No ultimo dia 12 do corrente, o papa Francisco, enviou uma
mensagem ao Pontifício Conselho para os Leigos, comemorando os 50 anos da
publicação do Decreto Conciliar “Apostolicam actuositatem" (sobre o apostolado
dos leigos), na qual sublinhou o seguinte: “Os leigos não são membros de
segunda ordem da Igreja!”.
E
acrescentou: “O Concílio, portanto, não olha para os leigos como se fossem
membros de 'segunda ordem', a serviço da hierarquia e simples executores ordens
de cima, mas como discípulos de Cristo, que, por força do seu batismo e da sua
inserção 'no mundo', são chamados a animar todos os ambientes, todas as
atividades, todas as relações humanas segundo o espírito evangélico, levando a
luz, a esperança, a caridade recebida de Cristo àqueles lugares que, de outro
modo, ficariam alheios à ação de Deus e abandonados à miséria da condição
humana. Ninguém melhor do que eles pode desempenhar a tarefa essencial de
'inscrever a lei divina na vida da cidade terrena."
A arquidiocese de Ribeirão Preto trabalhou
o tema dos leigos durante quase 20 anos através de palestras, de cursos de
inserção dos mesmos nas varias pastorais, e trabalhos voltados para o mundo em
geral.
É sempre necessário se perguntar: leigo de
que tipo de igreja? Pois há ainda um tipo de igreja piramidal, autoritária para
a qual leigo é leigo, isto é, não sabe nada e não pode fazer nada. Há uma
igreja paternalista e infantilizadora
para a qual os leigos são “minorenes” (menores de idade, incapazes ). E
há um modelo de igreja Comunhão, onde há funções diferentes, mas todos se
consideram irmãos e irmãs da mesma família. Permanece, aqui, o modelo das
comunidades de base. E as paroquias se conceberem com redes de comunidades,
onde há formação permanente para se alcançar a estatura do cristão adulto e
participante, consciente de que ele é Igreja e constrói a Igreja.
Ha, portanto, um longo caminho, ainda, a
ser percorrido por nós.
Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador
do autor.
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