domingo, 15 de novembro de 2015

O PAPA E OS LEIGOS (Serie 71 anos, 74º)


No ultimo dia 12 do corrente, o papa Francisco, enviou uma mensagem ao Pontifício Conselho para os Leigos, comemorando os 50 anos da publicação do Decreto Conciliar “Apostolicam actuositatem" (sobre o apostolado dos leigos), na qual sublinhou o seguinte: “Os leigos não são membros de segunda ordem da Igreja!”.
            E acrescentou: “O Concílio, portanto, não olha para os leigos como se fossem membros de 'segunda ordem', a serviço da hierarquia e simples executores ordens de cima, mas como discípulos de Cristo, que, por força do seu batismo e da sua inserção 'no mundo', são chamados a animar todos os ambientes, todas as atividades, todas as relações humanas segundo o espírito evangélico, levando a luz, a esperança, a caridade recebida de Cristo àqueles lugares que, de outro modo, ficariam alheios à ação de Deus e abandonados à miséria da condição humana. Ninguém melhor do que eles pode desempenhar a tarefa essencial de 'inscrever a lei divina na vida da cidade terrena."
A arquidiocese de Ribeirão Preto trabalhou o tema dos leigos durante quase 20 anos através de palestras, de cursos de inserção dos mesmos nas varias pastorais, e trabalhos voltados para o mundo em geral.
É sempre necessário se perguntar: leigo de que tipo de igreja? Pois há ainda um tipo de igreja piramidal, autoritária para a qual leigo é leigo, isto é, não sabe nada e não pode fazer nada. Há uma igreja paternalista e infantilizadora  para a qual os leigos são “minorenes” (menores de idade, incapazes ). E há um modelo de igreja Comunhão, onde há funções diferentes, mas todos se consideram irmãos e irmãs da mesma família. Permanece, aqui, o modelo das comunidades de base. E as paroquias se conceberem com redes de comunidades, onde há formação permanente para se alcançar a estatura do cristão adulto e participante, consciente de que ele é Igreja e constrói a Igreja.
Ha, portanto, um longo caminho, ainda, a ser percorrido por nós.


Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 


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