que foi Otto Lara Resende. Otto
de Oliveira Lara Resende nasceu no dia 1°. de maio de 1922, numa casa na Rua da
Matola, 9, em São João del Rei, Minas Gerais e morreu no Rio de Janeiro no dia 28 de dezembro de 1992. Formado em
direito, exerceu varias profissões, de professor de ginásio a adido cultural em
Bruxelas e Lisboa. Jornalista, colaborou em jornais mineiros e cariocas e na
paulista Folha de São Paulo
Suas
crônicas, publicadas neste jornal, reunidas no livro Bom dia para nascer
(São Paulo: Companhia das Letras, 1993) são relidas por mim, com muita frequência.
É deste
livro que extraio sua perspicaz amostra da situação do matrimonio: “... Hoje
acho que o pessoal casa para se separar. E tome casamento em cima de casamento,
casar uma vez só é careta. Viver com a própria mulher é brega. Não há mais pai
nem mãe. Só padrasto e madrasta. Filho da senhora assim-assim agora é enteado
da “p”. Com o casamento temporário, se o cara não tem dinheiro, tem que
aguentar a mulherzinha debaixo do mesmo teto. Ou vice-versa” (p.25).
Dai a
atualidade deste Sínodo em relação à família e outros assuntos inadiáveis que lhe estão relacionados.
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário