quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

VISITA DO PAPA AO MÉXICO – 1 (Serie 71 anos, 170°)


Como foi anunciado no dia 14 de dezembro passado, o papa Francisco iniciará sua visita ao México no próximo dia 12. O roteiro divulgado pela agencia Notimex anunciou que o mesmo será o seguinte:

No dia 12 de fevereiro, ao chegar à Cidade do México em um avião da Alitalia, o Pontífice será recebido no aeroporto pelo presidente Enrique Peña Nieto, pelo arcebispo primaz do México, Norberto Rivera Carrera e pelo núncio apostólico Christophe Pierre.
       No dia 13, Bergoglio se reunirá em privado com Peña Nieto no Palácio Nacional. Dali fará um percurso de papamóvel pelo Zócalo da capital e depois irá à Catedral Metropolitana para reunir-se com os bispos mexicanos. À tarde, visitará a Basílica de Guadalupe.
       No dia 14, o Papa presidirá uma missa em Ecatepec, com a presença de cerca de 500 mil pessoas. À tarde, na Cidade do México, visitará um hospital pediátrico e depois se reunirá com pessoas do mundo da cultura, no Auditório Nacional.
        No dia 15, viajará para Chiapas. Em San Cristóbal de Las Casas terá um encontro com indígenas e em seguida, em Tuxtla Gutiérrez, se reunirá com famílias. Voltará ao Distrito Federal para pernoitar na Nunciatura.
     No dia 16, o Papa visitará Morelia, Michoacán, onde terá um evento com padres, religiosos e religiosas de todo o país. E depois presidirá uma vigília de oração com os jovens, no estádio do Monarcas. Voltará para dormir na Nunciatura.
     No dia 17, viajará para Ciudad Juárez, Chihuahua, para encontrar-se com migrantes na esplanada do Chamizal, e depois terá uma reunião com o mundo do trabalho. À tarde, retornará ao Distrito Federal, onde se despedirá de Peña Nieto. E depois voltará para Roma, onde deverá chegar no dia seguinte.[1]

            Como se pode observar, no roteiro divulgado nesta época, não se mencionou que, antes de o papa chegar ao México ele passaria, antes por Cuba, onde se encontraria com o Patriarca Kirill. Sobre isso tratarei no próximo artigo.
            Os noticiários sobre a visita do Papa ao México descrevem a mesma com sinais nada animadores.
            Um dos comentários assim descreve a mesma: “A violência, a migração, a pobreza. O Papa apagou a cor rosa do mapa do México. A visita de cinco dias que iniciará nesta sexta-feira ao maior país católico de fala espanhola será marcada por uma agenda de alta voltagem. O Pontífice, em seu percurso pelos buracos negros do México, desde Chiapas até Ciudad Juárez, encontrar-se-á com um episcopado que ainda destila os modos patrícios de Ratzinger e um povo onde o catolicismo corre em retirada, mas que colocou nas qualidades de Francisco uma imensa esperança”.[2]
            Outro comentário diz o seguinte: “Se as pessoas o esperam de braços abertos, as hierarquias não escondem o nervosismo. Os políticos estão nervosos porque Francisco vai visitar periferias onde milhões de deserdados sobrevivem no abandono da violência: narcotraficantes, gangues criminosas, degradação dos barracos que já são verdadeiras cidades ao redor das cidades”. “Também estão nervosos os políticos, apesar de exibirem contentamento, "honrados com a grande honra". Eles abrem as portas do palácio presidencial não dissolvendo a dúvida sobre se a solenidade de acolhida diz respeito ao líder espiritual dos católicos ou ao chefe do Estado vaticano. Chefe de estado, insistem os governadores das regiões limítrofes”.[3]
            E para completar: “A voz de Raúl Vera (Acámbaro, Guanajuato, 1945) irrita a muitos, mas não deixa de ser escutada com atenção em Roma. A ascensão de Francisco e sua busca das periferias existenciais encontrou, no bispo de Saltillo (Coahulla), um de seus grandes porta-vozes em terras norte-americanas. No próximo dia 12 de fevereiro o Papa iniciará sua primeira visita ao México. Vera o acompanhará em todas as paradas”[4].

 Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor. 





[1][1]  IHU. 14/12/2015. Papa confirmará viagem ao México com missa guadalupana

[2] IHU. 10/02/2016. Francisco no México: acolhida entre o povo, nervosismo entre a hierarquia e os políticos

[3] IHU. 10/02/2016. O Papa enfrenta no México os seus maiores problemas

[4] IHU. 10/02/2016., “Há um efeito Francisco nos cidadãos, mas ainda não na Igreja”. O bispo mexicano mais ameaçado acompanhará o Papa na visita ao México

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