Um dos
grande teólogos do século XX foi o padre de Lubac, SJ, como é mais conhecido.
Aos 17 anos, em 1913, entra na Companhia
de Jesus, partindo para Inglaterra. Mas no ano de 1916 volta a França onde é
alistado no exército e enviado para a batalha de Verdun, que foi o primeiro e
mais longo conflito da I Guerra Mundial. Após o conflito volta a Londres para
iniciar os seus estudos teológicos, recebendo a ordenação sacerdotal no ano de
1927[1].
Atua muito cedo como professor de Teologia
Fundamental e História das Religiões na Universidade Católica de Lyon e na
faculdade dos jesuítas de Fourvière.
É deste período, em Lyon que surgiu o seu
arriscado trabalho de esconder judeus, muni-los de passaporte e encaminha-los
para os E.U.A. e América do Sul
Em 1940, face ao avanço das tropas alemãs,
Lubac abandona a cidade de Lyon levando consigo um conjunto de manuscritos,
entre os quais se encontrava o dossier sobre a sua obra maior “O
Sobrenatural”. As primeiras anotações remontam a 1924, durante o seu noviciado
na Companhia de Jesus. Os textos haviam servido, à época, como material para as
conversas que mantinha com os seus companheiros aos domingos. Seis anos depois,
“O Sobrenatural” é melhorado com estudos posteriores que constituiriam o volume
final da obra.
Essa, infelizmente, foi mal compreendida
no seu tempo e lhe causou grandes transtornos, como a perda da cátedra de
teologia e a imposição de silencio por 10 anos. A acusação era de participar da
“Nova Teologia”, eivada de modernismo.
Pio XII em 1950 com a encíclica “humani
generis” proibiu esse tipo de teologia nas cátedras católicas!
O papa João XXIII reabilitou esse grande
teólogo francês nomeando-o perito do concilio Vaticano II. O papa João Paulo II
o nomeou cardeal em 1983! Aderiu depois, infelizmente, ao nascente grupo de Hans Urs von
Balthasar e Joseph
Ratzinger denominado Communio.
Conheci
pessoalmente o padre de Lubac, na Gregoriana em 1968, no auge de sua carreira
teológica. Ele veio para falar sobre secularismo. Entre os palestrantes
estavam Karl Rahner, Herry Cox...
Suas
principais obras são: O catolicismo; Exegese Medieval, A revelação divina, o
drama do humanismo ateu...
Soube
recentemente[2]
que o arcebispo de Paris, Dom André Ving-Trois move ação em favor da
canonização do padre de Lubac. E mais um dos condenados do passado, agora,
tornados santos. Espero que outro cardeal assuma a causa da canonização do padre
Teilhard de Chardin.
Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de
Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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