CARNAVAL:
segundo
os etimologistas, carnaval vem do latim e, literalmente, significaria “adeus à
carne”. Ou seja, tempo anterior à quaresma, que, no passado, durante o mesmo,
não se podia comer carne alguma em sinal de penitencia. Daí, neste período
imediatamente anterior a quaresma, se fazerem festas com muita carne, danças,
fantasias etc.
Na falta da carne durante
a quaresma, graças sobretudo aos monges medievais, se fizeram recursos a várias
iguarias provenientes de peixes que até hoje continuam. Thomas Merton deixou
escrito numa de suas obras essa influência dos monges na agricultura, na
alimentação, na fabricação de vinhos e licores e outras tantas iguarias!
Hoje,
na Igreja só há, entretanto, dois dias de abstinência de carne: Quarta-feira de
Cinzas e Sexta-feira Santa. O que não impede de cada fiel ao longo da quaresma
escolher outras práticas penitenciais, como por exemplo: não responder de forma
violenta a um irmão que lhe fez isto; privar-se de algo gostoso, como por
exemplo, chocolate, refrigerante etc e dar o dinheiro correspondente a um irmão
necessitado. Privar-se de algo não é para acumular, mas para compartilhar.
Há,
entretanto, mais duas práticas relacionadas à quaresma: a oração e a esmola,
conforme a catequese de São Mateus sobre isto proclamada na quarta-feira de
cinzas.
A
QUARESMA é acima de tudo um tempo de
preparação. Tudo tem sentido durante ela se for vivido como preparação para a
Páscoa, principalmente, o nosso esforço de conversão,
isto é, mudança de vida para melhor, tornando-nos assim novas criaturas mortas
para o pecado e ressuscitadas com Cristo (Páscoa) para uma Vida Nova.
http://campanhas.cnbb.org.br/wp-content/ uploads/2015/12/cf2016.jpg |
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016 (CF 2016):
no Brasil durante a quaresma tem-se sempre a campanha da fraternidade. Este ano
o tema é CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE e o lema é “QUERO
VER O DIREITO BROTAR COMO FONTE E CORRER A JUSTIÇA QUAL RIACHO QUE NÃO SECA”
(AM 5,24). “Esta é a IV Campanha da Fraternidade Ecumênica do Brasil. “A motivação para essas Campanhas fundamentou-se na compreensão de que, no
centro da vivência ecumênica, está a fé em Jesus Cristo. Isso se deu, porque o
movimento ecumênico está marcado pela ação e pelo desafio de construir uma Casa
Comum (oikoumene) justa, sustentável e habitável para todos os
seres vivos. Essa luta é profética, pois questiona as estruturas que causam e
legitimam vários tipos de exclusão: econômica, ambiental, social, racial e
étnica. São discriminações que fragilizam a dignidade de mulheres e homens. É exatamente isso que acontece quando,
neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) coloca outra vez
à disposição do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
do Brasil) a Campanha da Fraternidade, seu mais
conhecido projeto de evangelização”.
O objetivo principal é
assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e
empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que
garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.
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