Conforme a Agência
Ecclesia1 o papa Francisco sairá hoje, 12 de fevereiro, de Roma às
07:45 (horário local) e deverá chegar à Cuba às 14:00 (horário local). Está
previsto, primeiro, um encontro com o presidente de Cuba Raúl Castro e, 15
minutos depois, o Papa Francisco e o Patriarca Kiril terão uma reunião privada,
com os seus interpretes, com previsão de término às 16:15. Depois disso, os
dois chefes de igreja se encontrarão com o presidente de Cuba, trocarão
presentes; haverá a assinatura da Declaração Conjunta Católico-ortodoxa e, a
seguir discursos.
Segundo Enzo Bianchi, prior da
Comunidade de Bose, este encontro tornou-se possível graças, sobretudo, a
insistência do papa Francisco2.
Conforme a agência Russa “Ria
Novosti”, “o Patriarca de Moscou e de toda a Rússia partiu do aeroporto internacional
de Vnukovo, acompanhado por um séquito de cerca de cem pessoas”3.
A mesma agência falou, em entrevista
com o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a promoção da
unidade dos cristãos, quando perguntado sobre eventuais receios e reservas:
“penso que o Patriarca russo-ortodoxo esteja profundamente ciente desta
atmosfera, destas reações, e isto confirma amplamente a vontade de realizar
este encontro. Neste sentido – concluiu – o Patriarca é certamente corajoso”3.
Massimo Franco em artigo publicado
no jornal Corriere della Sera4,
descreveu o itinerário que precedeu o feliz e histórico encontro, entre o Papa
e o Patriarca nestes termos: “há meses, intuía-se que a última pedra estava
para ser posta. No fim de junho passado, no Corriere della Sera, justamente o teólogo Hilarion, “ministro das
Relações Exteriores” do Patriarcado de Moscou, dissera que esse encontro
histórico “estava na agenda”. Ele havia falado de “perspectiva próxima”. E
expressou a esperança de que “não se encontrarão um futuro papa e um futuro
patriarca, mas estes dois”.
Segundo o mesmo autor, o Papa
Francisco, mesmo contou: “Eu deixei fazer. Eu só disse que queria encontrar e
abraçar novamente os meus irmãos ortodoxos. Isso é tudo. Foram dois anos de
negociações às escondidas, bem conduzidas por bons bispos. Pelos ortodoxos,
quem se ocupou foi Hillarion, que, além de ser bom, também é um artista, um
musicista. Eles fizeram tudo”.
Citação:
1.
Ecumenismo: católico e ortodoxos russos,
um encontro face aos “grandes desafios” da humanidade. 11 de feveiro de 2016.
2.
IHU ONLINE. Francisco e kyrill em cuba. Um
papa insistente. “em 200 a missão faliu, agora é diferente. 07 de fevereiro de
2016.
3.
L’osservatore Romano. Força física e
espiritual. 11 de fevereiro de 2016.
4.
IHU ONLINE. O papa e os muros que caem um
após o outro. 11 de fevereiro.
Digitou este artigo Vinicius Maniezo Garcia enfermeiro e cuidador do autor.
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