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Em
recente entrevista à jornalista Natalia Lombardo do jornal L’Unità, o historiador do cristianismo Alberto Melloni respondeu1
que o significado dessa viagem do papa Francisco a esses lugares tão perigosos “na
África, assim como na América
Latina, foi uma opção por não ir aos países mais
importantes, mas aos mais abandonados, seguindo a linha da pobreza e da
reconciliação, portanto, agora na Uganda e
na África
Central. Ele sabia que era
arriscado, mas, na África Central, cristãos e muçulmanos nos dão dois
testemunhos diferentes: por um lado, a milícia cristã e a muçulmana se
enfrentam com as armas na mão, por outro, na periferia de Mangun, os cristãos estão ajudando os muçulmanos a
reconstruir a mesquita. Um sinal messiânico, porque as Escrituras falam do
Messias como reconstrutor das casas derrubadas, um exemplo de reciprocidade”.
Em
relação aos muçulmanos, o historiador supracitado afirmou que o sinal da viagem
“é uma tentativa de explicar que não existe o "cristianismo" em geral
nem o Islã em geral. E as combinações entre
experiências religiosas e identidades nacionais constituem um mosaico de
variedades que só uma visão ideológica pode reduzir a "um". Em 1,2
bilhão de muçulmanos, há xiitas, sunitas e tantos outros. As Igrejas africanas
são conservadoras em relação aos direitos dos gays, em relação aos anglicanos,
mas não se pode dizer que os cristãos são homofóbicos. Sem uma reforma
teológica nas grandes famílias, não há mudança.
Perguntado sobre o que
seduz os terroristas em nome da religião respondeu que “assim como, em nome do
progresso, as pessoas eram jogadas nos gulags, ou os judeus nas câmaras de gás,
não há diferença entre o poder diabólico ideológico”
Sobre
o fato de o papa não ter medo e não querer proteção afirmou que “por um lado,
ele tira do meio do caminho os belicistas de pantufas; por outro lado, ele sabe
que sempre corre perigo”.
Citação:
1.
"Francisco
olha o mundo a partir da altura dos últimos." Entrevista com Alberto
Melloni. IHU ONLINE. 27 de novembro de 2015.
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia Enfermeiro e Cuidador do Autor.
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