Como foi anunciado no dia 14 de dezembro
passado, o papa Francisco iniciará sua visita ao México no próximo dia 12. O
roteiro divulgado pela agencia Notimex anunciou que o mesmo será o seguinte:
No dia 12 de
fevereiro, ao chegar à Cidade do México em um avião da Alitalia, o Pontífice
será recebido no aeroporto pelo presidente Enrique Peña Nieto, pelo arcebispo
primaz do México, Norberto Rivera Carrera e pelo núncio apostólico Christophe
Pierre.
No dia 13,
Bergoglio se reunirá em privado com Peña Nieto no Palácio Nacional. Dali fará
um percurso de papamóvel pelo Zócalo da capital e depois irá à Catedral
Metropolitana para reunir-se com os bispos mexicanos. À tarde, visitará a
Basílica de Guadalupe.
No dia 14, o Papa
presidirá uma missa em Ecatepec, com a presença de cerca de 500 mil pessoas. À
tarde, na Cidade do México, visitará um hospital pediátrico e depois se reunirá
com pessoas do mundo da cultura, no Auditório Nacional.
No dia 15,
viajará para Chiapas. Em San Cristóbal de Las Casas terá um encontro com indígenas
e em seguida, em Tuxtla Gutiérrez, se reunirá com famílias. Voltará ao Distrito
Federal para pernoitar na Nunciatura.
No dia 16, o Papa
visitará Morelia, Michoacán, onde terá um evento com padres, religiosos e
religiosas de todo o país. E depois presidirá uma vigília de oração com os
jovens, no estádio do Monarcas. Voltará para dormir na Nunciatura.
No dia 17,
viajará para Ciudad Juárez,
Chihuahua, para encontrar-se com migrantes na esplanada do Chamizal, e depois
terá uma reunião com o mundo do trabalho. À tarde, retornará ao Distrito
Federal, onde se despedirá de Peña Nieto. E depois voltará para Roma, onde
deverá chegar no dia seguinte.[1]
Como se pode observar, no roteiro
divulgado nesta época, não se mencionou que, antes de o papa chegar ao México
ele passaria, antes por Cuba, onde se encontraria com o Patriarca Kirill. Sobre
isso tratarei no próximo artigo.
Os noticiários sobre a visita do
Papa ao México descrevem a mesma com sinais nada animadores.
Um dos comentários assim descreve a
mesma: “A violência, a migração, a pobreza. O Papa apagou a cor rosa do mapa do
México. A visita de cinco dias que iniciará nesta sexta-feira ao maior país
católico de fala espanhola será marcada por uma agenda de alta voltagem. O
Pontífice, em seu percurso pelos buracos negros do México, desde Chiapas até
Ciudad Juárez, encontrar-se-á com um episcopado que ainda destila os modos
patrícios de Ratzinger e um povo onde o catolicismo corre em retirada, mas que
colocou nas qualidades de Francisco uma imensa esperança”.[2]
Outro comentário diz o seguinte: “Se as
pessoas o esperam de braços abertos, as hierarquias não escondem o nervosismo.
Os políticos estão nervosos porque Francisco vai
visitar periferias onde milhões de deserdados sobrevivem no abandono
da violência: narcotraficantes, gangues criminosas, degradação dos barracos que
já são verdadeiras cidades ao redor das cidades”. “Também estão nervosos os
políticos, apesar de exibirem contentamento, "honrados com a grande
honra". Eles abrem as portas do palácio presidencial não dissolvendo a
dúvida sobre se a solenidade de acolhida diz respeito ao líder espiritual dos
católicos ou ao chefe do Estado vaticano. Chefe de estado, insistem os
governadores das regiões limítrofes”.[3]
E para completar: “A voz de Raúl
Vera (Acámbaro, Guanajuato, 1945) irrita a muitos, mas não deixa de ser
escutada com atenção em Roma. A ascensão de Francisco e sua busca das
periferias existenciais encontrou, no bispo de Saltillo (Coahulla), um de seus
grandes porta-vozes em terras norte-americanas. No próximo dia 12 de fevereiro
o Papa iniciará sua primeira visita ao México. Vera o acompanhará em todas as
paradas”[4].
Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador
do autor.
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