Surpreendeu-me
uma carta aberta enviada ao papa Francisco por uma religiosa italiana de
Caserta. Nesta carta ela insistiu pedindo ao papa que, entre as suas
“revoluções” faça esta: dar um rosto materno/paterno, feminino-masculino para a
Igreja, e tornando esse rosto mais visível!
Eis o trecho
final desta linda carta da irmã Rita: Caro papai Francisco,
entre tantas "revoluções" que foste chamado a levar adiante, penso
que este é um dos desafios mais importantes e necessários: libertar a face da
igreja da sua escravidão masculina. Libertar a igreja daquela imagem que cheira
de autoridade, privilégio, poder sacral, dominação, e restituir o bonito rosto,
brilhante e transparente de Deus mãe e pai; o rosto divino-humano de Jesus que
fala da vida, de compaixão, de misericórdia.
É tempo de novas ressurreições, e estas
poderão acontecer somente e quando no altar quotidiano da vida, de relações
livres, de misericórdia aceita e doada, abrirmos a "porta" do coração a Cristo, impaciente
para fazer-se pão vivo para a fome de todas e de todos, feliz de curvar-se para
lavar os pés, sem fazer preferências de pessoas, e muito menos de gênero.
Quando será esta revolução? Nós, mulheres,
contigo Francisco,
estamos prontas para dar a cara para "acordar o mundo". Permito-me
uma sugestão: Quando fizeres viagens missionárias opta, não por concessão, mas
porque é justo e bonito, também mulheres para te acompanharem. O poder das
imagens é importante para começar a passar uma nova "imagem" de
Igreja.
Certa de ser acolhida, sempre unida na
oração (como comunidade levamos a sério o convite para rezar por ti, e o
fazemos todas as manhãs, nas Laudes), um abraço filial, cheio de afeto e
gratidão[1].
Irmã Rita Giaretta
juntamente com as Irmãs
Assunta e Nazarena
Caserta, 14 de
fevereiro de 2016, primeiro domingo da Quaresma
Digitou esse texto
Ricardo Rodrigues de Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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